quinta-feira, 31 de março de 2016

Morning Star, Pierce Brown [Opinião]




Título Original: Morning Star
Autoria: Pierce Brown
Série: Red Rising, #3
Editora: Hodder & Stoughton
N.º Páginas: 512

Sinopse
Darrow would have lived in piece, but his enemies brought him war. The Gold overlords demanded his obedience, hanged his wife, and enslaved his people. But Darrow is determined to fight back. Risking everything to transform himself and breach Gold society, Darrow has battled to survive the cutthroat rivalries that breed Society’s mightiest warriors, climbed the ranks, and waited patiently to unleash the revolution that will tear the hierarchy apart from within. 
Finally, the times has come. 
But devotion to honor and hunger for vengeance run deep on both sides. Darrow and his comrades-in-arms face powerful enemies without scruple or mercy. Among them are some Darrow once considered friends. To win, Darrow will need to inspire those shackled in darkness to break the chains, unmake the world their cruel masters have built, and claim a destiny too long denied – and too glorious to surrender. 


Opinião
Não sei o que escrever quando um livro me deixa sem palavras. 
Esta foi uma aventura sem precedentes, em tudo extraordinária. Uma estreia em forma de prioridade literária que me possibilitou experienciar este universo fantástico a um outro nível, enquanto aumentou, exponencialmente, a minha (nada relativa) obsessão por tudo o que Pierce Brown venha a escrever no futuro. Existe uma cadência especial, uma essência magnética e pulsante, surpreendente e destrutiva, que Brown capta de forma exímia e transpõe para o seu mundo sem que o leitor se sinta preparado, sem que o leitor pense, sequer, no que poderá estar ao virar da próxima página. Brown é mestre na arte escrita e se existe trabalho que o prove é esta sua trilogia de estreia – Red Rising. 

Tratando-se do último volume de uma trilogia, Morning Star centra-se não somente no responder de todas as perguntas que ficaram em aberto, e no avançar de uma guerra que parece não ter fim, como também no reconstruir de uma série de personagens e nas inúmeras surpresas, imprevistos, traições que ainda estão por vir. Um livro excepcional, com uma trama que manterá o leitor constantemente na expectativa e on the edge of his/her seat, e um final absolutamente estrondoso que encerra a trilogia de forma bastante satisfatória ao mesmo tempo que deixa o futuro suficientemente em aberto para a segunda série que aí virá com Iron Gold. 

Oh, o que eu sofri com este livro! Foi tortura emocional e psicológica da primeira linha até à última página – em que o sorriso, e o suspiro de (um certo) alívio, tomou conta de mim e deu lugar à pressão e medo constantes. Os momentos finais de O Filho Dourado, segundo volume da trilogia, quando comparados com a magnificência de Morning Star foram como que pequenos doces deliciosos à borda de um chá muito quente. O impacto narrativo está lá, a promessa de um desastre prestes a acontecer também, mas Morning Star, no seu todo, é ainda mais revoltante, e emocionante, e maravilhosamente intricado. 

Apaixonei-me por Darrow neste livro – pela sua força, pela sua capacidade de lutar por algo melhor, pelas suas falhas e limitações; por tudo o que o tornam o protagonista perfeito para dar voz a esta revolução vermelha.
Adorei Sevro – sem dúvida a minha personagem favorita e dono de um humor muito, muito audaz – e não tive como resistir a Cassius, que desde A Alvorada Vermelha guarda um bocadinho deste meu coração de leitora. Vibrei com Victra – que par perfeito, se é que me entendem... – e não tive como evitar os arrepios de toda a vez que Aja aparecia em cena. E Mustang... penso que o seu papel sempre foi muito claro e foi como que uma lufada de ar fresco ver certas coisas acontecerem – Pax! 

Red Rising, como trilogia, é indiscutivelmente singular. Nota-se uma evolução tremenda a nível do enredo, da escrita e da própria construção das personagens. A forma como tudo faz sentido, e como tudo se interliga é extraordinária e os caminhos árduos que todas as personagens têm de percorrer de modo a encontrarem o seu destino, o seu propósito, é de cortar o fôlego. Nada é fácil ou inteiramente claro nesta trilogia, tudo é abstracto e serve um propósito ‘mais alto’ e Pierce Brown... oh, Pierce Brown dá tantas voltas à história, prega tantos sustos, tantas partidas e tantas surpresas, que esta é, decididamente, uma das minhas trilogias favoritas de todo o sempre. Penso que somente Iron Gold terá a possibilidade de a suplantar... Veremos! 

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