domingo, 28 de fevereiro de 2016

Endgame 2 - A Chave do Céu, James Frey & Nils Johnson-Shelton [Opinião]




Título Original: Sky Key
Autoria: James Frey & Nils Johnson-Shelton
Série: Endgame, #2
Editora: Editorial Presença 
Colecção: Via Láctea, N.º 128
N.º Páginas: 464

Sinopse
Endgame está aqui. O mundo começa a desmoronar-se, a desintegrar-se, a enlouquecer. Ainda assim, os Jogadores continuam a jogar. A Chave da Terra foi encontrada. Restam duas chaves – e nove Jogadores. Há que encontrar as chaves mas apenas um Jogador pode vencer.
Aisling Kopp está em Queens, Nova Iorque e pensa ter encontrado uma forma de interromper o Jogo. Hilal ibn Isa al-Salt escapou por pouco a um ataque que o deixou terrivelmente desfigurado mas agora sabe algo que os outros Jogadores não sabem. Sarah Alopay encontrou a primeira chave, aliou-se a Jago e estão a vencer. Mas conseguir a Chave da Terra teve graves consequências para Sarah.


Opinião
E o jogo continua...
... Esta é uma daquelas trilogias que se destaca pela sua magnitude e pela sua originalidade em termos de conteúdo. Poucas narrativas se comparam à grandeza de pormenores, espaços reais e buscas, dentro do género young adult, que Endgame – A Chave do Céu oferece. Uma continuação que se encontra à altura do livro que a antecede, esta é uma história que deixará os seus leitores preocupados com as personagens, com o futuro do mundo que as rodeia, e com as possíveis estratégias sangrentas que possam surgir. 

A primeira chave, a Chave da Terra, encontra-se nas mãos da Sarah – que continua em companhia de Jago – mas a Chave do Céu, a próxima etapa neste perigoso e mortal jogo permanece uma incógnita... 
Não vou entrar em pormenores no que diz respeito ao enredo deste livro – não só para evitar cometer qualquer spoiler mas também porque esta é daquele tipo de obras cujo conteúdo se estende muito para lá da sinopse. Porém, posso dizer que a acção é uma constante e as surpresas estão ao virar da esquina, o que torna esta aventura uma leitura rápida, exigente e impulsiva. 

Quanto às personagens, ainda que Endgame – A Chave do Céu não se centre tanto no seu desenvolvimento como aconteceu na trama passada, focando-se, então, no desenrolar da acção e construção da história em si, estas continuam a crescer enquanto indivíduos aprendendo com as suas emoções – nem todas positivas – e as suas escolhas. Desta vez não consigo destacar uma que me tenha impressionado sobremaneira – o que advém, e muito, da falta de uma ligação forte, sensitiva até, entre mim, como leitora, e as personagens. Ainda assim, penso que se encontram todas mais ou menos ao mesmo nível de importância – afinal de contas, há ainda muito para se jogar. 

Esta não é uma opinião fácil para mim pois embora consiga entender o potencial deste enredo intricado e desta história onde está sempre a acontecer algo inesperado ou surpreendente, a verdade é que, numa opinião puramente pessoal, falta-lhe algo. Não sei se o problema de maior é a escrita, que soa demasiado cinematográfica e rápida, ao invés de algo um pouco mais introspectivo e elaborado – o que pode ser resultado de esta ser uma trilogia a dois – ou se das personagens em si e da minha falta de empatia para com elas. No entanto, Endgame – A Chave do Céu é, sem dúvida, uma leitura interessante com laivos de ficção científica que agradará às massas. 

Endgame - A Chave do Céu, James Frey & Nils Johnson-Shelton [Book Trailer]


O Endgame continua... 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Casamento de Conveniência, Jennifer Probst [Opinião]





                       Título Original: The Marriage Bargain 
Autoria: Jennifer Probst 
Série: Marriage to a Billionaire, #1
Editora: Quinta Essência 
N.º Páginas: 240 

Sinopse
Ele tem de casar para assumir a direção da empresa, ela precisa de dinheiro para salvar a casa. Assim, fazem um acordo com um desenlace inesperado.
O bilionário Nick Ryan não acredita no casamento e considera que o amor eterno é coisa de contos de fadas. As suas ações sempre se regeram pela lógica e pela razão. Como agora precisa de se casar para adquirir o controlo da sua empresa, estabelece um pacto com regras básicas: não se apaixonar, evitar qualquer envolvimento emocional e manter uma relação puramente formal.
Alexa, a melhor amiga da sua irmã, é o tipo de rapariga impulsiva e idealista capaz de lançar um feitiço para conseguir um homem. Mas também faria tudo pelos pais e agora eles precisam de dinheiro para pagar a hipoteca da casa da família. Assim, ambos chegam a acordo. Não deve ser assim tão difícil cumprir os requisitos de um casamento de conveniência que só tem de durar um ano, certo? Mas uma série de mal-entendidos, o aparecimento de coisas do passado, o destino e paixão vão intervir para desbaratar os planos de Nick e Alexa.


Opinião
Este romance foi uma surpresa logo ao virar da segunda página. Talvez tenha sido a capa, ou o facto de me ter atirado a ele sem saber do que se tratava, mas a verdade é que julguei, durante muito tempo, que este era um daqueles romances de época com pitadas de sensualidade. Claro que estava enganada. De histórico Casamento de Conveniência não tem nada – um cenário moderno, com personagens sensitivas e autoritárias, Jennifer Probst traz uma narrativa divertida sobre as potencialidades e exigências de um casal que pode ter mais em comum do que primeiramente aparenta. 

Adorei o pequeno, mas importantíssimo!, pormenor de Alexa ser proprietária de uma livraria e embora a poesia não seja o género que mais me atrai, toda a ambiência acolhedora do mundo dos livros transpareceu para fora da página e deixou-me com um sorriso no rosto. Gostei, também, da sua personalidade genuína e preocupada, com um intelecto capaz de colocar as suas reservas de lado em prol da segurança da sua família. A ligação que Alexa tem com esta última é forte, muito forte – e esse detalhe encontra-se presente ao longo de toda a narrativa transformando esta personagem numa figura altruísta e autêntica. 

Quanto a Nicholas fica a sensação de mudança, e crescimento pessoal, previsível neste tipo de romances sensuais. A urgência em encontrar uma noiva vai para além de qualquer propósito e a necessidade de estar no controlo, de levar as suas ideias e projectos para a frente, é o que o move, o que o faz agir. Este quase desinteresse pela sua potencial parceira de crime sofre uma revolução inimaginável face a perda de algo que nunca se imaginou a ser, ou a ter, o que o transforma no ‘homem de sonho’ não só de Alexa como da comum leitora. 

O enredo não é extraordinário nem inovador dentro do género mas a escrita simples e atractiva de Probst torna-o curioso e interessante quanto baste para que nem se dê pelo constante virar das páginas. Li esta história em duas assentadas, sempre sequiosa por saber que traquinice ou problemática ia surgir no caminho de Alexa e Nick, o que mostra o quão leve e divertida esta obra é. O final é resolvido em poucas linhas, o que me deixou um pouco surpresa, mas no geral Casamento de Conveniência é um início de série satisfatório e de entretenimento puro. 

Quero somente deixar uma nota em relação à tradução – ou potencial revisão – deste livro. Por diversas vezes vi a leitura um pouco estagnada não devido ao seu conteúdo mas sim ao modo como estava escrito no papel. Acho que a tradução não é das melhores e falta-lhe algum cuidado e atenção, um pouco mais de delicadeza na escolha das palavras, mas, ainda assim, Casamento de Conveniência é uma histórica que recomendo a qualquer leitora ávida de romances sensuais que queria experimentar uma das rainhas no género. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Revelada a Capa, #5 - Frost Like Night, Sara Raasch

Foi ontem revelada a capa de Frost Like Night, o volume final da trilogia Snow Like Ashes, de Sara Raasch, que conta já com os títulos Snow Like Ashes e Ice Like Fire. E, oh meu Deus, como é absolutamente magnífica! Tenho a certeza que vai ficar fenomenal ao lado das outras duas que, de si, já são bastante apelativas. 

Esta foi uma das poucas trilogias que já iniciei este ano, e que embora não me tenha cativado sobremaneira em termos de escrita ou personagens, o mundo que personifica é, esse sim e sem dúvida, estupendo. Adorei a divisão dos reinos, com quatro reinos de estações sazonais únicas e quatro reinos com todas as estações do ano – como nós. 
Ainda não tive oportunidade de ler o segundo volume da trilogia, Ice Like Fire, mas com o lançamento de Frost Like Night agendado para este ano, tenho a certeza que esta vai ser uma daquelas séries que irei devorar até Dezembro chegar. 


Título: Frost Like Night
Autora: Sara Raasch 
Série: Snow Like Ashes 
Editora: HarperTeen
Data de Publicação: 20 Setembro, 2016
Formato: Hardback

Que venha ele. A sério, que venha mesmo. Estou entusiasmada, adoro a capa e acho que vai tirar fotografias daquelas bem bonitas. =) Gosto! 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Os 100 - 21 Dias Depois, Kass Morgan [Divulgação]


Passaram 21 dias desde que os 100 chegaram à Terra.

Título: Os 100 - 21 Dias Depois 
Título Original: Day 21
Autoria: Kass Morgan
Série: Os 100, #2
Editora: Topseller
N.º Páginas: 288
PVP.: 16,99€

Sinopse
Há 21 dias, eles pensavam ser os primeiros humanos a pisar o solo terrestre em séculos. Há 21 dias, eles pensavam estar sozinhos e seguros. Mas a realidade era completamente diferente. E ninguém estava preparado para ela...
Nesta excitante aventura de Os 100, há segredos revelados, crenças postas em causa e relações testadas ao limite. Os 100 vão ser postos à procura e terão de se unir para sobreviver. 

«É fácil ficar preso a este enredo pleno de tensão, onde um grupo de jovens tenta criar uma nova sociedade na terra. Mas onde não deixa de haver espaço para a intriga e o romance.»
Publishers Weekly

Sobre a autora
Kass Morgan é licenciada pela Universidade de Brown, nos Estados Unidos, e tem um mestrado pela Universidade de Oxford. Trabalha como editora e vive em Nova Iorque. O seu bestseller Os 100 foi adaptado a série de televisão. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Attachments, Rainbow Rowell [Opinião]




Título Original: Attachments 
Autoria: Rainbow Rowell
Editora: Orion 
N.º Páginas: 357 

Sinopse
It's 1999 and the internet is still a novelty. At a newspaper office, two colleagues, Beth and Jennifer, e-mail back and forth, discussing their lives in hilarious details, from love troubles to family dramas. And Lincoln, a shy IT guy responsible for monitoring e-mails, spends his hours reading every exchange.
At first their e-mails offer a welcome diversion, but the more he reads, the more he finds himself falling for one of them. By the time Lincoln realises just how head-over-heels he is, it's too late to introduce himself.
After a series of close encounters, Lincoln eventually decides he must follow his heart... and find out if there is such a thing as love before first sight.


Opinião
Verdade seja dita que nem sei bem por onde começar... 
... Este é um daqueles livros que tinha tudo para ser extraordinário – uma premissa divertida e inovadora, um leque de personagens interessante e repleto de potencial, e um retratar de uma época em que ainda se acreditava no ‘fim do mundo’ –, mas tudo o que de bom este romance poderia ter foi fortemente ofuscado por um arco narrativo duvidoso e demasiado estagnado, sem picos na acção, e uma escrita que poderia ser um pouco mais focada, mais no ponto, ainda que o humor característico de Rainbow Rowell esteja presente. Attachments não foi, por isso, nem de perto nem de longe, o que estava à espera, e embora esta seja a obra de estreia da autora confesso que as expectativas estavam em alta – principalmente depois de um Eleanor & Park e de um Fangirl que mesmo com alguns ‘defeitos’ foram leituras muito agradáveis – e a conclusão a que chego é que Rowell é mais assertiva a escrever young adult que adult

Tiro o chapéu à autora pela ideia absolutamente brilhante que serve de base a este livro. Toda a questão ética e moral em torno do trabalho de Lincoln cria uma atmosfera algo opressiva e mesquinha que nos tempos modernos dá ares de seu uso, e o posterior desabrochar de uma série de sentimentos românticos por uma das intervenientes principais transforma toda a situação em algo indiscutivelmente hilariante. 
Lincoln não tem como não ler a troca de emails entre Beth e Jennifer, nomeadamente quando estas persistem em discutir assuntos considerados perigosos pelas políticas da empresa. Assim, e como parte da sua responsabilidade enquanto técnico informático, Lincoln acaba por devorar email atrás de email, história atrás de história, ao mesmo tempo que desenvolve uma pequena obsessão por Beth. 

Feitas as contas, Attachments é o exemplo perfeito de tudo o que um romance cheio de potencial nunca deve ser – divertido no início, aborrecido no meio e em tudo inacreditavelmente abrupto no fim. Ficam as gargalhadas e as tiradas inteligentes do final dos anos 90, a leveza da correspondência entre Beth e Jennifer – ainda que por vezes sejam discutidos temas importantes – e o crescimento da personagem de Lincoln. Este último, no entanto, é possivelmente o pior protagonista criado por Rowell no sentido em que analisando as suas acções – ou falta delas –, os seus pensamentos e desejos, e as suas atitudes, tudo o que fica é uma perspectiva stalker face uma rapariga que está num relacionamento, que ele nunca viu, mas pela qual se apaixona perdidamente. É altamente positivo escrever sobre o mantra de que a aparência não é tudo mas há que delinear limites e neste caso a autora não conseguiu ser bem sucedida – nem na temática do amor ao primeiro parágrafo, nem em todas as outras que aborda, como a questão da amizade, de pais protectores ou de gravidezes interrompidas. 

Digam o que disserem, Attachments poderia ser bom – mas não é. O meio da narrativa estende-se por demasiado tempo, com descrições breves mas numerosas de situações que oferecem muito pouco ou nada à história e que no virar da última página não ganham qualquer sentido ou significado. E o fim... Nem vamos falar de um final que se resumiu em cinco páginas e que não tem nexo. Porém, suponho que os finais sejam o calcanhar de Aquiles de Rowell – basta ler Eleanor & Park... 

Viagem à Procura de Mim, David Arnold [Divulgação]


Tão comovente como hilariante, Viagem à Procura de Mim é o romance de estreia de David Arnold. 
Uma narrativa plena de diferentes histórias, tempos e lugares. 
Um livro aclamado pela crítica. 

Título: Viagem à Procura de Mim
Título Original: Mosquitoland 
Autoria: David Arnold
Editora: Topseller
N.º Páginas: 272
PVP.: 16,59€

Sinopse
Após o súbito divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada da sua casa no norte dos EUA para o desolado sul, no Mississipi, onde passa a morar com o pai e a madrasta. Como se não bastasse estar a dar-se mal com a mudança, ainda descobre que a mãe está doente e pode precisar da sua ajuda. 
É então que decide fugir de casa e embarcar numa viagem de mais de 1500 quilómetros, de regresso à sua terra natal e à presença apaziguadora da mãe. Mas o caminho está repleto de perigos e de amizades inesperadas. 
Para se reencontrar, Mim vai ter de enfrentar demónios pessoais, pôr em causa as suas verdades e pisar as fronteiras da normalidade. 

«David captura a voz de uma adolescente de 16 anos com beleza e estilo. A sua prosa maravilha-nos à medida que revela as diferentes camadas da personagem principal durante a sua longa jornada.»
Book Page 

Sobre o autor
David Arnold mora nos Estados Unidos com a mulher (adorável) e o filho (agitado). Já trabalhou como músico e produtor freelancer, professor do pré-escolar, pai a tempo inteiro e empregado de café. 
Acredita no poder da gentileza e da comunidade. Gosta de molho pesto, dos Arcade Fire, de livrarias independentes, da Terra Média, de Elliott Smith e do Natal. Não gosta de azeitonas, de mentirosos e de meias molhadas. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Casamento de Conveniência, Jennifer Probst [Divulgação]

Jennifer Probst chega, finalmente, a Portugal com um romance contemporâneo quente e muito, muito sensual... 

Título: Casamento de Conveniência 
Título Original: The Marriage Bargain 
Autoria: Jennifer Probst
Série: Marriage to a Billionaire, #1
Editora: Quinta Essência
N.º Páginas: 240
PVP.: 15,50€

Sinopse
Ele tem de casar para assumir a direcção da empresa, ela precisa de dinheiro para salvar a casa. Assim, fazem um acordo com um desenlace inesperado. 
O bilionário Nick Ryan não acredita no casamento e considera que o amor eterno é coisa de contos de fadas. As suas acções sempre se regeram pela lógica e pela razão. Como agora precisa de se casar para adquirir o controlo da sua empresa, estabelece um pacto com regras básicas: não se apaixonar, evitar qualquer envolvimento emocional e manter uma relação puramente formal. 
Alexa, a melhor amiga da sua irmã, é o tipo de rapariga impulsiva e idealista capaz de lançar um feitiço para conseguir um homem. Mas também faria tudo pelos pais e agora eles precisam de dinheiro para pagar a hipoteca da casa de família. Assim, ambos chegam a acordo. Não deve ser assim tão difícil cumprir os requisitos de um casamento de conveniência que só tem de durar um ano, certo? Mas uma série de mal-entendidos, o aparecimento de coisas do passado, o destino e paixão vão intervir para desbaratar os planos de Nick e Alexa. 

Sobre a autora
Jennifer Probst é autora bestseller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal. Vive na cidade de Hudson Valley, em Nova Iorque. Escreveu 17 livros e faz parte da Romance Writers of America. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Revelada a Capa, #4 - A Million Worlds With You, Claudia Gray

Foi hoje revelada a capa de A Million Worlds With You, o volume final na trilogia Firebird, de Claudia Gray, que conta já com os livros A Thousand Pieces of You e Ten Thousand Skives Above You. E, oh meu Deus, que capa mais electrizante! 

Estou absoluta e irrevogavelmente apaixonada pelas capas desta trilogia. Todas apresentam dois mundos eclécticos e minimamente curiosos que me deixam mais do que interessada em desvendar. Ainda não tive oportunidade de começar esta série mas tendo em conta que A Million Worlds With You é lançado este ano, completando assim a trilogia, penso que chegou a altura de dizer: nope, não adio mais! 


Título: A Million Worlds With You
Autora: Claudia Gray
Série: Firebird, #3
Editora: HarperTeen 
Data de Publicação: 1 Novembro, 2016
Formato: Hardback 

Que venha ele. A sério, que venha ele. Esta capa vai ficar maravilhosa na estante e vou já deixar a nota de aquisição do primeiro livro assim... para breve! 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

P. S. Ainda te Amo, Jenny Han [Opinião]





Título Original: P.S. I Still Love You
Autora: Jenny Han 
Série: To All The Boys I Loved Before, #2
Editora: Topseller 
N.º Páginas: 272

Sinopse
Ele é o único homem que a fez sentir-se viva.
Mas também é aquele que a poderá destruir.
Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com o Peter Kavinsky.
Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca.
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo?
Uma história dedicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos.


Opinião
Há muito tempo que aguardava com ansiedade a publicação da continuação de A Todos os Rapazes que Amei – um romance young adult que me arrebatou por completo e me encheu o coração de ternura e conforto. As expectativas estavam irremediavelmente altas e quando me apercebi que P.S. Ainda te Amo trazia consigo um triângulo amoroso confesso que o receio de não gostar ou de a autora seguir por caminhos em tudo errados tomou assim um bocadinho conta de mim. Mas já devia de saber que Jenny Han não desilude e com ou sem triângulo amoroso, foi um absoluto prazer voltar ao mundo romanticamente atribulado de Lara Jean e de toda a família Song Covey. 

A história começa precisamente no ponto em que terminou no romance anterior, com uma carta direccionada a Peter, mas desta vez com o seu conteúdo revelado ao leitor – ainda me lembro demasiado bem do desespero que senti ao virar a última página de A Todos os Rapazes que Amei! O coração está destroçado, o medo encontra-se à flor da pele e a vontade de ver estas duas figuras novamente juntas é mais intensa, mais sufocante, que qualquer outra coisa. Mas Jenny Han tem várias surpresas dentro da manga, truques que aparentemente seriam clichés mas que nas suas mãos ganham um novo dinamismo e entusiasmo, e esta será, sem dúvida, uma viagem inesquecível para Lara Jean. 

Quase que não tenho palavras para descrever este livro de tão bom que é – e do quanto gostei dele. Lara Jean é uma das minhas protagonistas favoritas dentro do contemporâneo young adult e a sua doçura e simplicidade transformam toda a narrativa em algo extremamente especial, e único, e incomparável. O seu percurso amoroso ao longo destas páginas não é fácil e está cheio de ramificações inesperadas mas a sua postura para com o presente, e a vida, é fabulosa e, no mínimo, inspiradora – doce, até, muito devido a todos os bolos e bolachas que confecciona. 

Adorei ver mais de Peter, descobrir um lado seu que desconhecia e que se viu camuflado por uma atitude mais popular e egocêntrica no romance anterior. Mas gostei igualmente de John, da sua personalidade genuína e afectuosa. Confesso que não gosto de triângulos amorosos mas este... esta é absolutamente imperdível e tão, tão conflituoso pois ainda agora não consigo dizer que preferi um ao outro. Gosto de ambos, sempre gostarei de ambos, e acho que Jenny Han foi bastante perspicaz e inovadora na forma como desenvolver esta componente da narrativa. 
Kitty foi a alma de P.S. Ainda te Amo. Adoro esta pequena peste de coração gigante, e adoraria ainda mais que a autora escrevesse uma sequela em que uma Kitty adolescente fosse a personagem principal. Ah, consigo já antever a sucessão de gargalhadas que seria! 

Este é um daqueles livros com sabor a presente de natal cuidadosamente embrulhado. Com gosto a pipocas numa tarde de cinema em casa. Ou de chocolate quente em frente à lareira enquanto chove, troveja ou neva lá fora. P.S. Ainda te Amo é um romance perfeito para qualquer ocasião e uma continuação que esteve mais do que à altura da maravilhosa, e reconfortante, e verdadeiramente doce obra que o antecede. Um daqueles livros incapaz de apagar o contínuo sorriso nos lábios, P.S. Ainda te Amo aborda temáticas importantes na vida de uma adolescente – o primeiro amor, o primeiro desgosto, o primeiro até breve, o primeiro reencontro com o passado – sem nunca descurar a ligeireza e o divertimento próprios deste tipo de história. Adorei. E quero mais. Muito mais. 

Mais Um Dia, David Levithan [Divulgação]


Depois do aclamado romance A Cada Dia, bestseller do New York Times, David Levithan conta a história de Rhiannon e da sua busca desesperada pelo amor verdadeiro

Título: Mais Um Dia
Título Original: Another Day
Autoria: David Levithan
Série: Every Day, #2
Editora: Topseller
N.º Páginas: 352
PVP.: 17,99€

Sinopse
Todos os dias da Rhiannon são iguais. Ela resignou-se com a vida, convenceu-se de que não merece mais do que um namorado distante e frio, o Justin, e até delimitou regras para a sua vida: não ser demasiado carente, evitar aborrecê-lo, nunca esperar demasiado. 
Até que uma manhã muda tudo. De repente, e pela primeira vez, o Justin parece olhar para ela, querer estar com ela, e juntos vivem um dia perfeito - um dia perfeito de que o Justin não se recorda na manhã seguinte. Confusa, deprimida e desesperada por mais um dia tão inesquecível quanto esse, Rhiannon começa a questionar tudo. 
Então, certo dia, um estranho diz-lhe que o Justin com quem ela passou esse dia, e que a fez sentir-se uma nova pessoal... não era o Justin. 

Um livro que toca profundamente a imperfeição humana, os maus relacionamentos, a despropositada importância da aparência, a sexualidade ou a insignificância dos géneros. 

Sobre o autor
David Levithan é autor e editor. Conta no seu currículo com muitas obras em nome próprio e várias parcerias com John Green ou Rachel Cohn. A Cada Dia, igualmente editado pela Topseller, é bestseller do New York Times e foi finalista de múltiplos prémios. 
O autor foi galardoado com o Prémio Margaret A. Edwards 2016, atribuído pela American Library Association. Uma distinção que premeia autores cujo trabalho constitua uma contribuição significativa e duradoura para a literatura direccionada ao público jovem adulto. 

«Uma história intensa que mostra os leitores e profundidade das suas personagens... Embora Levithan considere este como o romance "gémeo" do autor [A Cada Dia], ele tem uma identidade distinta, íntima, encantadora e com uma leitura própria.»
Booklist

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Passatempo – Um Caso Tipicamente Inglês, Elizabeth Edmondson

O primeiro passatempo do ano vem tarde... mas vale bem a pena!

Com o fantástico apoio das Edições ASA, o Pedacinho tem o enorme prazer de oferecer um exemplar de Um Caso Tipicamente Inglês, da autora Elizabeth Edmondson. Uma história de amor que fará até o mais frio dos corações suspirar. 

Para se habilitarem a receber este fabuloso prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios tendo em conta as regras do passatempo e, como já vem sendo habitual, que sejam seguidores do blogue – e, se possível, que também sigam a Página do blogue no Facebook, aqui

As respostas às pergunta podem ser encontradas aqui

Regras do Passatempo: 
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 24 de Fevereiro (quarta-feira).
3) Só é válida uma participação por pesso e/ou endereço de email. 
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas. 
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado será anunciado no blogue. 
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O Quarto de Jack, Emma Donoghue [Divulgação]

«Adorei O Quarto de Jack. É de uma imaginação incrível e de um estilo de linguagem deslumbrante. E, no meio de tudo isto, um miúdo totalmente credível e encantador. Diferente de tudo o que li até hoje.»
Anita Shreve

Título Original: Room
Autoria: Emma Donoghue
Editora: Porto Editora
N.º Páginas: 336
PVP.: 16,60€

Sinopse
Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. 
Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho. 


Sobre a autora
Emma Donoghue é escritora de romances históricos e contemporâneos. Nasceu em Dublin, onde viveu durante vinte anos, até ir viver para Inglaterra - para estudar em Cambridge - e depois para o Canadá. Mudou-se recentemente para França. 
O Quarto de Jack é o seu título mais conhecido, mas Emma já escreve desde os vinte e três anos e a sua carreira como escritora conta com alguns bestsellers, como Slammerkin, The Sealed Letter, Landing, Lifemask, Hood e Stir-Fry
A título de curiosidade, refira-se que o pai de Emma Donoghue, que também era crítico literário, foi professor de Henry James na faculdade. 

Para mais informação sobre o livro, consulte aqui

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Cartas de Amor aos Mortos, Ava Dellaira [Opinião]




Título Original: Love Letters to the Dead 
Autoria: Ava Dellaira
Editora: Editorial Presença 
Colecção: Jovem Adulto, N.º 1
N.º Páginas: 380

Sinopse
Após a trágica morte da irmã mais velha, Laurel sente o mundo ruir. Com a separação dos pais, tem de viver com a tia, uma católica fervorosa que lhe impõe rígidas normas de comportamento.
Numa aula de Inglês, a professora desafia os alunos a escreverem uma carta a alguém que já morreu. Laurel dirige a primeira carta a Kurt Cobain, porque a irmã adorava esse cantor. A partir daí, sucedem-se missivas endereçadas aos seus ídolos do cinema, da música e da literatura – todos mortos.
Nas cartas, Laurel aborda facetas cativantes dos seus ídolos e partilha momentos marcantes da própria vida, dos novos amigos ao primeiro amor.


Opinião
Gosto imenso quando um livro, na sua construção, apresenta algum tipo de peculiaridade que não só visa ao enriquecimento da história em si como também ao sentimento de surpresa no leitor. Esta é uma dessas obras, em que o comum capítulo, que serve de divisão entre temáticas e acontecimentos na vida da protagonista, é substituído por cartas pessoais a figuras que já abandonaram o plano terrestre. Estas Cartas de Amor aos Mortos preenchem o romance de saudade e abandono, ao mesmo tempo que relembram a Laurel que por vezes vale a pena lutar, e vale a pena ser alguém diferente, alguém melhor, capaz de abrir o coração para o que o mundo tem a oferecer. 

Laurel sente-se vazia. A sua mãe abandonou-a. O seu pai perdeu a vontade de viver. A sua tia é a mulher mais devota a Deus que conhece e os seus amigos... os seus amigos não mais podem ser seus amigos pelo medo de que toquem no assunto de May. May, a sua irmã mais velha. May, aquela que a fez acreditar em magia e na beleza do que a rodeia. May, aquela que jurou nunca a deixar sozinha. Até que deixou. Até que partiu – para outro mundo. Agora tudo é diferente. Tudo é novo. E tudo é escuro – sufocante, impossível de suportar. 
Como tarefa escolar para a aula de Inglês é pedido aos alunos que escrevam uma carta a alguém que já morreu. Face a tragédia que assolou o universo de Laurel, esta não consegue escrever à pessoa com quem mais necessita de falar. E por isso recorre a uma série de figuras públicas que perderam a vida precocemente, ou em situações complicadas, como forma de desabafo e crescimento. Kurt Cobain, Heath Ledger, Amy Winehouse, Janis Joplin, Jim Morrison, Judy Garland... muitos e sonantes são os nomes que povoam as páginas deste romance – e cada um deles deixa uma lição difícil, que requer esforço, vontade, mas que será vital para Laurel. 

Cartas de Amor aos Mortos é uma daquelas obras que vai crescendo de intensidade, e entusiasmo, e fascínio com o recorrente avançar das páginas. Laurel encontra-se numa situação extraordinária e altamente indesejada no começo da narrativa mas, ao longo de todo o ano escolar, que verá também marcar o primeiro aniversário da morte de May, esta aprende a libertar-se e a ser a jovem que sempre foi suposto que fosse. 
Gostei bastante de todo o crescimento pessoal de Laurel assim como das várias nuances que apresenta, camufladas pela influência de uma instabilidade familiar profunda e de um forte desejo de ser aceite, de ser capaz de se perdoar. Constantemente atormentada pelo porquê de tudo isto ter acontecido, Laurel é uma daquelas protagonistas que tanto mostra fragilidade como força, e que se vê desabrochar numa flor singularmente especial. 

 Ava Dellaira não escreve caminhos fáceis à sua protagonista e embora exista um ou outro momento em que o suspense atinge proporções demasiado elevadas, em que o momento de desvendar o que se passou, o que originou o acidente, chega finalmente, Cartas de Amor aos Mortos trata-se de um enredo que, no seu todo, é pulsante e genuíno, transmitindo sempre uma mensagem de valor. 
A escrita da autora é fascinante e tantas vezes poética, tornando a voz de Laurel indiscutivelmente encantadora. O sofrimento encontra-se presente em cada página assim como o sentimento de culpa e não aceitação, mas também a alegria de amizades inesperadas e amores escritos nas estrelas tornam este romance uma carta de amor que não é só escrita aos mortos. 

Uma muito agradável surpresa, Dellaira deslumbrou-me com a sua perspicácia narrativa e conteúdo curioso. Gostei imenso das ligações entre o que aconteceu na realidade a todas estas personalidades – pormenores que demasiadas vezes desconhecia por completo – com o que se passa no mundo ‘ficcional’ de Laurel; assim como de toda a diversidade em termos de temáticas abordadas – desde a homossexualidade à extrema devoção religiosa, passando pela culpa e sofrimento face uma morte precoce, a disfunção familiar e a descoberta do primeiro amor, entre tantas outras. 


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domingo, 7 de fevereiro de 2016

P.S. Ainda te Amo, Jenny Han [Divulgação]


Uma história delicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos. 

Título: P.S. Ainda te Amo 
Título Original: P. S. I Still Love You 
Autoria: Jenny Han
Editora: Topseller
N.º Páginas: 272
PVP.: 15,98€

Sinopse
Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com Peter Kavinsky. Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca. 
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo? 

«Lara Jean, com o seu amor e inocência, confere uma individualidade singular a esta charmosa história de amor.» 
Publishers Weekly 

Sobre a autora
Jenny Han nasceu e cresceu na costa leste dos Estados Unidos da América. Estudou na Universidade da Carolina do Norte e fez um mestrado em Escrita para Crianças em Nova Iorque, onde mora actualmente. 
Se pudesse escolher um emprego, Jenny Han gostaria de ser ajudante do Pai Natal, provadora de gelados ou a melhor amiga da Oprah, entre outras coisas perfeitamente vulgares. Tem uma predileção por meias até ao joelho e como qualquer sobremesa, desde que seja de maracujá. 
É autora da trilogia The Summer I Turned Pretty, bestseller do New York Times. O primeiro livro da autora editado pela Topseller, A Todos os Rapazes que Amei, será em breve adaptado ao cinema. Chega agora a continuação que promete conquistar os leitores apaixonados. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Vermelho como o Sangue, Salla Simukka [Opinião]




Título Original: Punainen kuin veri
Autoria: Salla Simukka 
Série: Lumikki Andersson, #1
Editora: Editorial Presença 
Colecção: Diversos, N.º 74
N.º Páginas: 216 

Sinopse
Lumikki Andersson tem 17 anos e vive sozinha num pequeno apartamento, na cidade onde frequenta uma prestigiada escola de Artes. Lumikki é solitária, independente, e gosta da liberdade. Na escola prefere dedicar-se aos estudos e ignorar os grupinhos que se vão formando. Não se meter naquilo que não lhe diz respeito é, para ela, uma regra fundamental. Mas essa regra vai ser posta à prova no dia em que encontra uma incrível quantidade de notas de quinhentos euros penduradas a secar no laboratório fotográfico da escola e que tudo indica terem estado manchadas de sangue. Em poucas horas, Lumikki, juntamente com três dos seus colegas, vê-se enredada numa sombria conspiração.


Opinião
Esta foi a minha estreia com um romance de calibre nórdico. 
Não sou grande apreciadora de thrillers mas algo em Vermelho como o Sangue captou a minha atenção e deixou-me curiosa o suficiente para que quisesse ler as nuances narrativas desta vertente literária numa obra young adult. Admito que não sabia, de todo, o que esperar desta leitura. Fui pousar nela de olhos completamente vendados e expectativas soltas, e penso que se o tivesse feito de outra maneira não teria sido surpreendida como fui. 

Vermelho como o Sangue é o primeiro volume de uma trilogia com fortes ligações à Branca de Neve. Não existe qualquer elemento mágico ou sobrenatural nesta história – somente muito sangue, dinheiro sujo e máfia nórdica –, todas as semelhanças revolvem em torno de aparências físicas e dizeres de fábulas mas a atmosfera fria e obscura, em conjunto com um cenário gélido, tornam esta essência mágica muito real e muito perigosa. 
Lumikki é uma protagonista interessante. Solitária, com um passado enrolado em mistério e repleto de antagonismos, é absolutamente normal que não se queira envolver em problemas alheios. Porém, não há como escapar após encontrar um laboratório recheado de notas de quinhentos euros – pois se a curiosidade não a matasse, de certo que haveria rumores suficientes capazes de fazer mossa na sua simples existência. 

O restante jovem trio que toma conta da acção também ele é singular. A palavra reinante num universo de álcool, drogas e dinheiro é diversão e cada um dos seus elementos representa o seu papel de forma exímia, desvendando três personalidades vincadas que visam futuros muito diferentes. Já do lado negro da trama, diria que o Urso Polar é, provavelmente, das figuras mais peculiares e instigadoras presentes na narrativa – alguém que gostaria de ver mais explorado num livro próximo. 
É de frisar que esta é uma obra relativamente breve – ainda que detentora de uma escrita rica e frutífera quanto baste para deixar um leitor satisfeito – e por isso o desenvolvimento das personagens é muito miúdo e quase todo ele feito de extensas e detalhadas passagens de um ou outro acontecimento que de uma forma ou de outra tem ou teve impacto na pessoa que cada interveniente é no momento da acção. 

Salla Simukka sabe como manter a atenção de quem percorre estas páginas e, mais do que isso, tem plena consciência de quais os cordões mover para que o suspense atinja proporções dolorosas ou a interrogação, o questionamento, levem o leitor à loucura. E para uma narrativa que se mostra tão curta, esse é um ponto que a autora marca a seu favor. Contudo, e numa perspectiva inteiramente pessoal, penso que alguns dos trechos descritivos foram demasiado longos enquanto que outras componentes, nomeadamente a nível de diálogos e movimentações no presente, foram colocadas ligeiramente de lado. Penso que estas situações façam parte do estilo nórdico ao qual não estou habituada e muito pouco ou nada conheço – mas, ainda assim, gostaria de ter presenciado um enredo com mais adrenalina, mais intenso, mais estimulante. 

Tenho a dizer que adoro a capa de Vermelho como o Sangue e que os tons de branco, preto e vermelho estão em plena harmonia com o conteúdo e a direcção do enredo. Esta foi, sem dúvida, uma estreia que me deixou cativada e interessada em descobrir o que mais Simukka esconde na manga – assim como curiosa com as temáticas que esta abordará futuramente. Em Vermelho como o Sangue tivemos um pouco de tudo, desde desapego familiar a bullying, passando por todo um núcleo fechado de negócios ilícitos e amizades improváveis – um cocktail sedutor e em tudo diferente ao que me passa pelos olhos no que diz respeito a literatura YA. 


Para adquirir ou ler mais informações sobre Vermelho como o Sangue, visite o site da Editorial Presença aqui.  

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

As Páginas Percorridas em Janeiro [Aquisições]

Será dizer muito que Janeiro passou a voar... ? 


Este não poderia ter sido um melhor começo de ano. Sei que podia ter lido um pouco mais não tivesse ficado meio que ‘encalhada’ em duas das leituras do mês que demoraram bastante mais tempo do que eu estava, inicialmente, à espera mas, ainda assim, confesso que não me posso queixar – até porque poderia ser muito, muito pior!
Janeiro foi não só um bom mês de leituras em quantidade como em qualidade. Comecei o ano de forma belíssima, com uma das minhas autoras de eleição e que me veio tirar de uma maldita reading slump e acredito que Janeiro foi, também, o mês em que um dos melhores do ano me passou pelas mãos... 

Vamos lá, então, ao balanço do mês... 

Novos na Estante


Um excelente mês de aquisições, tanto a nível nacional como estrangeiro, que veio trazer não somente estreantes à estante como continuações e história muito amadas que tenho vontade de percorrer – num certo caso, novamente
Destaque para A Prometida do Capitão, de Tessa Dare, uma novidade de Janeiro que me deixou nas nuvens visto ter adorado, em absoluto, o primeiro desta trilogia – o que quer dizer que ainda tenho de pegar no segundo antes deste, I know, I know. 
Destaque também para Os 100, de Kass Morgan. Acompanho a adaptação televisiva e confesso-me mais do que curiosa para o que estas páginas guardam. 
Finalmente, destaque para Um Caso Tipicamente Inglês de Elizabeth Edmondson. Admito que nunca li nada da autora e soube, recentemente, que esta faleceu no começo do ano pelo que a vontade de percorrer uma das suas histórias é ainda mais intensa – e esta parece imperdível! 


As compras estrangeiras de Janeiro foram... maravilhosas?, mágicas?, a coisa mais boa de sempre?. 
Destaque para tudo! Ice Like Fire, de Sara Raasch, uma continuação que quero folhear lá mais para o meio do ano visto que o terceiro e último volume da trilogia está com lançamento agendado para Novembro. Let The Sky Fall, de Shannon Messenger, o começo de uma trilogia que estava à demasiado tempo na wishliste porque, ah e tal, preciso de começar séries novas... ou não! E finalmente... a compra do mês. Do ano! O boxset em hardcover das belíssimas edições britânicas de Harry Potter, de J. K. Rowling. Já há dois natais que andava com vontade de adquirir este boxset e esta foi mais do que a altura perfeita. 

Páginas Percorridas 


A Pura Verdade, Dan Gemeinhart (Opinião)
Vermelho como o Sangue, Salla Simukka 
Fala-me de um dia perfeito, Jennifer Niven (Opinião)

Três leituras em português e três leituras em inglês (na foto seguinte). Posso dizer que todas foram uma surpresa – para o bom e para o mau – e deste pequeno grupo tenho a destacar Fala-me de um dia perfeito pela capacidade de me fazer compadecer com o protagonista e não querer, de todo, acreditar no desfecho da história embora já o esperasse e para A Pura Verdade que foi uma descoberta maravilhosa e que disserta sobre a força de vontade, as amizades eternas e os laços especiais que se formam entre humanos e animais. 


Confess, Colleen Hoover (Opinião)
Snow Like Ashes, Sara Raasch (Opinião)
The Rest Of Us Just Live Here, Patrick Ness (Opinião)

Neste trio tenho de falar de todos. Confess pois não há livro nenhum de Colleen Hoover que não me deixe nas nuvens e completamente a chorar por mais – e a arte... a arte!, é linda neste livro –, Snow Like Ashes por ter um dos mundos de fantasia (algo) épica no mundo young adult que mais chama por mim – adorei mesmo! –, e The Rest Of Us Just Live Here por ter sido uma desilusão cujos ares de grandeza não trouxeram nada de novo ao género.

O Eleito do Mês 


Estive muito indecisa quanto ao eleito do mês unicamente por Colleen Hoover se encontrar na lista de livros lidos e por esta ser uma das minhas autoras favoritas mas... este ano quero escolher somente um livro por mês e em Janeiro o destaque vai para o único livro que levou 5 estrelas... Fala-me de um dia perfeito, de Jennifer Niven. O primeiro 5 estrelas do ano!

Literaturas Diversas

Este ano decidi começar uma nova rúbrica no blogue que espero vir a desenvolver em pleno ao longo dos próximos meses – Revelada a Capa. O intuito é ir revelando capas de lançamentos nacionais e internacionais que me suscitem interesse por este ou por aquele motivo. Janeiro teve direito a três capas reveladas e aqui ficam os links

Revelada a Capa #1 – Heartless, Marissa Meyer 
Revelada a Capa #2 – A Court of Mist and Fury, Sarah J. Maas
Revelada a Capa #3 – Caminhos Sombrios, Sandra Brown 

Próximas Aventuras 

   

Tenho algumas leituras planeadas mas quero deixar o mês de Fevereiro um pouco em aberto pelo que podem contar com as opiniões de Vermelho como o Sangue, de Salla Simukka e Cartas de Amor aos Mortos, de Ava Dellaira

Se conseguir cumprir metade do que espero alcançar este mês terão, então, bastante mais opiniões por aqui. 
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