terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Darker Shade of Magic, V E Schwab [Opinião]





Título Originai: A Darker Shade of Magic
Autoria: V E Schwab
Série: Shades of Magic, #1
Editora: Tor Books
N.º Páginas: 400

Sinopse
Kell is one of the last Antari, a rare magician who can travel between parallel words: hopping from Grey London – dirty, boring, lacking magic, and ruled by mad King George – to Red London – where life and magic are revered, and the Maresh Dynasty presides over a flourishing empire – to White London – ruled by whoever has murdered their way to the throne, where people fight to control magic, and the magic fights back – and back, but never Black London, because travelling to Black London is forbidden and no one speaks of it now.
Officially, Kell is the personal ambassador and adopted Prince of Red London, carrying the monthly correspondences between the royals of each London. Unofficially, Kell smuggles for those willing to pay for even a glimpse of a world they’ll never see, and it is this dangerous hobby that sets him up for accidental treason. Fleeing into Grey London, Kell runs afoul of Delilah Bard, a cut-purse with lofty aspirations. She robs him, saves him from a dangerous enemy, then forces him to take her with him for her proper adventure.
But perilous magic is afoot, and treachery lurks at every turn. To save both his London and the others, Kell and Lila will first need to stay alive – a feat trickier than they hoped.


Opinião
Tive o prazer de conhecer pessoalmente V E Schwab no passado mês de Agosto e desde então que a minha vida de leitora não mais foi a mesma. Parti para a aventura com This Savage Song no bolso, a minha estreia com a autora, um desejo enorme de folhear Vicious e um certo receio (agora injustificado) de A Darker Shade of Magic – piratas nunca foram o meu forte. Mas algo em Schwab é transcendente, único e tão incrivelmente especial que após qualquer evento em que o seu intelecto seja questionado com perguntas e várias ansiedades em saber mais sobre os mundos por ela criados, o desfecho é sempre o mesmo: querer ler e ler mais sobre as suas personagens, os seus universos, os seus enredos intricados e em tudo novos.

A Darker Shade of Magic nunca seria a minha primeira escolha. Tinha-me sido vendido que este era um livro de fantasia adulta, com uma escrita mais elaborada e uma trama que se centra em torno de uma personagem feminina que visa tornar-se pirata de um navio e de um protagonista masculino que viaja entre mundos. O elemento fantástico das quatro Londres e toda a hierarquia e distribuição de magia fascinou-me de imediato mas o background de Lila, a sua postura, os seus sonhos, confesso que me deixaram um pouco de pé atrás. . . mas não por muito tempo.
Este foi um daqueles livros que pura e simplesmente me veio parar as mãos. A edição de capa dura e lindíssima, com um design enfeitiçante e que apela ao mistério e à sua leitura, e escusado será dizer que com Vicious ainda por encomendar (e o hardcover impossível de encontrar), a curiosidade levou a sua melhor e acabei por folhear as primeiras páginas, algo renitente, algo expectante, e em tudo absolutamente agarrada à história com o primeiro capítulo ainda por terminar.

Delilah Bard é uma interveniente de peso. Destemida, lobo solitário e com uma personalidade mordaz, Lila faz as delícias de qualquer leitor que tenha gosto em acompanhar o desenvolvimento de uma personagem feminina forte, com um excelente nível de badass e um carisma ainda mais inebriante. A sua história, o seu passado, são marcados pela pobreza e pelo roubo – arte em que se tornou especialista – mas são também essas marcas que lhe abrem a mente para o mundo mágico que se encontra à sua volta, e lhe trabalham a vontade para o desbravar de uma aventura muito para além do mundano da sua Londres Cinzenta.

Master Kell, por seu lado, é a raridade que todos receiam mas, no íntimo, desejam ser. O Antari da Londres Vermelha, Kell tem o dom de viajar entre mundos, entre Londres, para além de outras excentricidades mágicas, partilhando assim correspondência e informação entre figuras importantes de cada uma delas – com excepção de Londres Negra que se encontra fechada ao mundo.
O seu sentido de altruísmo é evidente assim como o seu amor pela família que o acolheu embora existe uma certa divergência entre o que o seu coração sente e o que a sua mente pensa.

Tudo em A Darker Shade of Magic complementa-se de forma exímia. O enredo está repleto de acção e surpresas, com inúmeros momentos de alta tensão e suspense, e a relação entre os dois protagonistas tem tudo para dar certo. O romance é deixado muito para lá de um segundo plano, o que se enquadra na estrutura do livro na perfeição, e o fardo que Kell e Lila partilham, assim como descobertas sobre o funcionamento das várias Londres e da magia que as habita, tomam o lugar central do enredo.
Adorei o companheirismo partilhado por Kell e Lila e gostei ainda mais dos breves momentos em que pudemos desfrutar da presença hilariante e descontraída de Rhy, uma personagem sobre a qual quero descobrir mais. Arrepiei-me com Athos e Astrid, continuo extremamente curiosa com Holland pois não me parece que a sua jornada esteja terminada, e mal posso esperar por ver de que forma os mundos de Kell e Lila se vão voltar a unir.

Este foi um primeiro livro de uma trilogia incrivelmente bom. Sem momentos mortos e recheado de pormenores que fazem toda a diferença, nota-se que existe um arco narrativo que se fecha e um outro que se abre. Algumas questões são deixadas em aberto, que darão aso à continuação da trilogia, mas como história este primeiro volume funciona muito bem e confesso que nao poderia estar mais agradavelmente surpreendida. Que venha A Gathering of Shadows, mas mais lá para o final do ano (embora o livro já aguarde vez na estante), visto que A Conjuring of Light está com lançamento previsto para Fevereiro do próximo ano e há que manter todos os detalhes frescos na mente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Entre as Páginas de... #17

Heartless, de Marissa Meyer


Escusado será dizer que Marissa Meyer é um génio da escrita fantástica e que The Lunar Chronicles (ou As Crónicas Lunares) é uma das minhas séries favoritas de todo o sempre. Assim, tornou-se impossÍvel resistir aquele que é um dos, por mim, mais esperados lançamentos do ano e embarquei nesta viagem alucinante pelo PaÍs das Maravilhas e pela juventude da tão famosa Rainha de Copas sem hesitar.
Infelizmente, sinto que parte do encanto caracterÍstico da autora não está, de todo, presente nas páginas deste seu novo livro. Falta-lhe garra e uma certa leveza humorÍstica. Os pormenores são imensos e as peculiaridades ainda mais, mas, não sei, acho que lhe falta alguma coisa.
Veremos como corre o resto da leitura. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Desabafo de Leitora...

Olá, queridos leitores,

Nem sei por onde comecar.
Ao fim de tanto tempo ausente deste espaço que sempre foi importante para mim, e muito mais que um mero registo de páginas percorridas, aventuras vividas e comentários trocados, e com uma certa nostálgia que volto a abrir esta página de escrita e deixo o pensamento e os dedos fluirem pelo teclado, em busca de palavras que signifiquem tanto ou mais do que aquilo que estou a sentir.

O tempo que já lá vai foi árduo e exigente. Não houve espaço para devaneios literários, apenas para trabalho, crescimento profissional, novas jornadas que tanto se mostram frutÍferas quanto drasticamente implacáveis. Ainda assim, fica a vontade de voltar a este cantinho que tantas alegrias me deu ao longo dos anos, e que me possibilitou conhecer todos vocês, companheiros de letras, de sonhos fantasticamente improváveis.

O Pedacinho comemorou 7 anos no passado dia 7 de Setembro. Os anos foram casados mas a passagem por aqui foi impossÍvel – perdoem-me! Confesso que inúmeras vezes me passou pela cabeca fechar este pedaço de mim, por não ter a mesma disponibilidade de outrora, por não ter o mesmo entusiasmo para as leituras, por ler menos mas melhor e sempre diferente. Mas quando cheguei ao incrÍvel patamar dos 7 e olhei para trás, para todas as memórias que guardo carinhosamente, e por todo o trabalho que tem vindo a ser aqui deixado, pensei: poderá não ser a mesma coisa, a mesma recorrência, mas vou tentar mais uma vez, vou tentar arranjar um bocadinho de tempo para dedicar ao Pedacinho e aos que tao fielmente me seguem. E a quem eu tudo agradeço! 


Inevitavelmente, o blogue sofrerá mudanças. A qualidade manter-se-á mas a passagem por aqui não será tao assÍdua, assim como o próprio conteúdo será mais centrado nas opiniões e em pequenas publicações que possam surgir sobre as paginás que for percorrendo. Tentarei trazer-vos um bocadinho do que vos trouxe no passado – passatempos, divulgações – mas estas serão sem dúvida mais selectas e direccionados para os géneros que tanto gosto de ler.

Este devaneio já vai longo e um gigante obrigado a quem chegou até aqui – e a quem se tem mantido por este espaço, sempre na esperanca de que esta vossa apaixonada por livros volte e deslumbre. Vamos ver-nos em breve, dúvidas nao me restam. Mas até lá fica um até já. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Illuminae, Amie Kaufman & Jay Kristoff [Opinião]







Título Original: Illuminae
Autoria: Amie Kaufman & Jay Kristoff
Série: The Illuminae Files, #1
Editora: Nuvem de Tinta
N.º Páginas: 608

Sinopse
Illuminae é diferente de todos os livros que alguma vez leste. 
Através de documentos pirateados, emails, mapas, arquivos militares, transcrições de interrogatórios e mensagens, vais descobrir que o pior dia da vida de Kady é apenas o início da história mais trepidante e arrebatadora de sempre.


Opinião
Quase não existem palavras para descrever o extraordinário que é este livro, nem a profundamente única experiência de leitura que este proporciona. De uma inovação e criatividade sem igual, Illuminae aborda uma temática futurista, num universo espacial, que deixa marcas quanto à possibilidade de um dia se tornar real. 
Centrando-se em duas personagens principais, Kady e Ezra, que outrora viveram tudo em conjunto mas agora se vêem separadas não somente pelas circunstâncias naturais em que se encontra o mundo que conhecem mas também pelas diferenças pessoais que as movem, este é um romance de ficção científica que agradará a qualquer apaixonado do género, seja um leitor mais experiente ou novato, devido à maturidade com que está escrito e ao modo singular com que o enredo está explorado, através de relatórios, trocas de emails, registos visuais e análises de terceiros. 

A informação proporcionada pela narrativa quase não chega a ser suficiente, e por mais do que uma vez o leitor vê-se cercado por perguntas e deduções sem aparente resposta, no entanto, a descoberta constante, a surpresa e o fascínio, incitam a uma leitura sôfrega que culmina num desfecho alucinante e de alta tensão que, sem dúvida, exige a presença de Gemina, o segundo volume da série, na estante. 
As personagens são autênticos ímanes de força e destreza, principalmente Kady. Esta é uma protagonista de peso, que sabe medir as consequências dos seus actos e que está disposta a tudo para salvar os que ama. As suas interacções com Ezra são como a cereja no topo do mais delicioso bolo do mundo, abrindo portas para o sorriso, o riso e, até, a lágrima. Gostei imenso destas duas figuras enquanto par e confesso que houveram dois ou três momentos que me partiram o coração e me fizeram perder a esperança no género mas Amie Kaufman e Jay Kristoff sabem, claramente, o que estão a fazer o que me leva a pensar que o método favorito de ambos no que diz respeito a torturar os seus leitores é levar estes a um ponto de não retorno de loucura e ansiedade. 

O que ainda me deixou mais perplexa e tão absolutamente encantada com este livro foi o seu vilão. Illuminae tem uma das mais bem construídas e desenvolvidas personagens nesta categoria, assumindo uma dubiedade maravilhosa entre o ser-se naturalmente mau e o estar a sê-lo por se acreditar ser a única forma de salvar ‘a humanidade da destruição total’. Adorei este elemento da narrativa e as passagens na sua presença, recheadas de provocações, tensão e suspense, são do melhor que esta obra tem para oferecer.
O desencadear dos acontecimentos, o fusão exímia dos estilos de ambos os autores, a abertura para o que ainda está por vir e toda a questão visual do livro transformam Illuminae numa composição perfeita de narrativa e grafismo elevando-o já a um dos favoritos do ano. Esta é uma daquelas tramas que é muito, muito difícil de explicar dada a sua diferença de tudo o resto, e que deve ser experienciada por cada leitor. Muitas são as nuances e as mensagens que podem ser encontradas nas entrelinhas mas há que ter em mente que, acima de tudo, esta é uma história de amor entre dois adolescentes que se viram separados por uma magnitude impossível de combater – o Espaço, o alastrar da doença e as muito poucas probabilidades de sobrevivência. Sem dúvida, um livro a não perder. 

domingo, 12 de junho de 2016

O Pacto, Elle Kennedy [Divulgação]


A série Off-Campus chega a Portugal com O Pacto

Título: O Pacto
Título Original: The Deal
Autoria: Elle Kennedy
Série: Off-Campus, #1
Editora: Suma das Letras
N.º Páginas: 444
PVP.: 17,90€

Sinopse
Hannah Wells, uma jovem bem sucedida nos estudos mas não tanto a nível amoroso. 
Hannah fará de tudo para ter um encontro, mesmo que isso signifique o não tão estudioso e um pouco infantil, irritante e pretensioso Garrett Graham. Tudo o que Garrett sempre quis foi jogar Shockey profissionalmente mas os seus estudos ameaçam o seu sonho. Portanto pedir ajuda a Hannah em troca de um encontro não parece assim tão mal, certo?

Sobre a autora:
Elle Kennedy é autora bestseller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal. Escreve romances de suspense e eróticos contemporâneos. Heroínas fortes e sensuais, e heróis seu e musculares são marca dos seus livros, temperados com muito calor e alguns perigos, pelo que já conquistou um vastíssimo público leitor. 

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Não É Tarde Para Amar, Monica Murphy [Divulgação]


«A história de Owen é tudo o que eu esperava que fosse! Dou a Não É Tarde para Amar cinco estrelas! É um grande final de uma série incrível!»
A Booklist Escape

Título: Não É Tarde para Amar
Título Original: Four Years Later
Autoria: Monica Murphy
Editora: Topseller
N.º Páginas: 320
PVP.: 17,69€

Sinopse
Sem rumo. Isto resume a minha vida. Suspenso da equipa de futebol da faculdade e forçado a diminuir o número de horas de trabalho por causa das minhas más notas, não posso continuar a correr para o colo da minha irmã, Fable, e do seu marido, Drew, à procura de ajuda. Sinto que não consigo encontrar o meu próprio caminho - droga e sexo são tentações irresistíveis. Um explicador é a última coisa que eu quero, até a ver. 
Chelsea não é de todo o meu tipo. Ela ºe inteligente e muito tímida. Tenho a certeza de que é ainda virgem. Mas quando ela me olha com aqueles penetrantes olhos azuis, eu fico completamente perdido. Não vou negar que o corpo dela é de morrer, mas é a sua cabeça e o modo como ela parece necessitar de amor - como se nunca tivesse sido amada - que me faz desejá-la mais do que a qualquer rapariga que já conheci. 
O que é que alguém aparentemente tão certinho como ela pode ver num tipo sem rumo como eu? 

Sobre a autora
Monica Murphy é uma autora norte-americana, cujos livros Uma Semana para te Amar, Vou Amar-te para Sempre e Prometes Amar-me? foram bestsellers do New York Times e do USA Topday. Em Portugal, é já uma das autoras de romances que maior expectativa cria nas leitoras. 
Monica escreve ficção para jovens adultos, além de romances contemporâneos. Vive com o marido e os três filhos no sopé das montanhas de Yosemite, na Califórnia. Adora livros e, por isso, considera que tem o melhor trabalho do mundo. 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Revelada a Capa, #7 - Carve the Mark, Veronica Roth

Foi na semana passada revelada a capa de Carve the Mark, o regresso de Veronica Roth à literatura YA. E, oh meu Deus, estou absolutamente maravilhada! Adoro o contraste do azul petróleo com o ‘sangue’ dourado... visualmente é uma capa simples mas muito, muito chamativa – mas suponho que isso seja algo comum nos livros de Roth, basta olhar para as capas espectaculares de Divergente, Insurgente e Convergente

Eu sou contra a maré e tenho a dizer que embora existam vários pormenores ao longo da trilogia Divergente que me desagradaram, o final de Tris (que por esta altura já não é spoiler nenhum) foi mais do que aceitável – aliás, fez todo o sentido. No momento, a emoção leva a melhor de mim mas horas, dias, meses, anos mais tarde tenho a agradecer a coragem dos autores que não têm medo em matar as suas personagens principais. Por isso, gosto de Veronica Roth. Bastante! E mal posso esperar pelo lançamento de Carve the Mark, agora num estilo mais de ficção científica que de fantasia distópica. 


Título: Carve the Mark
Autora: Veronica Roth 
Editora: Katherine Tegan Books (HarperCollins Publishers)
Data de Publicação:  17 Janeiro, 2017 
Formato: Hardcover 

Que venha ele. A sério, que venha mesmo! 
Já tenho saudades da escrita de Roth e estou decididamente curiosa com o que mais poderá esta autora crescer, agora que a febre de Divergente se encontra um pouco apagada e a própria autora teve tempo para crescer e desenvolver o seu estilo. 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Confesso, Colleen Hoover [Opinião]




Título Original: Confess
Autoria: Colleen Hoover
Editora: Topseller  
N.º Páginas: 264


Sinopse
Auburn Reed tem toda a sua vida planeada. Não há espaço para erros ou imprevistos. Até que, um dia, entra num estúdio de arte e conhece Owen Gentry, o enigmático artista dono do estúdio. Auburn sente, de súbito, que algo muda dentro dela e decide deixar-se levar pelo coração. 
Owen, contudo, guarda segredos que não quer ver revelados. As escolhas do seu passado não parecem permitir-lhe um futuro livre, e Auburn tem demasiado a perder se decidir lutar por ele. A única forma de não pôr em risco tudo o que é importante para si é deixar Owen. Confessar é tudo o que ele tem de fazer para salvar a relação de ambos. Mas, neste caso, a confissão pode ser muito mais destrutiva do que o próprio pecado. Será o amor capaz de sobreviver à verdade? 


Opinião
De todos os romances de Colleen Hoover que tive o prazer de folhear, este é, muito possivelmente, aquele cuja ideia base e essência mais me agradou e fascinou. Adorei, em absoluto, toda a componente envolvente das confissões e do facto de a autora anunciar, no começo da obra, que estas não são, de todo, imaginárias e, em tudo, reais. A ambivalência dos segredos e das confissões presente nesta trama é algo que me fascina, pois mostra o verdadeiro carácter do ser humano e o modo como este se comporta no mundo real. Em Confesso, Hoover levou esta temática a todo um completo novo nível e construiu, de forma sublime, um enredo perspicaz, envolvente e com um sabor muito especial a autenticidade. 

Gostei bastante das personagens deste livro. Auburn é uma protagonista de peso, interessante e que sabe cativar o leitor com os seus dilemas, acções e problemas familiares – assim como com os sentimentos que inexplicavelmente e tão rapidamente vê crescer por Owen. Nota-se um desabrochar da sua maturidade e da sua posição no mundo ao longo de todo o enredo e foi verdadeiramente único presenciar o seu ‘último acto de amor’, não somente para si e para o seu futuro mas também pelo bem estar de outros. 
Quanto a Owen, ainda que este não seja o meu protagonista masculino favorito de todos os romances de Hoover, a sua tenacidade é implacável e por isso não tive como não me deixar levar pela sua beleza interior e artística. Adorei a curiosidade ligada ao seu nome – sempre que anunciar a presença de Deus daqui para a frente irei lembrar-me deste livro, não há como o evitar – e as suas intenções, sempre genuínas, sempre misteriosas e sempre um tanto ou quanto sonhadoras. 

A arte presente nesta edição de Confesso é absolutamente avassaladora. Admito que é um estilo que me atrai sobremaneira, subjugando o real e uma camada imaginária e colorida do que perfeito deverá ser. Gostei imenso das descrições dos quadros, das cores, dos tons, das pinceladas, dos significados e ainda mais das confissões que lhes deram vida. Algumas dessas confissões são arrasadoras e não há como não pensar nestas pessoas e no modo como as suas existências estão marcadas para todo o sempre, mas as confissões boas, os momentos enternecedores presentes em algumas delas, dão uma nova luz à obra e ao quotidiano de pessoas ‘normais’, comuns, enriquecendo a máxima de que tudo se encontra nos pormenores. 

Os romances desta autora são sempre um bálsamo para a minha alma, um refúgio para quando me quero esconder do mundo e um novo abrir de portas quando a ressaca literária ataca. Sou completamente apaixonada pela sua escrita – sempre viciante, sempre no ponto e na atitude certa –, pelas suas personagens – martirizadas por passados e presentes reais, palpáveis –, e pelos seus pormenores. Confesso que o twist relativamente ao que se passa na vida de Auburn não foi uma surpresa para mim. Já tinha ponderado essa possibilidade muito devido ao começo do livro e à ligação que esta mantinha com certas pessoas, mas não estava à espera do significado por trás do quadro que Auburn guarda de Adam, a última peça que recebeu deste. Isso sim apanhou-me desprevenida e fez com que um sorriso saudável e sabedor, carinhoso até, se desenhasse nos meus lábios. 

Escusado será dizer que Hoover será sempre uma autora à qual recorrei em qualquer momento da minha vida. Nos momentos tristes e nos instantes felizes, Hoover é sempre uma boa aposta e mal posso esperar por continuar a descobrir a sua imaginação, a sua escrita e as suas personagens. Gostei imenso deste livro e (uma vez mais) confesso que se encontra muito perto do meu favorito da autora, Amor Cruel

segunda-feira, 9 de maio de 2016

As Lições do Amor, Lorraine Heath [Divulgação]


«Lorraine Heath é conhecida pelos seus romances deslumbrantes e profundos, e este não foge à regra. As Lições do Amor é um livro perfeito, cheio de lágrimas e suspiros, e com uma heroína que surpreenda pela força que tem.»
Washington Post

Título: As Lições do Amor
Título Original: When the Duke was Wicked
Autoria: Lorraine Heath
Editora: Topseller
N.º Páginas: 240
PVP.: 15,98€

Sinopse
Lady Grace Mabry tem tudo o que uma donzela debutaste pode desejar: é bonita, inteligente, vem de boas famílias e possui um dote bastante valioso. No entanto, Grace desconfia dos inúmeros pretendentes que a cortejam, pois acredita que muitos estão apenas interessados na sua riqueza. 
Para a ajudar a perceber se os interesses dos seus apaixonados são genuínos, Grace procura o seu amigo de infância, o Duque de Lovingdon. Sem qualquer fé no amor desde que perdeu a família, Lovingdon vive uma vida de libertinagem e prazer. Conhecedor dos jogos e estratagemas para conseguir a atenção de uma mulher, Lovingdon só tem de ensinar a inocente Grace a diferenciar as emoções falsas das verdadeiras. Mas mal as lições começam, Lovingdon depara-se com um jogo demasiado perigoso, que parece não conseguir controlar... 

Conseguirá o Duque abrir o seu coração inteiramente ou irá perder aquela que descobriu que ama?

Sobre a autora
Lorraine Heath é uma autora norte-americana, bestseller do New York Times e do USA Today, que conta com mais de 60 romances publicados. 
Quando se licenciou em Psicologia pela Universidade do Texas, Lorraine não fazia ideia de que tinha acabado de ganhar uma base valiosíssima que lhe permitiria criar e descrever personagens consideradas quase «reais». 
Por essa razão, os seus livros já foram nomeados e contemplados com inúmeros prémios, entre os quais o Prémio RITA para Melhor Romance e, por duas vezes, o prémio All About Romance )AAR= para a mesta categoria. 

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Confesso, Colleen Hoover [Divulgação]


Jovens apaixonados com demasiadas verdades escondidas 
Porque há segredos que não devem ser revelados.

Título: Confesso
Título Original: Confess
Autoria: Colleen Hoover
Editora: Topseller
N.º Páginas: 264
PVP.: 16,99€

Sinopse
Auburn Reed tem toda a sua vida planeada. Não há espaço para erros ou imprevistos. Até que, um dia, entra num estúdio de arte e conhece Owen Gentry, o enigmático artista dono do estúdio. Auburn sente, de súbito, que algo muda dentro dela e decide deixar-se levar pelo coração. 
Owen, contudo, guarda segredos que não quer ver revelados. As escolhas do seu passado não parecem permitir-lhe um futuro livre, e Auburn tem demasiado a perder se decidir lutar por ele. A única forma de não pôr em risco tudo o que é importante para si é deixar Owen. Confessar é tudo o que ele tem de fazer para salvar a relação de ambos. Mas, neste caso, a confissão pode ser muito mais destrutiva do que o próprio pecado. Será o amor capaz de sobreviver à verdade? 

Confesso é uma história de imenso amor e coragem, que nos faz acreditar em segundas oportunidades

Sobre a autora
Colleen Hoover cresceu numa quinta, no Texas, casou-se aos 20 anos e tirou uma licenciatura em Serviço Social. Trabalhou nos Serviços de Protecção a Crianças, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil. 

«Confesso é simultaneamente doce e viciante. Colleen consegue fazer-nos esquecer a ficção e desejar que o destino exista mesmo para unir Owen e Auburn.»
The Guardian

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Páginas Percorridas em Março [Aquisições]

E estamos em força três meses seguidos! 


Este balanço vem um bocadinho tarde – eu sei – mas atrevo-me a dizer que foi um dos melhores meses do ano em termos de leituras. Li bastante e com qualidade. Terminei uma trilogia que é, agora, uma das minhas favoritas de sempre, e peguei em mais três livros que há muito vinham a deixar-me curiosa
Resumindo, foram percorridas 5 histórias este mês, sendo que mal posso esperar por descobrir os caminhos finais de uma delas e a continuação das outras duas. 

Vamos lá, então, ao balanço do mês... 

Novos na Estante


Março foi, como podem ver pela foto, um mês Planeta Manuscrito. Estou absolutamente radiante com a maioria das futuras leituras que vêem na imagem. 
Destaque para a trilogia Uma Noite, de Jodi Ellen Malpas, que vem concluir as obras da autora cá em casa, com A Promessa, Rejeitada e Revelação. Dentro do romance erótico dizem que Ellen Malpas é rainha por isso, deste lado, a vontade é imensa em pegar nesta trilogia. 
Destaque também para Mais Maldito Karma, de David Safier. Adoro este autor e pelo que me dá a entender o título, parece que este é uma espécie de continuação daquela que é a minha obra de eleição de Safier. Estou ansiosa! 
Finalmente, e porque sou uma fã do universo de J. K. Rowling, tenho de referir Harry Potter – O Livro de Colorir. Este é daqueles que me vai acompanhar nos próximos tempos, antes da estreia de Harry Potter and the Cursed Child no teatro. 


Confesso que adorei este mês de aquisições. Tenho mais livros do que tempo mas tudo o que chegou é do meu inteiro agrado. 
Desta foto destaco Animorphia porque andava super curiosa com este livro de colorir – há quem diga que é o melhor que se encontra actualmente no mercado. 

Páginas Percorridas


Uma Chama Entre as Cinzas, Sabaa Tahir (Opinião)
Quando as Estrelas Caem, Amie Kaufman & Meagan Spooner 

As leituras em português foram somente duas e tenho a dizer que embora tenha  gostado de ambas, nenhuma foi verdadeiramente extraordinária. Estou na expectativa em relação às continuações e sei que vou querer pegar nelas assim que forem lançadas mas... não me convenceram por completo. 


World After, Susan Ee
Golden Son, Pierce Brown (Opinião)
Morning Star, Pierce Brown (Opinião

Os grandes favoritos estão nas leituras em inglês. Golden Son e Morning Star, de Pierce Brown, foram leituras excepcionais, de uma invulgaridade gigantesca e de um fascínio incomparável. Apaixonei-me por estas personagens e por este autor e sei que Brown será sempre presença obrigatória na estante. 
Quanto a World After, de Susan Ee. Tenho a confessar que gostei mais de Angelfall, mas esta não foi, de todo, uma leitura má. O mundo continua interessante e apelativo e adoro as várias nuances de Raffe. 

O Eleito do Mês


Acho que está bastante claro qual vai ser o meu eleito de Março. Quero muito escolher os dois romances de Brown mas como tenho feito um esforço para somente eleger uma obra a favorito do mês, destaco então Golden Son, pelo simples facto de que o final deste livro é de levar uma pessoa à loucura. Literalmente. 

Literaturas Diversas

Com livros de tamanhos consideráveis este foi um daqueles meses em que por mais que quisesse ir deixando algumas curiosidades por aqui me foi absolutamente impossível. Assim, fica mais uma Revelada a Capa, de uma novidade que estou ansiosa pelo lançamento. Adoro Colleen Hoover. 


Próximas Aventuras 



Deixo por aqui somente uma capa e uma promessa de opinião porque nesta altura já sei o quão desastroso foi Abril e por isso não vale a pena sonhar assim tão alto... Viagem à Procura de Mim, de David Arnold será a próxima opinião. 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Viagem à Procura de Mim, David Arnold [Opinião]




Título Original: Mosquitoland
Autora: David Arnold
Editora: Topseller 
N.º Páginas: 272

Sinopse
Após o súbito divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada da sua casa no norte dos EUA para o desolado sul, no Mississípi, onde passa a morar com o pai e a madrasta. Como se não bastasse estar a dar-se mal com a mudança, ainda descobre que a mãe está doente e pode precisar da sua ajuda.
É então que decide fugir de casa e embarcar numa viagem de mais de 1500 quilómetros, de regresso à sua terra natal e à presença apaziguadora da mãe. Mas o caminho está repleto de perigos e de amizades inesperadas.
Para se reencontrar, Mim vai ter de enfrentar demónios pessoais, pôr em causa as suas verdades e pisar as fronteiras da normalidade. Assente numa inesquecível narrativa plena de diferentes histórias, tempos e lugares, Viagem à Procura de Mim é uma odisseia dos tempos modernos, tão comovente quanto hilariante.


Opinião
Não tinha quaisquer expectativas. Não sabia, sequer, o que ia encontrar. E, no entanto, Viagem à Procura de Mim foi, não só, uma das grandes surpresas do ano até ao momento como, também, um dos meus favoritos. David Arnold mostrou-se mestre na escrita e cativou-me com uma prosa poderosa e artística, poética e efémera. Dando voz a uma protagonista sem igual, que se identifica algures entre a verdade e a loucura, Arnold abre caminhos inesperados e socialmente pouco expectáveis e mostra-nos que para vivermos basta encontrarmos o nosso lugar no mundo, através dos nossos amigos, dos nossos pais, das nossas paranóias e das nossas crenças. 

Esqueçam a sinopse deste romance coming of age e embarquem nesta viagem inesquecível sem quaisquer ideias pré-concebidas ou suposições narrativas. Dúvidas não me restam que esta obra de estreia de David Arnold é tudo o que nunca vi dentro do género young adult, e tudo o que gostaria de ver mais. 
A essência do livro é simples e bastante genérica, o que permite ao leitor ligar-se emocionalmente ao enredo e à protagonista com facilidade, mas a forma como todas as peças do puzzle se encaixam e o modo como a figura central é descrita, nas suas acções e nas suas emoções, é extraordinária e, por isso, diferente de tudo o que se pode encontrar por aí. 

Mim é perfeita na sua singularidade. Os seus ideais são fortes e o seu discernimento, em relação ao seu passado, ao que se passa com os seus pais e a sua nova realidade, e ao que pretende do futuro imediato, é indestrutível. Gostei imenso da sua persistência e perseverança, assim como da verdadeira Mim, aquela que se encontra escondida por trás da sombra que o seu pai – um homem preocupado e que não quer ver os mesmos erros, as mesmas fatalidades, repetirem-se – insiste em projectar.  
Fica uma sensação de júbilo ao recordar esta personagem. As suas tiradas hilariantes, o seu sentido de humor muito especial, o seu modo de abordagem escrito e intelectual – assim como a sua originalidade e excentricidade, que transparece ao longo de todas as páginas, até à fala final. 

Adorei Walt e Beck que, a par com Mim, fazem um trio imbatível. As personalidades dos três intervenientes principais misturam-se de forma perfeita criando, assim, um cocktail explosivo de extravagância e emoções. E adorei ainda mais a diversidade que Arnold ofereceu às suas personagens, retratando-as em pleno e de forma realista, ao mesmo tempo que lhes dava um je ne sais quoi de diferente e único.  
Fica, também, a recordação de temáticas fortes e importantes. O autor coloca o medo de parte e aborda uma série de situações que criam desconforto ou familiaridade – desde infelicidades familiares a problemas de foro mental –, ao mesmo tempo que obriga as suas personagens a enfrentar os seus demónios e a crescer perante os seus erros. 

Viagem à Procura de Mim abriu-me os olhos para o que de melhor este género pode oferecer, ao mesmo tempo que colocou mais um autor na minha lista de ‘escritores a seguir para todo o sempre’. Este não é um livro fácil de explicar e penso que somente depois de o ler, depois de se enfrentar esta jornada com Mim, e Walt, e Beck, e depois de se descobrir outras faces de Kathy, e Barry, e Eve, é que se pode verdadeiramente perceber o quão excepcional, e invulgar, e transcendente este livro efectivamente é. Ficam, ainda, as cartas para Iz – cheias de significado e importância –, as despedidas incomuns e uma narradora que não pode ser credível a cem por cento – o que leva o leitor a umas quantas surpresas finais. 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Simplesmente Nua, Raine Miller [Divulgação]


Uma narrativa escaldante que seduzirá o leitor, deixando-o ansioso por mais.

Título: Simplesmente Nua
Autoria: Raine Miller
Editora: Topseller
N.º Páginas: 208
PVP.: 15,49€

Sinopse
Brynne Bennet é uma jovem americana com um passado traumático que decide recomeçar a vida fazendo uma pós-graduação em Londres. Para ganhar algum dinheiro extra, ela realiza também sessões fotográficas de nu artístico. Longe de casa, tenta assim dar um novo rumo à sua vida, mas a aproximação do bem-sucedido empresário Ethan Blackstone vai abalar o equilíbrio recém-conquistado. 
Ao visitar uma exposição fotográfica em que Brynne participa, Ethan decide comprar uma fotografia dela, mas percebe de imediato que deseja muito mais do que uma imagem emoldurada: ele quere-a nua na sua cama. Brune deixa-se seduzir até não conseguir resistir ao charme do inglês. O que ela não sabe é se o desejo que sentem irá despertar ou afastar os demónios que carrega dentro de si. 
Conseguirá Ethan sarar as cicatrizes de Brynne para que ela se possa entregar verdadeiramente a ele: Ou será que as sombras do passado de Brynne vão destruir as hipóteses de serem felizes?

«Uma mistura perfeita de romance, drama e sensualidade.»
Colleen Hoover

Sobre a autora
Raine Miller é uma autora norte-americana bestseller do New York Times e do USA Today que já conta com vários romances publicados. Em Agosto de 2012 lançou o presente livro, primeiro volume da série O Caso Blackstone, uma mistura explosiva de erotismo, sexo, controlo e mistério. 
Um mês depois era já uma autora bestseller da Amazon, tendo alcançado os primeiros lugares nos rankings de romance erótico.

sábado, 23 de abril de 2016

A Rainha de Tearling, Erika Johansen [Divulgação]

«Erika Johansen combina com mestria colares mágicos, intriga política, questões de honra, personagens bem construídas e um pouco de mistério numa história empolgante e inspiradora.»
Booklist

Título: A Rainha de Tearling
Título Original: The Queen of the Tearling
Autoria: Erika Johansen
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea, N.º 133
N.º Páginas: 400
PVP.: 19,95€

Sinopse
Durante dezoito anos, o destino de Tearling ficou nas mãos do Regente, manipulado pela Rainha Vermelha, uma feiticeira implacável que governa o reino vizinho de Mortmesme. Porém, Kelsea Glynn, sobrinha do Regente, é a legítima herdeira do trono. Quando completa dezanove anos, está pronta para reclamar o que é seu - e assim regressa do exílio com o objectivo de tornar Tearling um reino livre de pobreza, opressão e escravatura. Mas Kelsea é jovem, ingénua e cresceu longe da corrupção e dos perigos que assolam o reuno. Cedo lutará pelo trono e pela própria sobrevivência, num caminho de crescimento em que aprende a lidar com uma herança muito pesada. 

Será Rainha se sobreviver para reclamar o trono.

Sobre a autora
Erika Johansen nasceu em São Francisco. Estudou Direito no Swarthmore College. Tirou o mestrado no Iowa Writers Workshop. Exerceu advocacia mas sempre quis ser escritora. A Rainha de Tearling é o seu primeiro romance, encontrando-se em tradução para mais de 25 países. Os direitos cinematográficos foram adquiridos pela Warner Brothers. 
Erika Johansen vive em Inglaterra. 

«Uma leitura emocionante. Erika Johansen constrói uma história intensa, com muita acção e personagens fascinantes.»
New York Post

domingo, 17 de abril de 2016

Passatempo - Atracção Magnética, Meredith Wild

Para celebrar a chegada de dias mais quentes – ou assim o esperamos… 

Com o fantástico apoio da Planeta Manuscrito, o Pedacinho tem o enorme prazer de oferecer um exemplar de Atracção Magnética, da autora Meredith Wild. Um romance techie para os amantes de erotismo. 

Para se habilitarem a receber este fabuloso prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios tendo em conta as regras do passatempo e, como já vem sendo habitual, que sejam seguidores do blogue – e, se possível, que também sigam a Página do blogue no Facebook, aqui

As respostas às pergunta podem ser encontradas aqui e/ou aqui

Regras do Passatempo: 
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 27 de Abril (quarta-feira).
3) Só é válida uma participação por pesso e/ou endereço de email. 
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas. 
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado será anunciado no blogue. 
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!

domingo, 10 de abril de 2016

Uma Chama entre as Cinzas, Sabaa Tahir [Opinião]




Título Original: An Ember in the Ashes
Autoria: Sabaa Tahir
Série: An Ember in the Ashes, #1
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea, N.º 132
N.º Páginas: 384

Sinopse
Conseguirão Elias e Laia fugir à sua própria sorte?
Elias pertence aos Ilustres, as famílias da elite do Império. Desde os seis anos que treina na Academia Militar de Blackcliff para se tornar um dos soldados mais implacáveis ao serviço dos Marciais.
Laia pertence aos Eruditos, um povo oprimido pelo jugo firme dos Marciais. Quando o seu irmão é preso e acusado de traição, Laia procura a ajuda da Resistência. Em troca, tem de se infiltrar como escrava em Blackcliff.
Quando se conhecem, Elias e Laia percebem que as suas vidas estão interligadas — e que as escolhas de ambos podem mudar o destino do Império.
Este mundo ricamente detalhado, com traços da Roma Antiga, é o palco de uma aventura empolgante que tem cativado milhares de leitores.


Opinião
Com um lugar de destaque na lista de futuras leituras, este foi um daqueles romances do fantástico que mal podia esperar por devorar. As expectativas estavam um pouco altas, muito devido aos comentários positivos espalhados por aí, e a vontade em me deixar embrenhar num estilo quase romano, quase místico, de academias e escravos, de revoluções e criaturas assombrosas, era mais do que intensa e sufocante... pelo que, simplesmente, não resisti a deixar-me levar pelas vidas marcadas de Laia e Elias. 

Uma Chama entre as Cinzas é, então, uma obra de enorme adrenalina, onde se nota o cuidado que Sabaa Tahir teve no desenrolar da acção, no desencadeamento dos vários acontecimentos chave, e no tecer do destino de cada uma das suas personagens. Não livrou Laia e Elias de sofrimento desenfreado e de medo crónico, mas deixou sempre em aberto uma réstia de esperança, uma luz ao fundo do túnel, que lhes permitisse ganhar forças de modo a lutar contra uma Comandante de mão pesada e um Regime baseado no controlo e na hierarquia. 

Esta é uma obra a duas vozes – e sobre duas realidades em tudo diferentes mas que se unem no propósito e no desejo de liberdade e justiça. Laia representa os Eruditos, uma facção que outrora deteve força e conhecimento mas que neste momento somente sobrevive num mundo demasiado árduo, enquanto Elias mostra o poder dos Marciais, enquanto um dos mais promissores Máscara de Blackcliff. Para Laia, Elias é o inimigo, um igual ao que roubou a sua família, ao que emprisionou o seu irmão; e para Elias, Laia é um refúgio onde a esperança ainda existe. 

De entre os dois protagonistas, para mim foi Elias quem se destacou – mostrando uma presença mais forte e robusta, um intelecto um pouco menos coerente de modo a criar mais conflito, e um crescimento que afectou um leque mais vasto de intervenientes. Porém, foi com algum pesar que no final da leitura me apercebi que não me foi possível verdadeiramente ligar a nenhuma das personagens. Entendo os seus objectivos, aceito as suas acções, mas não existe uma sintonia entre mim, enquanto leitora, e eles, enquanto protagonistas, que me leve a recear e a sofrer horrores sobre as teias que se foram tecendo ao longo da narrativa – e sobre os possíveis acontecimentos que possam resultar como consequência da recta final de Uma Chama entre as Cinzas

Adorei, no entanto, a ambiência criada por Sabaa Tahir. A imposição e opressão de Blackcliff, a decadência e desleixo de uma sociedade empobrecida e em ruína, o misticismo de criaturas que somente são realidade nos contos de fadas – ou nos pesadelos –, e a sensação dúbia, de mistério, de suspeita da Resistência, do seu propósito e papel neste mundo tão maior que eles. 
Os testes captaram, por completo, a minha atenção. Gostava, contudo, que a autora lhes tivesse dedicado mais tempo e páginas. Penso que um ou outro foram resolvidos de forma demasiado breve, enquanto que se Tahir lhes tivesse conferido mais detalhes e ‘importância’, todo o acontecimento em si poderia ter atingido proporções épicas. 

No final de contas fica a vontade de ler o segundo volume da série, A Torch Against the Night, e a curiosidade pelo que está para vir uma vez que Uma Chama entre as Cinzas terminou num ponto marcante da história, onde tudo pode mudar a qualquer momento. Porém, nota-se que esta é uma obra estreante e que a autora tem ainda um bom caminho a percorrer – nomeadamente no que diz respeito ao desenvolver mais pormenorizado de certos instantes narrativos e na ligação emotiva entre personagens e entre protagonistas e leitor. Ainda assim, uma obra bastante diferente e com uma abordagem curiosa e interessante à fantasia young adult – um dos meus géneros favoritos. 



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