segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Cress, Marissa Meyer [Opinião]




Título Original: Cress
Autoria: Marissa Meyer
Colecção: Crónicas Lunares, #3
Editora: Planeta Manuscrito
N.º Páginas: 504


Sinopse
Neste terceiro livro de Marissa Meyer, Cinder e o capitão Thorne estão escondidos com Scarlet e Wolf. Juntos, conspiram para derrubar a rainha Levana e impedir o seu exército de invadir a Terra.
A sua melhor esperança é Cress, uma jovem presa num satélite desde a infância e que apenas tem os netscreens como companhia. Todo este tempo passado a olhar para os ecrãs fez dela uma excelente hacker. Mas infelizmente, é obrigada a trabalhar para a rainha Levana, e recebeu ordens para localizar Cinder e o seu bonito cúmplice. Quando o ousado resgate de Cress corre mal, o grupo desmembra-se. Cress obtém por fim a liberdade, mas com um preço mais elevado do que jamais pensou. Entretanto, a rainha Levana não vai deixar nada impedir o seu casamento com o imperador Kai. Cress, Scarlet, e Cinder podem não ter sido designadas para salvar o mundo, mas são a única esperança do mundo.


Opinião
Quando jurava, a pés juntos, que era absolutamente impossível, impensável, Marissa Meyer me surpreender e fazer apaixonar, ainda mais perdidamente, pelas suas personagens e histórias... aparece Cress. 
Tanto há a escrever sobre este que é o terceiro volume da fantástica e distópica série Crónicas Lunares que, enquanto reviewer, me confesso assustada – sei que tenho por hábito dizer este tipo de coisas mas, desta vez é diferente, e não poderia estar a ser mais sincera ao afirmar não haverem palavras suficientes para descrever o quanto adorei, o quanto amei, esta obra. Cress é tudo o que Cinder e Scarlet foram para mim e muito mais – narrativas peculiares, com personagens extraordinariamente ricas e complexas, reviravoltas de suster a respiração e uma dose de humor capaz de meter inveja a qualquer comédia (por vezes até romântica) que se preze. 

Cress viveu toda a sua vida num satélite. Da pequena janela para o exterior, ela consegue ver a Terra – um local que nunca conheceu mas que os seus sonhos e netscreens mostram ser paradisíaco. A sua maior ambição, e desejo, é encontrar o Capitão Thorne, um fugitivo de beleza incomparável e por quem ela tem assim... um grande fraquinho. Mas mal sabe Cress que os conhecimentos que acumulou na sua prisão viriam a tornar real o que não passava de mera imaginação. Cress é uma peça importante na salvação do mundo, e Cinder, acompanhada de Thorne, Scarlet, Wolf e Iko, fará de tudo salvar Kai, e a Terra, das garras de Levana... nem que para isso tenha de atravessar o Espaço e raptar a espiã de Luna – Cress. 

Nem sei por onde começar... pois são tantos os feels
Penso que não existe nenhuma outra série no universo literário young adult que mexa comigo ao mesmo nível, e com a mesma intensidade, das Crónicas Lunares. Marissa Meyer é uma autora indiscutivelmente fabulosa, com uma imaginação fértil que combina, na perfeição, com todos os toques de contos de fadas que ela insere, e explora, nas suas histórias. A cada volume Meyer apresenta uma nova heroína, uma nova donzela em apuros sem nunca descurar os intervenientes das obras anteriores, nem tão pouco a linha condutora da narrativa que quer contar, e se querem saber a minha opinião, nenhuma nem ninguém se compara a Cress. Gosto muito – mas muito mesmo – de Cinder e Scarlet detém o lado corajoso e destemido do meu coração mas Cress... Cress é como as flores que brotam na Primavera, ou como o aconchego de uma manta e de um chocolate quente no Inverno, ou o calor que assombra a pele e o mar que refresca o espírito no Verão... Cress é um mundo em si e uma protagonista deliciosa em todos os sentidos – ela é inocente, apaixonada, divertida mas também uma hacker perturbadoramente boa e objectiva. Não tenho palavras para descrever o quanto me senti em sintonia com esta protagonista – nem tão pouco para demonstrar a hilaridade que a sua paixão por Thorne confere a toda a obra. 

O desenrolar da acção ao longo destas páginas é outro dos grandes chamativos de Cress. Marissa Meyer foi extremamente inteligente ao alargar os horizontes narrativos e apresentar novas facetas da Terra, assim como de Luna. Pisar o templo de Levana pela primeira vez, ver os seus soldados em treino, perceber a hierarquia da sua monarquia foi algo que nunca pensei vir a ter acesso tão detalhadamente. Assim como autênticos desertos terrestres, povoados tanto por humanos como por conchas, que partilham entre si uma realidade devastadora. Muitos são os acontecimentos que se sucedem em catadupa nesta terceira obra, originando momentos de pura tensão, romantismo, bravura e divertimento – no que diz respeito a esta última componente, é-me impossível não destacar o relacionamento de Cress e Thorne, que é maravilhoso! Mas também a questão política, as pressões por parte de Levana e Luna, no geral, o dramatismo em redor da potencial união de Kai, tudo o que esta obra oferece é um assombro para os sentidos e o remédio mais do que essencial para uma leitura compulsiva. 

Depois de tudo o que aconteceu em Cress e de tudo o que ficou por explicar, confesso-me uma leitura deveras ansiosa pelo lançamento de Winter, o quarto e último volume de uma série que vou ter pena ver terminada. Marissa Meyer tem um estilo único, que apela aos sentidos e mexe com as emoções, que descreve belissimamente momentos de medo e de alegria, e que enceta diálogos do mais brilhante que se pode encontrar neste tipo de literatura – e uma imaginação tão fértil, tão poderosa que as suas histórias arrebatam corações. Adoro as suas personagens. Adoro o seu mundo. Adoro a sua escrita. Adoro. Tudo. E não poderia recomendar mais fervorosamente. 

Cress, Marissa Meyer [Book Trailer]



Um pequeno book trailer que muito pouco revela da extraordinária história de Cress - se bem que, tenho a dizer, adoro os seus longos cabelos dourados. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Volta Para Mim, Mila Gray [Opinião]




Título Original: Come Back to Me
Autoria: Mila Gray
Série: Come Back to Me, #1
Editora: Editorial Presença
Colecção: Grandes Narrativas, N.º 613

Sinopse
Regressado de uma missão em Cabul, o marine Kit Ryan sente-se perigosamente atraído por Jessa, irmã do seu melhor amigo. Mas Jessa parece ser a única rapariga que ele não pode ter. Kit, porém, não deixa que nada se interponha entre ele e Jessa, e ela rende-se irresistivelmente. O que começou por ser um namoro de Verão, em breve se transforma numa relação que altera radicalmente o mundo de ambos. Kit tem de partir de novo, mas está disposto a sacrificar tudo por Jessa. Ela dispõe-se a esperar por Kit, aconteça o que acontecer. No entanto, para além da distância e do tempo, algo mais os separa... 


Opinião
Para mim não há nada como um bom romance contemporâneo. Adoro uma história que me faça sonhar com amores impossíveis, paixões avassaladoras e instantes, no tempo, capazes de moldar, para todo o sempre, uma vida. Volta Para Mim é uma abordagem suave a uma dessas narrativas intemporais que retratam, de forma agressiva e bela, realidades que muitos de nós, marcados pelas mesmas, gostaríamos que não existissem. Este não foi um enredo que me tocou, bem lá fundo, no âmago, mas tenho de admitir que me fez verter algumas lágrimas, assim como esboçar uns quantos sorrisos. 

Jessa não se recorda de um único momento no seu passado em que não tenha amado Kit. Melhor amigo do seu irmão mais velho, assim como seu companheiro de armas, Kit é uma força da natureza que Jessa anseia poder domar. Mas para Kit, Jessa sempre foi a irmã mais nova de Riley, até que um Verão mudou tudo. 
O relacionamento que estes dois protagonistas acabam por desenvolver, ao longo do livro, não é nada fácil, e encontra-se fortemente pontuado por obstáculos. Mas o maior medo está ainda por vir, quando Kit e Riley são destacados para o Afeganistão, de onde, somente um, voltará inteiro – e esse é, precisamente, o hook perfeito que manterá o leitor expectante e num compulsivo virar de páginas. 

Gostei particularmente do crescimento de Jessa que, nos seus inocentes dezoito anos, se via ainda demasiado embriagada pelos infinitos e se mas que, nos meses seguintes à partida de Kit e especialmente após aquele acontecimento chave na trama, mostrou uma garra e confiança mais saudáveis, embora sofregamente marcadas pela dor e pelo desconhecido. 
Em relação a Kit, gostava que o seu psicológico tivesse sido mais intensamente explorado após a sua última missão em zona de guerra – a nível puramente pessoal, tudo o que envolva forças especiais e locais como Cabul e traumas de guerra fascina-me dada a carga emocional que envolve e as lesões, tantas vezes não físicas, que nunca desaparecem. Ainda assim, Kit foi dono de uns quantos diálogos de sonho e uns tantos outros momentos de cortar o fôlego e por isso mesmo permaneci uma leitora feliz. 

Quanto à construção da narrativa em si, tenho a dizer que Volta Para Mim não oferece nada de novo. Mila Gray tem um estilo de escrita interessante, que apela aos sentidos e flui com naturalidade, mas a história que decidiu contar não mostra nada que o leitor já não tenha apreciado em tantas outras obras do género. Porém, estes foram clichés que não souberam como clichés – desde o primeiro instante que soube, com exactidão, o que ia acontecer e mesmo assim vi-me agarrada à leitura, incapaz de não querer presenciar mais o florescer do amor entre Jessa e Kit, incapaz de não querer ter a certeza sobre as minhas previsões, incapaz de não estar mortinha de curiosidade por saber como é que ambos iriam reagir àquilo que eu estava certa que iria acontecer. 

A minha passagem favorita foi, justamente, os instantes e acontecimentos que deram resposta à questão que o primeiro capítulo deixa no ar. Confesso que mal consegui respirar e que rapidamente vi as lágrimas a subirem-me aos olhos, absolutamente impossibilitada de as travar, enquanto percorria frase sob frase em busca daquilo que no intimo já sabia mas que não queria acreditar que Gray tinha mesmo escrito. A partir desse momento para a frente, nunca mais consegui parar a leitura. 

Volta Para Mim é um romance contemporâneo new adult que facilmente poderia ser um young adult não fosse, suponho eu, a carga sexual que contém. Fora isso, os temas fortes estão lá – traumas de guerra, pais com mãos de ferro, perdas que não deviam, nunca, de ter acontecido, ódios que não são logo explicados ao leitor... –, a escrita simples está lá e a carga emocional, que por vezes desejei ser ainda mais intensa, também está lá. Uma história com um fim agridoce e que, a nível inteiramente pessoal, julgo que poderia ter sido mais aprofundada, que fará, certamente, as delicias dos adeptos de romances contemporâneos. 

Para mais adquirir ou ler mais informações sobre Volta Para Mim, clique aqui. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Resultado do Passatempo Um Acordo Muito Sedutor, de Maggie Robinson


Hoje trago-vos o resultado de mais um passatempo, desta feita de uma daquelas leituras mesmo perfeitas para as férias. 

A sorteio esteve um exemplar do título Um Acordo Muito Sedutor, da autoria de Maggie Robinson. Um romance de época que combina eximiamente o que de mais apaixonante e divertido este género pode oferecer. 

Quero agradecer a todos os que participaram neste passatempo e dizer que, caso não tenham saído vencedores, mais oportunidades virão no futuro. O segredo é nunca deixar de participar! 

Sem mais demoras, este prémio vau para: 
77. Madalena (...) Almeida, Guimarães

Os meus mais sinceros parabéns à vencedora! Espero que desfrute de excelentes momentos na companhia destas páginas. 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Volta Para Mim, Mila Gray [Divulgação]



Volta para mim. Foi a última coisa que eu lhe disse. 
Sempre. Foi a última coisa que ele me disse. 

Título Original: Come Back to Me
Autoria: Mila Gray 
Série: Come Back to Me, #1
Editora: Editorial Presença
Colecção: Grandes Narrativas, N.º 613
PVP.: 16,90€

Sinopse
Regressado de uma missão em Cabul, o marine Kit Ryan sente-se perigosamente atraído por Jessa, irmã do seu melhor amigo. Mas Jessa parece ser a única rapariga que ele não pode ter. Kit, porém, não deixa que nada se interponha entre ele e Jessa, e ela rende-se irresistivelmente. O que começou por ser um namoro de Verão, em breve se transforma numa relação que altera radicalmente o mundo de ambos. Kit tem de partir de novo, mas está disposto a sacrificar tudo por Jessa. Ela dispõe-se a esperar por Kit, aconteça o que acontecer. No entanto, para além da distância e do tempo, algo mais os separa... 

Uma história intensa e apaixonante sobre o amor e a amizade. 

Sobre a autora
Mil Gray é o pseudónimo da escritora Sarah Alderson. Tendo passado a maior parte da sua vida em Londres, Sarah deixou o trabalho, na área da economia, em 2009 e partiu numa viagem à volta do mundo, com o marido e a filha, tendo como missão encontrar um novo lugar a que chamar casa. Vive presentemente em Bali. É autora de vários romances para jovens adultos, tais como Hunting Lila e Losing Lila. Os direitos deste livro estão vendidos para vários países, entre os quais Brasil e Itália. 

«Um livro intenso, apaixonante, romântico.»
FeelingFictional.com 

Para mais informações sobre a obra, visite aqui

domingo, 16 de agosto de 2015

O Império Final, Brandon Sanderson [Opinião]





Título Original: The Final Empire
Autoria: Brandon Sanderson
Série: Mistborn, #1
Editora: Saída de Emergência 
N.º Páginas: 624

Sinopse
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estanha magia dos metais - a Alomancia - que o transforma num "nascido nas brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final...


Opinião
Nem sei bem por onde começar... 
Há leituras que nos preenchem. Que nos tiram o fôlego e nos fazem sonhar. Que nos inundam com uma série de emoções e nos mantém em suspenso. Que nos fazem sorrir e nos fazem chorar. Há leituras que são tão perfeitas, tão ricas em pormenores, que quase parecem reais e nos deixam com aquela sensação do sufoco, e plenitude, de se ter vivido uma grande aventura. O Império Final, de Brandon Sanderson, foi uma dessas leituras – para mim. Não sou adepta de fantasia épica pois, na minha inocência, acredito tratarem-se de histórias que requerem altos níveis de atenção por parte do leitor e que estão repletas de complexidade – no entanto, não resisti à oportunidade de entrar no mundo da alomância e digo-vos que não consigo deixar de me questionar sobre o porquê de ter demorado tanto tempo a conhecer esta trilogia e este escritor. 

As cinzas caem do céu. As brumas abarcam a noite e invocam o medo naqueles que não as conhecem, que não nasceram delas. No Império Final, o Senhor Soberano governa há mais de mil anos com mão de ferro, mas tudo está prestes a mudar...
Dentro deste novo mundo do fantástico, duas classes sobressaem-se: os skaa, que existem em maioria e são vistos como os escravos de todo o tipo de serviço, que vivem em pobreza extrema, com fome e com frio; e os nobres, que mesmo em menor número detém um imenso poder face o Império, com os seus bailes e politiquices, com os seus chicotes e superioridade. Mas alguns nobres destacam-se dos seus demais ao possuírem um dom que os permite ‘queimar’ metais e, assim, elevarem a sua magnificência ao poder sobrenatural ganhando, então, um boost de força, velocidade sobre-humana ou amplificação dos sentidos. E por entre estes seres especiais, existem ainda os nascidos das brumas que, ao contrário dos alomantes que só podem controlar um único metal, podem invocar o poder de todos os metais. Kelsier, um dos nossos protagonistas, é um nascido das brumas, e o seu objectivo é nada mais nada menos que derrubar o Império Final. 

Tudo neste romance do fantástico é único e tão, tão sublime. As personagens são do mais espectacular que se pode imaginar, a atmosfera de fundo criada pelo autor é dominadora e absolutamente inesquecível, o elemento sobrenatural inserido na história é original e inovador e a construção narrativa, a escrita, tudo é simplesmente magnífico. 
Kelsier, um dos nossos protagonista, é tão carismático quanto enigmático. A sua personalidade de líder faz com que seja muito fácil seguir os seus passos e decisões com a crença absoluta de que tudo se irá desenrolar como ele planeou. A sua atitude aberta para com o mundo, com os seus sorrisos misteriosos e cheios de significado, permitem ao leitor embrenhar-se na sua pessoa de tal maneira que ele ou ela própria sentirá que faz parte do bando, que faz parte do círculo de confiança de Kelsier. 
Vin, por seu lado, é uma jovem martirizada por um passado de violência e um futuro de incerteza. Com Kelsier e os restantes membros do grupo do submundo ela encontra algo raro, algo que Reen, o seu irmão, sempre a preparou para desconfiar, mas talvez com a convivência e apoio contínuo ela possa mudar, e possa amadurecer num ‘alguém’ melhor e menos traumatizado pelo abandono. 

Adorei tanto Vin como Kelsier mas também me vi rapidamente apaixonada pelas picardias entre Breeze e Ham, pela eloquência e inteligência de Elend, pela lealdade de Sazed, pelos resmungos de Clubs, pelo lado racional e calculado de Dox, pela descoberta surpreendente e inesperada em relação a Reen, pela loucura de Marsh, pela singularidade de Renoux, pela simplicidade de Spooks, pela excelência do Senhor Soberano, pelo terror dos Inquisidores, pela solidariedade e bravura dos Skaa, pela beleza dos nobres... 
Em igual medida vi-me siderada por Luthadel com as suas ruas estreitas, o seu submundo perigoso e a sua nobreza autoritária, pelas brumas que acolhe ao anoitecer do dia e pelas cinzas que recebe perante a luz vermelha do Sol. As descrições acerca da cidade são de um brilhantismo gigantesco, as fortalezas pulsam com vida, a noite aterroriza com o seu nevoeiro, Kendrik Shaw ergue-se com soberania... mas também toda a componente da alomância é uma lufada de ar fresco. Nunca antes tinha lido nada que envolvesse metais e a excelência que estes podem proporcionar e por isso foi uma surpresa deveras agradável a que Sanderson ofereceu com este seu primeiro volume da trilogia Mistborn – Nascido nas Brumas. 

Para finalizar que, embora haja tanto mais por dizer esta opinião começa a ficar longa, tenho apenas de referir a escrita do autor. Parte do facto de ter levado tanto tempo a pegar em O Império Final deveu-se ao meu medo face a escrita do autor, receosa de que esta pudesse ser ultra intricada e repleta de floreados – mas não, Brandon Sanderson tem, possivelmente, um dos estilos mais fluidos e líricos que tive o prazer de ler. A envolvência para com o leitor é de tão maneira forte, e automática, que rapidamente me vi em Luthadel a lutar ao lado de Kelsier e o seu bando. Tudo se conjuga de forma exímia neste livro e o melhor de tudo é que o arco narrativo quase que se mostra completo num único volume – com isto quero dizer que demasiadas vezes o primeiro romance de uma trilogia deste calibre serve, primeiramente, como fio introdutório ao mundo e às personagens mas não com O Império Final. Sanderson conta uma história com principio, meio e quase fim satisfazendo um leitor que procure algo mais num primeiro tomo de uma trilogia ou série ao mesmo tempo que deixa questões e problemas suficientes para a continuação que se segue. 

É-me impossível não recomendar O Império Final a todo e qualquer leitor que goste de fantasia, assim como a todos os outros que devoram uma série de géneros mas gostariam de ler algo diferente e absolutamente fabuloso. Estou mais do que ansiosa por me debruçar em O Poço da Ascensão, pois com o desfecho de O Império Final, que muita revolta, angústia e sofrimento instigou, não há como não partir, o quanto antes, para o próximo volume. Apostem nesta trilogia, apostem neste escritor – ambos valem bem a pena.

O Poço da Ascensão, Brandon Sanderson [Divulgação]


Uma das sagas de fantasia que mais sucesso teve nos últimos anos. 
Todos os fãs do género deveriam ler. 

Título Original: The Well of Ascension 
Autoria: Brandon Sanderson
Série: Mistborn, #2
Editora: Saída de Emergência 
N.º Páginas: 738
PVP.: 26,98€

Sinopse
Alcançaram o impossível: o mal que governa o mundo pela força do terror foi derrotado. Mas alguns dos heróis que lideraram esse triunfo não sobreviveram, e eis que surge uma nova tarefa de proporções igualmente gigantescas: reconstruir um novo mundo. Vin é agora a mais talentosa na arte e técnica da Alomância, e decide reunir forças com os outros membros do bando de Kelsier para ascender das ruínas de um passado vil. Venerada ou perseguida, Vin sente-se desconfortável com o peso que carrega sobre os ombros. A cidade de Luthadel não se governa sozinha, e Vin e os outros membros do bando de Kelsier aprendem estratégia e diplomacia política enquanto lidam com invasões iminentes à cidade. 
Enquanto o cerco a Luthadel se torna cada vez mais apertado, uma lenda antiga parece oferecer um brilho de esperança: o Poço da Ascensão. Mas mesmo que exista, ninguém sabe onde se encontra nem o poder que contém... Rasta a Vin e aos seus amigos agarrar esta fonte de esperança e conseguir garantir o seu futuro e o futuro de Luthadel, cumprindo os seus sonhos e os sonhos de Kelsier. 

Sobre o autor
Brandon Sanderson é uma estrela em ascensão na fantasia norte-americana conhecido pela sua saga Mistborn e por ter terminado a série de fantasia épica A Roda do Tempo de Robert Jordan, após o seu falecimento. Em 2010, iniciou uma nova série de fantasia, Stormlight Archive, com o título The Way of Kings, além de outras séries direccionadas para o público jovem-adulto. Dá aulas de escrita criativa e participa em podcasts sobre escrita e o género fantástico. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Resultado do Passatempo Deslumbrada, O Chefe Vol. 1, de Abigail Barnette


Chegou o momento de vos trazer o resultado de um dos passatempos mais quentes deste verão – ou não fosse este um início de série bem escaldante! 

A sorteio esteve um exemplar do título Deslumbrada – O Chefe, vol. 1, da aclamada autora Abigail Barnette. Um romance repleto de erotismo e sensualidade, que promete aquecer ainda mais estes dias de verão

Quero agradecer a todos os que participaram neste passatempo e dizer que, caso não tenham saído vencedores, mais oportunidades virão no futuro. O segredo é nunca deixar de participar! 

Sem mais demoras, este prémio vau para: 
82. Bárbara (...) Castro, Vila Nova de Gaia 

Os meus mais sinceros parabéns à vencedora! Espero que desfrute de excelentes momentos na companhia destas páginas. 

domingo, 9 de agosto de 2015

O Complexo dos Assassinos, Lindsay Cummings [Opinião]




Título Original: The Murder Complex 
Autoria: Lindsay Cummings 
Série: The Murder Complex, #1
Editora: Saída de Emergência 
N.º Páginas: 352


Sinopse
Meadow Woodson, uma rapariga de 15 anos que foi treinada pelo seu pai para lutar, matar e sobreviver em qualquer situação, reside com a sua família num barco na Florida. O Estado é controlado pelo Complexo Assassino, uma organização que segue e determina a localização de cada cidadão com precisão, provocando o medo e opressão em absoluto.
Mas tudo se complica quando Meadow conhece Zephyr James, que é – embora ele não saiba – um dos assassinos programados do Complexo. Será o seu encontro uma coincidência ou parte de uma apavorante estratégia? E conseguirá Zephyr impedir que Meadow descubra a perigosa verdade sobre a sua família?


Opinião
Já fez algum tempo desde que folheei as páginas desta aventura pelo campo da distopia e escusado será dizer que não me poderia estar a ser mais difícil, impossível até, encontrar as palavras certas para a descrever. Aproveitei todo e cada momento desde o virar da última folha para ponderar, de forma justa e cuidada, acerca das emoções e marcas que fui guardando ao longo da leitura, e por mais qualidades gerais que consiga encontrar, e apontar, em O Complexo dos Assassinos, os pormenores, esses, apresentam demasiadas falhas. O conceito da história é muito bom, inovador e peculiar, com um ou outro elemento repleto de originalidade, mas a execução é, na minha opinião, fraca – excessivamente fraca. 

Em linhas simples, a narrativa de Lindsay Cummings conta a história de dois protagonistas que poderiam ter tudo em comum não fosse a disparidade circundante do mundo em que cada um luta por sobreviver. Meadow Woodson é das poucas residentes marítimas da Florida, onde partilha um barco com o seu pai e irmãos. Zephyr James é um trabalhador entre tantos outros que tenta passar despercebido ao levar as suas tarefas a cabo o mais perfeita e rapidamente possível. Meadow foi treinada para matar desde muito nova, e para vencer o teste a que a sua tenra idade obriga e que trará uma certa estabilidade e conforto à sua família. Zephyr esconde memórias que não compreende, e um passado que não sabe como decifrar. O caminho destas duas personagens está destinado a cruzar-se – e irá moldá-los, aos seus objectivos, crenças e sentimentos, para todo o sempre. 

É com muita pena que digo que O Complexo dos Assassinos tinha tudo para dar certo, para se tornar um enorme sucesso entre os seus pares, e para se destacar, de forma gloriosa, dentro do género da distopia. Porém, Cummings, talvez pela sua ainda tenra idade, não teve a postura narrativa necessária para elevar o seu romance ao extremo sangrento que promete, e tantas vezes entrega de forma provocante, em todos os outros campos que não envolvam, directa ou indirectamente, a morte. Este é um livro violento – disso não me restam dúvidas – e o seu real poder reside precisamente na visualização de cada uma dessas cenas chocantes e estimuladoras, mas tudo o resto, desde a construção narrativa ao desenvolvimento das personagens, fica demasiado aquém. 

Meadow poderia ser uma figura fascinante, verdadeiramente especial, não fosse o seu ‘romance’ com Zephyr. O seu potencial é gigantesco – os vislumbres iniciais da sua personalidade prometem uma protagonista determinada, forte e capaz de tudo pelos que ama – mas a partir do momento em que Zephyr entra na equação Meadow transforma-se em alguém fraco, susceptível a uma paixão que não só surge do nada como não tem bases para crescer ao ponto que Cummings quis mostrar. Já Zephyr, como interveniente masculino, pouco tem a oferecer de interessante. As particularidades envolventes das suas memórias e passado são a única componente a seu favor, pois tudo o resto expande-se à volta do tal romance com Meadow e do Complexo Assassino que poderia ter sido algo tão, mas tão bom e que acabou por não criar o impacto, o sufoco desejado. 

Também a escrita da autora peca pela falta de maturidade. Nota-se uma certa influência infantil na abordagem ao romance – ao ponto de transmitir a sensação de que este só existe porque todas as outras obras dentro do género ‘têm’ um –, e uma falta de desenvoltura na construção das personagens enquanto indivíduos. Em termos descritivos, Cummings apresenta um estilo fácil e até algo fluido o que permite uma leitura rápida mas quando se foca em algo concreto, em algo que envolva uma personagem ou uma emoção, é como se estivesse a faltar alguma coisa. As partes sangrentas e de violência extrema continuam a ser as minhas favoritas, assim como a ideia base da história – e nisso Cummings é muito boa –, somente tenho pena que a sua criatividade, enquanto escritora, se fique pelo imaginário e não pela execução. Irei ler a obra que se segue, The Death Code, apenas porque se trata de uma duologia e a parte curiosa em mim quer saber como tudo isto termina. 
Ainda assim, esta é uma história que recomendo aos leitores mais jovens do sector YA e que estejam a dar os primeiros passos no género.

O Império Final, Brandon Sanderson [Divulgação]



O primeiro volume de uma nova série de um dos autores que mais sucesso teve nos últimos anos na Fantasia. 

Título Original: The Final Empire
Autoria: Brandon Sanderson
Série: Mistborn, #1
Editora: Saída de Emergência
N.º Páginas: 624
PVP.: 22,00€

Sinopse
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estanha magia dos metais - a Alomancia - que o transforma num "nascido nas brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final... 

«Mistborn exame a criação do herói e vilão, da lenda e mito, propiciando uma leitura viciaste e repleta de fortes emoções.»
Faren Miller, Locus 

Sobre o autor
Brandon Sanderson é uma estrela em ascensão na fantasia norte-americana conhecido pela sua saga Mistborn e por ter terminado a série de fantasia épica A Roda do Tempo de Robert Jordan, após o seu  falecimento. Em 2010, iniciou uma nova série da fantasia, Stormlight Archive, com o título The Way of Kings, além de outras séries direccionadas para o público jovem-adulto. Dá aulas de escrita criativa e participa em podcasts sobre escrita e o género fantástico. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Eu Dou-te o Sol, Jandy Nelson [Opinião]




Título Original: I’ll Give You The Sun 
Autoria: Jandy Nelson
Editora: Editorial Presença
Colecção:  Diversos Infantis e Juvenis, N.º 312
N.º Páginas: 336


Sinopse
Jude e o seu irmão gémeo Noah são inseparáveis. Aos 13 anos, Noah é um jovem tímido e solitário que adora desenhar. Jude, pelo contrário, é extrovertida, tagarela e sociável. Três anos mais tarde, tudo se altera. Jude e Noah mal falam um com o outro. Um trágico acontecimento afetou os gémeos de forma dramática… Até que Jude conhece Guillermo Garcia na Escola das Artes, um escultor ousado e bem-parecido que vai ter um papel determinante na vida dos irmãos. O que os gémeos não sabem é que cada um deles conhece somente metade da história das suas vidas e, se conseguirem reaproximar-se, terão a oportunidade de reconstruir o seu mundo.


Opinião
Literariamente falando, existem, a meu ver, cinco tipos diferentes de livros – os que não são bem o estilo do seu leitor e que, por isso, se tornam um pouco insignificantes na estante; os que são bons e servem, com agrado, o propósito de entreter; os que são mesmo muito bons e apresentam uma abordagem distinta e um trato natural; os que são puras obras de arte ao invocar emoções e ao pintar imagens eternas no seu leitor; e Eu Dou-te o Sol, de Jandy Nelson. 
Tenho perfeita noção de que por diversas vezes dissertei sobre não ter, em mim, palavras suficientes para descrever uma leitura que me encheu por completo as medidas... mas Eu Dou-te o Sol é um caso ainda mais extraordinário, de uma magnificência e riqueza supremas, e de uma originalidade, tom e aproximação com o real sublimes. 

Em linhas simples, esta é uma história centrada em duas figuras que embora gémeas em tudo são o oposto uma da outra. De um lado temos Noah, nos seus treze anos e meio, que lida com um espírito artístico rebelde e impulsivo, deveras consumidor, e do outro temos Jude, nos seus dezasseis anos, acometida por assombros imaginários, superstições quiméricas e uma enorme vontade de fazer o que está correcto, de emendar os seus erros e de salvar o que o passado, o seu eu passado, tanto lhe deu quanto lhe tirou. Juntos, Noah e Jude são a dupla perfeita – o yin negro, passivo e reconfortante do yang brilhante, quente e vibrante – mas separados, no reverso, são o desastre completo, o desequilibro, a inconstância. 

Não vou dar largas ao conteúdo deste livro pois, tal como foi comigo, quero que partam para a sua leitura a saber muito pouco, ou quase nada, acerca do mesmo. Creiam somente que Eu Dou-te o Sol trata-se de uma narrativa excepcionalmente bem escrita, com duas vozes distintas e singulares, duas personagens de peso, ricas em experiências, e sentimentos, e emoções, em descobertas, e enganos, e explosões internas, e de abordagens temáticas tão incrivelmente reais, e palpáveis, que atingem o leitor que nem uma bala. Atrevo-me ainda a dizer que Eu Dou-te o Sol não é um YA para ser lido uma única vez, e sim para ser saboreado ocasionalmente, retirando pequenas pérolas e ensinamentos de cada leitura, particularidades que ganham um novo encanto e estima – acreditem que ainda nem ia a meio deste livro e já tinha vontade de voltar ao início!

Noah foi amor à primeira página. Não me sinto capaz de vos explicar coerentemente o quão especial é esta personagem – sem dúvida uma das minhas favoritas dentro dos protagonistas masculinos. Os seus treze anos são divinos. A arte que vive esplêndida. Os riscos que corre – emocionais, familiares, pessoais – belissimamente asfixiantes. A sua visão para com o mundo é brilhante – dificilmente esquecerei como é regatear as árvores, os oceanos, as estrelas e o sol, até mesmo as flores, por um desenho recheado de significado. Noah é, todo ele, incrível. Todo ele luz. Todo ele arte, e cores, e carvão. E embora os seus dezasseis anos sejam imperfeitos, e tenebrosos e tão repletos de mágoa, e incerteza e culpa, a sua beleza interior permanece intacta, assim como o seu espírito ímpar.

Jude foi uma amizade que se transformou em carinho – forte, pulsante – e que depois virou amor. Aos dezasseis anos a sua alma não é mais inocente, a sua veia artística parece destinada ao fracasso e nem mesmo a bíblia da avó Sweetwine dá ares de vir a ser grande protecção contra um irmão que parece, por vezes, voar e que desafia a mortalidade a uma velocidade diária, e um rapaz de olho verde e olho castanho que inexplicavelmente lhe é familiar. Jude é extravagância, excentricidade. É o Oráculo – à disposição de qualquer um – que mesmo em termos vagos é certeiro. É uma laranja saltitante de proporções épicas e vestidos, criações espantosas na parede. Jude é paixão escondida e segredos guardados. É uma versão diferente, mais madura, mais conscienciosa, dos seus treze anos e meio de pertinácia. 

Adorei todo e cada momento desta leitura. Jandy Nelson passou para o meu top de autoras sobrenaturalmente incríveis e invulgares e mal posso esperar pela oportunidade de devorar a sua outra obra, de estreia por sinal, The Sky is Everywhere. Eu Dou-te o Sol tornou-se um dos meus romances favoritos, dentro e fora do género young adult, e um livro que espero – ou melhor, tenho a certeza de que irei - ler novamente. Uma aposta por parte da Editorial Presença que deveria de figurar na estante de todos os apaixonados por livros, além de que é a leitura perfeita para o Verão – ou para o Outono, ou para a Primavera, até mesmo para o Inverno... 


Para adquirir ou ler mais informações sobre Eu Dou-te o Sol, clique aqui.

Romance com o Duque, Tessa Dare [Book Trailer]



Já sinto o coração a palpitar só de ver o book trailer...
... e com um blurb da, para mim, rainha do romance de época, Julia Quinn, não há como deixar escapar este livro.

Não concordam?

sábado, 1 de agosto de 2015

As Páginas Percorridas em Julho [Aquisições]


... e voltou a piorar



Este não foi um mês nada fácil. O trabalhou ocupou grande parte do meu tempo e os bocadinhos que tinha livres acabaram por ser preenchidos por outras actividades – nomeadamente, o descanso. Estou a fazer figas para que consiga encontrar um ritmo estável de leituras e presença no blogue – ao fim e ao cabo, este espaço é o brilho dos meus olhos e sinto imenso a falta dele, e vossa, quando me vejo ausentada durante muito tempo. 
Agosto pode ser que seja um mês melhor... nem que seja em leituras. Tenho algumas planeadas, aventuras que quero há imenso tempo percorrer e que estou mortinha por partilhar convosco, por isso enquanto houver esperança, há tudo. 

Mas vamos lá à desgraça do mês... 

Novos na Estante


Adoro os meus livrinhos novos – não há outra forma de o dizer. Todos os meses são sempre imensos, e o espaço começa a ser escasso, mas a verdade é que sou uma sortuda. Destaco Um Marquês Irresistível, de Sarah MacLean que estou super curiosa por ler, e À Morte Ninguém Escapa, de M. J. Arlidge, cujo livro anterior, Um, Dó, Li, Tá me fez as delicias por completo. 
Nota ainda para O Uivo do Demónio, de Kim Harrison e Letras Escarlates, de Anne Bishop – livros que guardo junto ao peito e que quero muito folhear em Agosto. 


Laini Taylor é rainha na minha estante e muita pena tenho eu de ainda não ter partilhado convosco a minha opinião sobre o primeiro livro desta espectacular trilogia, A Quimera de Praga. A ver se leio o segundo volume em breve, uma vez que Sonhos de Deuses e Monstros já aguarda, impacientemente, vez na estante. 
Ligeiramente Tentador é outros dos favoritos desta pilha – adoro Mary Balogh e embora o romance de época seja um género que cada vez mais exige de mim um consumo moderado, quero muito perder-me no mundo encantado desta série da autora. 
A título de curiosidade, já viram o gigantesco Sombras de Paixão? Não estão a ver a minha expressão perplexa quando o vi... Wow

Páginas Percorridas


Enrolados, Emma Chase (Opinião)
Enlaçados, Emma Chase (Opinião)
Fusão, Julianna Baggott (Opinião)

Tristeza
Neste mês de Julho percorri três histórias, e embora tenha adorado todas elas, confesso-me um pouco desiludida com o número – em nada com a qualidade! 
Os romances da Emma Chase são como um bálsamo para a minha alma e Enrolados foi o livro que me tirou da reading slump que estava a dar cabo de mim no início do mês. Enlaçados foi devorado logo de seguida e somente vos posso dizer que estes dois livros são um espectáculo, assim como o primeiro volume da série, Envolvidos, e se nunca os leram e procuram uma leitura “daquelas mesmo boas” para o Verão, então não procurem mais e atirem-se a eles! 
P.S. – A razão pela qual Enrolados não se encontra na foto é porque, infelizmente, não possuo uma cópia física do mesmo – coisa que vai ser resolvida em breve! Até porque me disseram que um extracto da opinião do Pedacinho figura lá... *.*
Fusão, de Julianna Baggott, trata-se de uma continuação pela qual ansiava à muito, e que me encheu por completo as medidas, mas que dada a sua complexidade narrativa acabou por ocupar duas semanas do meu mês de leituras – admito que o tempo também não foi muito. Ainda assim, adorei e mal posso esperar pelo terceiro e último livro desta trilogia distópica. 

Eleito do Mês


Muito, muito difícil!
Este mês é-me muito complicado escolher um livro. Adoraria colocar Emma Chase no top dos tops porque me tirou de uma fase menos boa em termos de leituras mas Fusão foi verdadeiramente extraordinário e por isso... aqui fica ele como o eleito do mês. 

Literatices Diversas


Rooftoppers, Katherine Rundell (Opinião)

Para além das opiniões dos livros que foram lidos ao longo do mês – algo que quero começar a ter em atenção – foi ainda publicada a opinião de Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados, uma obra magnífica e de uma prosa sem igual. Adorei todas as mensagens, todos os ensinamentos e peculiaridades que tornam este livro tão, tão especial. 

As Aventuras Que Se Seguem

   

Até me estou a rir agora... 
Pela terceira vez consecutiva O Complexo dos Assassinos figura nesta secção do Páginas Percorridas. Não foi uma leitura fácil e, por isso mesmo, não é uma opinião fácil de escrever mas a ver se é em Agosto que vos dou a oportunidade de lerem o que achei de tão “polémico” livro. 
Em adição sairá, também, a opinião de Eu Dou-te O Sol, de Jandy Nelson, e que é a minha actual leitura – ah, estou a amar! 
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