quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Passatempo «Cinzas da Meia-Noite», Lara Adrian


Em colaboração com a incomparável Quinta Essência, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar de uma das mais aguardadas continuações do género paranormal urbano, Cinzas da Meia-Noite, da autora Lara Adrian.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico prémio, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios.
Por favor, tenha em atenção das regras do passatempo!

As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui!


Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 6 de Fevereiro (quarta-feira)
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletas serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio, de exemplares enviados por si e/ou pela editora em questão.


Boa sorte a todos!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Novidade Quinta Essência - «O Desejo», Nicole Jordan


Título: O Desejo
Autoria: Nicole Jordan
N.º Páginas: 399

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,61€

Sinopse: Amante lendário e chefe de espionagem, o sombriamente sensual conde de Wycliff evita o matrimónio até que um encontro próximo com a morte o faz ansiar por um filho que perpetue o seu nome. No momento em que Lucian avista a atraente Brynn Caldwell numa praia na Cornualha, sabe que encontrou a mulher que quer para sua esposa.
Brynn acredita que o fascínio daquele conhecido libertino por ela resulta de uma maldição com séculos que condena as mulheres da sua família a tentarem os homens - apenas para conduzirem aqueles que amam à morte. Obrigada por circunstâncias difíceis a casar com Lucian, Brynn entrega o corpo às suas carícias mas não se atreve a entregar-lhe o coração.
Preso numa batalha de vontades com a sua encantadora mulher, Lucian começa a suspeitar que Brynn é uma traidora. Não tarda a ver-se atraído para uma teia de perigo e traição, na qual o preço de conquistar o coração esquivo da esposa pode ser a sua própria vida.

Sobre a autora:
Nicole Jordan, autora bestseller internacional de inúmeros romances históricos, arquitecta contos de deleite que fazem o leitor ferver de paixão e sensualidade. Nicole cresceu num ambiente militar, o que a levou a sofrer várias deslocações. Frequentou o ensino secundário na Alemanha e mais tarde diplomou-se em Engenharia Civil no Georgia Tech. Actualmente, vive nas Montanhas Rochosas do Utah, com o seu marido e os seus cavalos. 

Da mesma autora:



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Adding to the Pile (1)



Apresento-vos Adding to the Pile!
Um pouco como outras rubricas estrangeiras criadas com o propósito de partilhar, entre blogues, as mais recentes aquisições literárias (sejam elas livros físicos ou electrónicos), o Pedacinho decidiu aderir à ideia e criar uma rubrica sua, adequada «às suas necessidades». O que com isto não quer dizer que outros blogues não possam aderir ao Adding to the Pile e, assim, partilharem com os seus leitores e, claro, comigo, os muitos livrinhos que adicionaram à pilha dos «a ler».
As regras são muito simples, aliás, não existem regras! Podem postar uma vez por semana, quinzenalmente, todos os meses ou quando vos apetecer! Se quiserem partilhar o vosso link ou deixar um comentário na publicação do Pedacinho referente à rubrica, são mais do que bem-vindos!
Quanto a mim, o intuito é publicar as minhas recentes aquisições uma vez por mês, no final de cada mês, mas isso não invalida que, ocasionalmente, não faça menção a um determinado livro por qualquer que seja o motivo. Por isso, adiram ou não, queridos blogues e leitores, fico, à mesma, à espera de saber a vossa opinião sobre que leituras devo iniciar primeiro, tendo em conta os novos que adicionei à imensa pilha por ler. E aqui fica a primeira publicação...

Janeiro foi um mês imensamente agradável em termos de aquisições! Muitos foram os livrinhos adicionados à pilha dos a ler, o que quer dizer que, agora, só falta é arranjar o tempinho necessário para os devorar a todos! Em Português e em Inglês, românticos e recheados de criaturas do sobrenatural, a variedade é imensa e vocês podem vê-la já de seguida!


Felizes Viveram Uma Vez, Filipe Faria
Guia para um final feliz, Matthew Quick
Um anjo falou comigo, Theresa Cheung
Sussurros Ousados, Emma Wildes


O Desejo, Nicole Jordan
Filha da Magia, Barbara Bretton
Cinzas da Meia-Noite, Lara Adrian
Uma Casa de Família, Natasha Solomons


Na Sombra do Destino, J. R. Ward
A Fórmula do Amor, Álex Rovira & Francesc Miralles
Guerra Mundial Z, Max Brooks
Direitos de Sangue, Kristen Painter


Darkness Before Dawn, J. A. London
The Glimpse, Claire Merle
The Iron King, Julie Kagawa
Shatter Me, Tahereh Mafi


The Diviners, Libba Bray
The Selection, Kiera Cass

Alguns (muito poucos) destes títulos encontram-se já lidos, e uns tantos outros estão em vias de seguir o mesmo caminho pois a curiosidade que nutro sobre eles é gigantesca! Mas o que eu quero mesmo, mesmo saber, é quais é que vocês já leram? E em quais estão mortinhos por pegar?

Wrap up:

domingo, 27 de janeiro de 2013

The Selection, Kiera Cass [Review/Opinião]




Author: Kiera Cass
Publisher: Harper Teen (2012)
Pages: 327
Format: Hardback


Description:

For thirty-five girls the Selection is the chance of a lifetime. The opportunity to escape the life laid out for them since birth. To be swept up in a world of glittering gowns and priceless jewels. To live in a palace and compete for the heart of gorgeous Prince Maxon.
But for America Singer, being Selected is a nightmare. It means turning her back on her secret love with Aspen, who is a caste below her. Leaving her home to enter a fierce competition for a crown she doesn’t want. Living in a palace that is constantly threatened by violent rebel attacks.
Then America meets Prince Maxon. Gradually, she starts to question all the plans she’s made for herself – and realizes that the life she’s always dreamed of may not compare to a future she never imagined.


Review:

I’m starting this review by stating the main reason why I bought this book – its cover. When I first saw it I just fell in love with it and after passing my eyes through the synopsis, I knew this was going to be a good reading. And it was.
I picked my copy up as soon as I got it in the mail. Read one chapter with the intention of killing the immense curiosity I had, and without even realizing it, I was already hooked by the end of the first couple of pages. I found the writing so simple, so straightforward, that I felt like I was having a conversation with a dear friend and that she was confiding me with all of her deepest secrets. Also, due to its easy prose, I couldn’t help by reading the entire book in a matter of hours. Actually, it was already morning outside when my eyes started getting a bit blurry and I had to call it a day.

I’m not sure if I, personally, would classify this book as a dystopian novel but I do understand why many people see it that way. The world building the author created does capture that essence, you feel a mix of Divergent meets The Hunger Games when it comes to castes and social divisions but that is as far as the comparison goes. Unfortunately, what started by being something really cool and interesting seeing the action was never stopped for the new society to be presented to the reader, it ended falling a little short for me. I seriously hope we get to see this new world explored to its maximum in the following books since its foundation sounds truly promising, although I do believe the romance will be the true core of The Elite, but hey, I might be wrong! I hope I am.

About the characters, America Singer might have the most cliché name of the entire literary universe – even though it’s possible to start liking it after a while. I did! –, but I do think she is a very compelling and passionate protagonist. She is strong and fragile at the same time, like all characters should be, and ultimately courageous seeing how much she has going on her life when she gets picked to be one of the Selected ladies in the run for Prince Maxon’s hand. Plus, she’s incredibly talented and super friendly and even when she feels like she doesn’t want to be a part of such political games, she doest it anyway, for the more honoured reasons possible. What I kind of disliked about her was how sometimes she sounded a bit out of her edge for someone who is not accustomed on having close friends or any other people around her, so it looked like, at times, she was way too comfortable for hew own good, showing off a certain aggressive and hostile slashes of personality.

As for the boys, I was betting my money on Aspen, right in the beginning due to their love appear to be so truthful and special, but the way the relationship came to an end – or to a pause, I’m not really sure – it flushed away all my sympathy for the guy. I understand that it is his job to provide for his family – and now for Mer as well – but I don’t think that was enough reason to terminate such a powerful love. So… my attentions moved to Prince Maxon, who is kind and well educated and totally worthy of my compassion once I understood all the pressure he had on his shoulders. Personally, I would give him a bit more salt, just to spice him a little, but I have a strong feeling that a lot is going to change in book two. A lot! And I can’t wait for it!

The plot is really exciting, and once you get into the Selection show, it becomes a complete page-turner. In my opinion, I just think a couple of things were missing, such as more information regarding Maxon’s interaction with the other contestants, more details about both the attacks and attackers – during the scenes where the palace was invaded – and, maybe, a little more tension in general, especially when it came to Celeste hating everybody and actually doing something about it.
The big finale, well… was a little nerve-wracking. I think the way Aspen reappeared in Mer’s life was a bit too expected, a cliché that could have been solved – and avoid – if the author had decided to give a different twist in the story, but the way America dealt with it by the end was the more mature and correct possible way. It also left a lot of doors open for the following book, which is awesome because we, as readers, get into that state of mind where we don’t really know what to expect – in a good way!

Overall, this was a great reading. The story was attention-grabbing, the characters were mysterious – and still have a lot to show! –, and the writing was just perfect for someone like me who is not very used to reading in English. And even though, initially, I was expecting something else in terms of storyline – don’t ask me what exactly ‘cause I don’t know –, I truly loved this book. And now I’m anxiously waiting for the release of The Elite, which is to due out in mid April. Can’t wait!

Resultado do Passatempo «Especial Cayla Kluver»


Eu sei, eu sei, e, por isso, peço desculpa a todos os participantes que aguardam, com ansiedade, o resultado deste passatempo. Veio tarde, muito atrasado, mas, finalmente, chegou o momento de anunciar o/a vencedor/a!

Esteve a sorteio um exemplar dos livros Alera – A Princesa Herdeira e Alera – Tempos de Vingança, gentilmente cedidos pela Planeta Manuscrito, e que agora vão para:

Carina Raquel (...) Monteiro!

Deixo-vos ainda a resposta escolhida pelo Pedacinho:

«Espada em punho e coração
Erguido na outra mão,
Partiria à conquista do sonho,
Semente sem escolha de semear.
Que a terra é fértil e o povo
É vida que irei plantar
No abraço que se estende
Do sorriso de uma criança.
Que quem ama sacrifica,
Mas não esquece do amor a lembrança

Boas Leituras!

Novidade Saída de Emergência - «O Inferno de Gabriel», Sylvain Reynard


Venha mergulhar num mundo de obsessões, segredos e prazeres sem limites.

Título: O Inferno de Gabriel
Autoria: Sylvain Reynard
N.º Páginas: 512

Lançamento: Já disponível
PVP.: 17,70€

Sinopse: O enigmático e sedutor professor Gabriel Emerson é um reputado especialista na obra de Dante. Mas à noite dedica-se a uma vida de prazer sem limites, não hesitando em usar a sua beleza de cortar a respiração para manipular as mulheres a satisfazerem cada capricho seu. Talvez por isso se sinta torturado pelo passado e consumido pela crença de que está para lá da salvação. Quando a jovem Julia Mitchell se inscreve como sua aluna de pós-graduação, Gabriel não consegue ficar indiferente. Ela é linda, deliciosamente inocente, um diamante em bruto para ele polir. Sempre que Julia se apercebe do olhar de predador dele, espera sentir receio, mas o que verdadeiramente sente é uma estranha luxúria que a assusta. Desejando desesperadamente possuí-la, Gabriel põe em perigo não só a sua carreira, como amaeaça desenterrar segredos de um passado que preferia manter oculto. Uma história inebriante sobre amor proibido, luxúria e redenção. 

Sobre o autor:
Sylvain Reynard interessa-se pelo modo como a literatura pode ajudar a explorar os aspectos da condição humana - o sofrimento, o sexo, o amor, a fé e a redenção. As suas histórias favoritas são aquelas cujas personagens fazem um caminho, seja físico ou espiritual, onde descobrem novos aspectos sobre si próprios. O modo como a arte, a arquitectura e a música podem ser usados para contar uma história ou para iluminar os traços de uma personagem também sãp foco da sua atenção. Sylvain costuma usar o seu estatuto para divulgar algumas instituições de caridade como a Now I Lay Me Down To Sleep Foundation, WorldVision, Alex's Lemonade Stand e Covenant House. Em 02011 foi semifinalista para Melhor Autor do Goodreads Choice Awards e, com o seu romance, semifinalista para Best Romance.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Mecânica do Coração, Mathias Malzieu [Opinião]




Título Original: La Mécanique du coeur
Autoria: Mathias Malzieu
Editora: Contraponto
Nº. Páginas: 143
Tradução: Irene Daun e Lorena & Nuno Daun e Lorena


Sinopse:

Edimburgo, 1874. Jack nasce no dia mais frio de sempre, com o coração… congelado. A Dr.ª Madeleine, a parteira (segundo alguns, uma bruxa) que o trouxe ao mundo, consegue salvar-lhe a vida instalando um mecanismo – um relógio de madeira – no seu peito, para ajudar o coração a funcionar. A prótese resulta e Jack sobrevive, mas com uma contrapartida: terá sempre de se proteger de sobrecargas emocionais. Nada de raiva e, sobretudo, nada de amor. A Dr.ª Madeleine, que o adopta e zela pelo seu mecanismo, avisa: «O amor é perigoso para o teu coraçãozinho.» Mas não há mecânica capaz de fazer frente à vida e, um dia, uma pequena cantora de rua arrebata o coração – o mecânico e o verdadeiro – de Jack. Disposto a tudo para a conquistar, Jack parte numa peregrinação sentimental até à Andaluzia, a terra natal da sua amada, onde encontrará as delícias do amor... e a sua crueldade.


Opinião:

Existe um sentimento sombrio, inebriante e absolutamente único, que resiste a tudo para lá do tempo e do espaço, ao qual nem o mais frágil, o mais cuidado e protegido dos corações consegue sobreviver. Um sentimento que se entranha, que cria raízes no mais fundo do nosso ser. Um sentimento impossível de extinguir, de acalmar, de combater. Um sentimento que, uma vez ganho, para sempre ficará connosco, nos nossos pequenos ovos de recordações, nos nossos tiquetaques de existência, nos nossos... corações embelezados pelos mais ricos, os mais efémeros e invulgares relógios de cuco.

A Mecânica do Coração é bem capaz de ser o «conto» mais brilhante e, ao mesmo tempo, inquietante que tive o prazer de ler. Sobre um amor que fugiu por entre os dedos, sobre uma familiaridade escondida por trás de uma mentira protegedora, sobre amizades peculiares que subsistiram ao longo do tempo, e sobre uma demanda, uma viagem e uma aventura, em busca do bem mais precioso e mais bem preservado do mundo, esta é uma narrativa singular que, mais cedo ou mais tarde, mais ao início ou mais a caminho do fim, atingirá o leitor com uma força e um estrondo tão espectacular, tão gigantesco que nada o poderá alguma vez preparar para o misto de sentimentos e reflexões que daí advirão.
Mathias Malzieu possui uma escrita muito própria, com um tom único e encantatório, até algo melancólico. Nas suas palavras estão presentes as mais variadas emoções e, com o avançar da trama, todos esses vislumbres de sensações são transmitidos ao leitor, ao ponto de este se deixar embalar por completo na melodia narrativa que esta história com laivos de conto frui.

Um pouco confuso e estranho ao início, até ligeiramente apressado, este é um enredo que, com o fluir das páginas, vai cativando e emocionando. E embora as personagens que povoam esta fábula sem igual não sejam desenvolvidas ao seu máximo, compreendidas em toda a sua magnitude, muito é mostrado e ainda mais é deixado para ponderação, para posterior reflexão por parte do leitor.
Little Jack, por sua vez, é o instrumento que não cessa de tocar, o coração que insiste em pulsar, a lágrima rebelde que corre livremente por um rosto inexpressivo. Sendo a figura deste romance, este Homem Sem Efeitos Especiais é aquele que persegue um amor impossível com quem somente trocou uns tantos versos e um curto olhar. Mas esse amor, essa impossibilidade de alcançar, esse sonho que não desaparece, é o alento que Jack secretamente guarda no pensamento e pelo qual será capaz de lutar, de procurar até ao fim do universo.

Também Miss Acácia e Madeleine são intervenientes de peso, cada uma à sua maneira. Enquanto a primeira é os olhos que não querem ver, a realidade que prefere distorcer mas o afecto que guarda para aquele que verdadeiramente ama, a segunda é a mãe que nunca foi mas sempre quis ser, a feiticeira que cura, a mulher que ajuda sem nada pedir em troca, a não ser a recusa perante a muito provável fatalidade de um coração precário.
Os cenários são outro aspecto importante e delicioso. Desde a transmutável cidade de Edimburgo que viu nasceu, no dia mais frio de sempre, o rapaz que, no lugar de um coração humano, exibe um relógio de madeira, à localidade que esconde um circo Extraordinarium, enriquecido por uma série de atracções femininas e assustadoras, todos os locais são fruto de pequenos pormenores importantes mas estes dois, em particular, são o palco dos melhores e dos piores momentos na vida de Jack.

Ainda que A Mecânica do Coração seja uma história fabulada, as mensagens que transmite, que conserva, são impagáveis. Recordo-me de pensar, ao ler este livro, num ditado muito popular que diz: «Quem espera, sempre alcança.», e no caso de Jack, a esperança e a vontade de conseguir algo que deseja tão ardentemente conferiu-lhe toda uma vida de alegrias e desilusões, mas todos eles sentimentos, situações que nunca esquecerá. Acima de tudo, este é um livro que ensina a não desistir do amor, dos sonhos. Ensina a não matar a esperança, mesmo quando o que nos torna únicos e especiais e diferentes é motivo de chacota e receio por parte de outros. Essencialmente, trata-se de uma alegoria que, de uma forma bela e poética, mostra que, por vezes, o facto de tomarmos riscos, de não olharmos para trás, de, simplesmente, nos atirarmos precipício fora, pode trazer uma imensidão de benesses e de desejos concretizados. Ou seja, diz-nos para nunca desistirmos de sonhar.

Quanto a mim, está bastante claro que esta foi uma leitura que me agradou sobremaneira, e ainda que inicialmente me tenha sentido algo perdida num enorme lago de descrições temporais breves e de uma prosa etérea, no final, todo o desespero e toda a não compreensão iniciais compensou. Penso que, principalmente, este é um romance que exige uma mente aberta e uma atenção muito particular por parte do leitor, além de um coração forte.
Uma excelente aposta por parte da Contraponto que, com publicações destas, marca totalmente a diferença. Interessante, belo e singular, aconselho vivamente.

Resultado do Passatempo «Transformar-se em Maria Antonieta», Juliet Grey


Mais um passatempo terminado, mais um resultado a ser lançado! Desta feita, esteve a sorteio um exemplar de Transformar-se em Maria Antonieta, um romance histórico de Juliet Grey. E com o muito estimado apoio da Planeta Manuscrito, este espectacular prémio vai para:

149. Sara (...) Cabral

Muitos parabéns à feliz contemplada! Espero que seja uma leitura inteiramente do seu agrado, tal como foi do meu!
Aos restantes, nada de desespero! Mais oportunidades em breve...  

Boas Leituras & Boas Festas!

Novidade Bertrand - «Metamorfose à Beira do Céu», Mathias Malzieu


Na tradição das melhores fábulas literárias, Mathias Malzieu conta-nos a história maravilhosa de um homem que quis ousar matar a morte e beijar os céus. Uma reflexão única sobre o poder da vida e do amor.

Título: Metamorfose à Beira do Céu
Autoria: Mathias Malzieu
N.º Páginas: 128

Lançamento: 25 de Janeiro
PVP.: 14,40€

Sinopse: Todos nós temos sonhos; o do jovem Tom «Hematoma» Cloudman é voar. Por isso fez carreira como acrobata - segundo alguns, é o pior acrobata do mundo - e especializou-se em números de alto risco, pois assim sente-se mais próximo do céu. Entre saltos e piruetas, sempre sem rede, o seu corpo vai-se desgastando, até que um dia lhe é diagnosticada uma doença incurável. O destino de Tom, contudo, não é viver de asas cortadas. Um dia, num dos seus passeios nocturnos pelo hospital, conhece uma fascinante criatura, metade mulher e metade ave, que lhe propõe um estranho pacto: «Posso transformar-te em pássaro e curar-te a tua doença, mas terás de assumir as consequências desta metamorfose.» Estará Tom, o homem que sempre quis voar, pronto para dar um passo irreversível em direcção ao desconhecido, abandonando a vida humana por uma nova aventura?

Sobre o autor:
Mathias Malzieu é vocalista de uma das mais conhecidas bandas de rock francesas, Dionysos. É autor dos contos 38 Mini Westerns e do romance Maintenant qu'll Fait Tout le Temps Nuit Sur Toi, que conheceu um tremendo sucesso junto do público e da crítica. A Mecânica do Coração é também o nome do mais recente álbum da banda de Malzieu, que foi Disco de Ouro em 2008.

Imprensa:
«Malzieu tem um poder de evocação que faz lembrar Lewis Carrol.»
Metro

«Um estido contido, agridoce e por vezes surreal, na tradição de mestres como Roald Dahl ou Tim Burton.»
Les Inrockuptibles

«Arquitecto de um mundo, viajante do imaginário, Malzieu é sem dúvida um poeta.»
20 Minutes

Do mesmo autor:


Passatempo «O Perraultimato», Filipe Faria


Em colaboração com a Editorial Presença, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar do livro O Perraultimado, do português Filipe Faria.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico livro, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!

As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui!


Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 27 de Janeiro (domingo).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio ou atraso, no correio, de exemplares enviados.


Boa sorte a todos!

Novidade Editorial Presença - «Guia para um final feliz», Matthew Quick


O livro que inspirou o filme premiado no Festival Internacional de Cinema de Toronto

Título: Guia para um final feliz
Autoria: Matthew Quick
Colecção: Grandes Narrativas, N.º 538
N.º Páginas: 288

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,60€

Sinopse: Pat Peoples está de regresso ao mundo da normalidade da vida familiar em casa de seus pais após ter permanecido numa instituição psiquiátrica devido a um traumatismo grave. Da memória deste fervoroso adepto dos Eagles de Philadelphia desapareceu uma participação do clube no Super Bowl e a demolição do antigo estádio. Ninguém, lá em casa, lhe fala de Nikki, a sua mulher, e até o seu novo terapeuta parece incitá-lo ao adultério. Tudo assume um aspecto cada vez mais estranho. Como a pouco e pouco se vai revelando, anos da sua vida tinham-se pura e simplesmente apagado. Apesar disso, Pat não se deixa desviar daquela que acredita ser a missão de autoaperfeiçoamento. Guia para um final feliz é uma narrativa vibrante e intensa que nos oferece uma visão refrescante sobre sentimentos de perda, depressão e amor.

Sobre o autor:
Matthew Quick nasceu em 1973. Formou-se em Escrita Criativa no Goddard College e foi professor de Língua Inglesa. Além de Guia para um final feliz (2008), é autor de três outros romances juvenis. A sua obra recebeu já diversos louvores e prémios - incluindo uma menção honrosa do prémio PEN/Hemingway -, tem sido traduzida para diversas línguas, com excelentes referências nos media. A Weinstein Company e David O. Russell adaptaram Guia para um final feliz ao cinema, com a participação de Robert de Niro, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence. O autor vive em Massachusetts com a mulher, a escritora Alicia Bessette.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Alera - Tempos de Vingança, Cayla Kluver [Opinião]





Título Original: Allegiance
Autoria: Cayla Kluver
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 424
Tradução: Maria José Figueiredo


Sinopse:

A princesa do reino de Hytanica, Alera, volta muito mais forte. Já não luta apenas pelo amor, mas pela liberdade que o pai lhe retirou ao nascer. Casada com um homem que não ama, a rainha Alera de Hytanica tem de esquecer Narian, o jovem que lhe prendeu o coração, porque Narian está destinado a conquistar Hytanica ao comando dos exércitos do seu senhor, o poderoso Soberano. Alera não acredita que Narian se disponha a combater Hytanica - até ao momento em que as tropas de Cokyri atacam a sua pátria, chefiadas por Narian. Confrontada com a mais terrível traição que um coração pode conhecer, Alera será forçada a esquecer os seus sentimentos e a conduzir o seu reino nesta hora de tremenda provação. Quando parece que a esperança, a vontade e a coragem estão perdidas, terá de encontrar a força que lhe permita manter-se de pé, recordando que nem a mais negra das noites impede o nascimento de um novo dia.


Opinião:

Se antes a guerra era um prenúncio mortífero e malévolo suspenso nos frágeis alicerces de um reino em mutação, agora, com a subida ao trono de novos dirigentes, de novos rostos com novas ideais, essa batalha, esse confronto com Cokyri que há muito pressagiava horrores, passou a ser uma certeza em absoluto.
Um rapto, um amor não esquecido e um rei que tudo fará para defender a sua honra e a do seu povo serão, somente, o começo de um fim que não se deixará desvendar sem a presença de asfixiantes e inesperadas surpresas.

Alera – Tempos de Vingança trata-se de uma continuação há muito aguardada, e que vem dar uma renovada consistência, visão, a uma trama que, desde o seu intricado início, se mostrou tanto forte quanto inteligente. Kluver adensa assim a intriga, instigando também, e como nunca antes, a lealdade do leitor que, pela primeira vez, se vê dividido quanto às suas empatias, quanto ao lado por que deve torcer, quanto às personagens pelas quais nutre carinho ou raiva.
Cayla Kluver volta a evidenciar a sua mestria, o seu talento numa prosa que tanto possui de belo e pessoal, de introspectivo, quanto de veloz. Por entre pensamentos confusos e acções dúbias, esta é uma trama que se salienta pelas suas descrições e diálogos, ainda que, por vezes, essas mesmas descrições sejam excessivamente elaboradas e longas, mas, e principalmente, é de notar o crescimento da própria autora, que se transpõe no amadurecimento das suas palavras narrativas.

Embora este seja um livro com um enredo pronunciado, que se vai desenrolando misteriosamente, surpreendendo o leitor ao seu máximo, são as personagens o elemento que se volta a destacar, seja pela singularidade das mesmas, seja pela maturidade ou retrocesso que uma ou outra sofre ao longo da história. Ainda assim, a que mais me maravilhou – e, admito, não estava à espera de que assim fosse – foi Steldor, não pela atitude correcta e até algo gananciosa de um rapaz que deseja mais do que deveria de possuir, mas pela persistência e, até, paciência que entrega a todos os assuntos que envolvam Alera. Esta, por sua vez, encontra-se mais inteirada do que verdadeiramente é exigido de si enquanto rainha de Hytanica mas, nem por isso, menos apaixonada pelo príncipe que outrora povoou os seus sonhos e os seus desejos. E é por essa devoção, essa crença no melhor, na esperança, que Alera se transformou, com rapidez, numa das minhas personagens favoritas. Contudo, ocasionalmente nota-se uma certa imaturidade, uma certa incapacidade de decisão, um certo egoísmo que choca com a perseverança e graça que tem vindo a transmitir mas, nem mesmo assim, Alera se torna uma figura menos inteligente ou acarinhada. Na outra ponta do «triângulo» amoroso está Narian, aquele que sobreviveu, aquele que tem por destino destruir o reino que o viu nascer. Forte, destemida e inabalável, esta é uma personagem sem igual e que encontra aqui, neste segundo volume, um destaque e uma profundidade de sentimentos, acções e palavras que lhe dão uma beleza por demais.

Quanto à trama em si, esta é simplesmente arrebatadora. Desde as inúmeras intrigas aos planos de guerra, passando pelas pequenas traições que atingem proporções inimagináveis, por um rapto de cortar o fôlego e por acontecimentos inteiramente marcantes, seja de que lado da «fronteira» for, seja dentro ou fora do palácio, a segurança é forçosamente um sentimento que se vê destituído, por completo, de qualquer significado. O perigo está à espreita e tudo pode, poderá e irá acontecer.
A nível pessoal, esta foi uma leitura bem mais agradável que a sua anterior. Gostei de toda a mistura, quase explosão, de sentimentos que o enredo originou em mim enquanto leitora, e fiquei bastante admirada por, a certa altura, dar por mim a compadecer-me por Steldor e a desejar-lhe um pouco mais de sorte, um pouco mais de amor e afecto. Em contrapartida, detestei o antigo rei de Hytanica pela sua mente fechada e pela soberania que persistia em espalhar mesmo quando o poder já havia sido retirado da sua mão.

Uma aposta diferente, numa vertente histórica aligeirada por uma certa sobrenaturalidade algo estranha, por parte da Planeta Manuscrito, num estilo jovem que começa já a ser uma imagem de marca. Agora, é esperar pelo tão prometido desfecho. Gostei.

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