sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Culpa é das Estrelas, John Green [Opinião]




Título Original: The Fault in Our Stars
Autoria: John Green
Editora: ASA
Nº. Páginas: 253
Tradução: Ana Beatriz Manso


Sinopse:

Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. 

Opinião:

Este não é um livro fácil, simples.
Não é um livro onde o mundo é pintado a cor de rosa, onde as barreiras da comunicação, da clareza e da vivência são transponíveis, são destruídas num piscar de olhos. No entanto, é, certamente, um livro marcante. Um livro que nos suspende o fôlego, que nos aperta o coração, que nos faz derramar mil e uma lágrimas rebeldes de compaixão, de dor e agonia, de revolta. Esta é uma leitura incrível, extremamente emocional, extremamente carismática na sua abordagem crua a um tema tão real, tão complexo, tão pouco falado desta forma. Uma leitura que ficará... para sempre.

A Culpa é das Estrelas trata-se de uma narrativa transcendente sobre um pequeno grupo de personagens peculiares, invulgares em coragem e determinação, que batalham, diariamente, contra o alastrar de um mal real, de um mal perceptível, corrosivo. Pungente, emotiva e primorosa, esta é uma obra audaz no que diz respeito à perspectiva oferecida ao leitor, por parte de um autor ousado e supremamente inteligente, e sensitiva pela carga emocional que transmite, que perdura ao longo de todo o folhear das páginas, umas vezes camuflada por atitudes destemidas, outras bem à frente dos olhos em acções compassivas, mas sempre, sempre presente.
John Green, atrevo-me a dizer, escreve com o coração, mexe com os sentimentos e brinca com a ironia das situações mais críticas, dos momentos mais graves, instantes ténues, que se atravessam no longo – embora, por vezes, algo curto – caminho que é a vida. Green não simplifica, Green não esconde, somente opta por outras vias, percorre outras estradas, outras linhas de pensamento, de descrição, de diálogo para ir de encontro, isso sim, a um final comum que se mostra absolutamente extraordinário.

As mais insólitas surpresas são aquelas que se encontram mesmo ao virar da esquina ou, neste caso em particular, no interior de um Grupo de Apoio aos Miúdos com Cancro. E a única forma de nos passarem ao lado, de as perdermos, a essas oportunidades sem igual, é se nos recusarmos a olhar. Se insistirmos em não sentir, se acreditarmos imperiosamente de que não somos merecedores delas. Durante parte da leitura, foi assim que encarei Hazel – uma jovem excepcional, de uma inteligência apaixonante, que não se deixava abrir, que não deixava ninguém entrar com medo de se tornar um estorvo emocional. Mas Augustus é de uma beleza intelectual incrível, e os seus encantos, o seu dom de excelência com a palavra, foram a ruptura no casulo de Hazel, de onde emergiu a mais bela, generosa e nobre das borboletas. Nunca antes percepcionei um amor assim, tão intenso e acolhedor, tão comovente e frágil, e essa, essa sim é a essência de todo este livro.

Há que sorrir face as enfermidades da vida. Persistir nos sonhos que escondemos dos outros. Acreditar que podemos ser melhor, que podemos ter esperança. Amar como se o amanhã não existisse, como se fosse o último instante no tempo e... viver. Principalmente, viver, mesmo quando a dor é demasiado forte, mesmo quando a doença leva de arrasto o que mais nos completa, mesmo quando continuar parece impossível...
A persistência de Hazel, a revolta de Isaac, a explosão de estrelas que é Augustus, em conjunto com o desespero dos pais, o abandono dos amigos, são somente alguns dos elementos que ficarão gravados no meu coração e, com certeza, também nos daqueles que se atreverem a dar uma oportunidade a este romance. Não pensem que este é um livro sobre cancro... acreditem que esta é uma história sobre sobreviventes, sobre um amor estelar, sobre amizades inestimáveis, sobre vidas cujo propósito é persistir, aceitar e amar.

Não consegui evitar chorar no decorrer desta leitura, assim como não consegui evitar sorrir, gargalhar. John Green é, verdadeiramente, um escritor especial, um escritor abrasivo, inteligente, perspicaz, e com um sentido de oportunidade e de humor tão «no ponto» que quase, quase, se torna irrisório ler o que seja após uma obra sua. À Procura de Alaska fez-me apaixonar e valorizar o conceito de amizade, A Culpa é das Estrelas deixou-me, simplesmente, de rastos. E, confesso ainda, que pela primeira vez fui assolada por uma vontade irresistível de voltar a percorrer as páginas e os contornos de um livro, deste livro... algo que nunca antes aconteceu.

Uma aposta sublime, inesquecível, enternecedora por parte da Livros com Sentido, num autor que não só é um fenómeno, como escreve sobre temas importantes, temas profundos sobre e para pessoas. Para mim, um dos melhores romances do ano... num livro deveras impressionante e que, dificilmente, irei esquecer. Brilhante.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Novidade ASA - "A Culpa é das Estrelas", John Green


Perspicaz.
Arrojado.
Irreverente. 
Cru. 

Título: A Culpa é das Estrelas
Autoria: John Green
N.º Páginas: 256

Lançamento: 3 de Setembro
PVP.: 15,90€

Sinopse: Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. 

A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.

Sobre o autor:
John Green é autor de vários bestsellers do The New York Times. Recebeu o Michael L. Printz Award e o Edgar Award. Foi por duas vezes finalista do L. A. Times Book Prize. Os seus livros foram traduzidos em mais de vinte línguas. John é também cocriador, com o seu irmão Hank, do vlogbrothers, uma série de vídeos on-line que já foram visionados mais de 100 milhões de vezes. 

Imprensa:
«Muito perto da genialidade. Simplesmente devastador.»
Time Magazine

«John Green não é apenas um autor. É uma vedeta multimédia que se apresenta perante auditórios de mil lugares de fãs aos gritos.»
Los Angeles Times

Do mesmo autor:

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Sereia, Carolyn Turgeon [Opinião]




Título Original: Mermaid
Autoria: Carolyn Turgeon
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 235
Tradução: Irene Daun e Lorena & Nuno Daun e Lorena


Sinopse:

A princesa Margrethe está escondida num convento porque o seu reino está em guerra e um dia, no jardim que dá para o mar gelado, testemunha um milagre: uma sereia emerge das ondas com um homem nos braços, moribundo. Quando chega à praia, a princesa descobre que a sereia desapareceu no mar e enquanto trata do belo estranho, descobre que é um príncipe e também o filho do grande rival do pai. Certa de que a sereia lhe entregou aquele homem por uma razão, Margrethe engendra um plano para acabar com a guerra no seu reino.
Entretanto, a princesa Lenia anseia voltar para o homem que transportou para terra e não se importa de trocar o seu mundo, a sua voz e até a sua saúde por umas pernas e a possibilidade de lhe conquistar o coração...


Opinião:

Quando o mar é o nosso mundo, a nossa casa, ultrapassar a ânsia e o desejo acumulado de explorar a superfície, de descobrir o que foi escrito nas estrelas, torna-se algo extremamente complicado de alcançar. Porém, assim que o amor verdadeiro entra na equação, mostrando nuances nunca antes vividas, nunca antes sentidas, talvez a curiosidade do desconhecido seja forte o suficiente para a dor do abandono, da fuga e do sacrifício tomar conta de uma sereia que somente pretende ser aceite e... ser amada.

A Sereia trata-se de uma maravilhosa reinterpretação de uma das mais aclamadas e apaixonantes histórias infantis – A Pequena Sereia. Adquirindo contornos bem mais obscuros e funestos, este é um romance que rapidamente capta a atenção do leitor adulto, ao se centrar, não unicamente no relacionamento interdito e incompleto entre uma princesa do mar e um futuro rei terrestre como, e também, na ligação inquebrável e inexplicável que pode unir duas mulheres que partilham um sentimento comum de entreajuda mas que, inesperadamente, se acabam por tornar temíveis rivais.  
Carolyn Turgeon estreia-se em território português com uma escrita deliciosamente aprazível e um enredo que apela, em força, à sua leitura extrema. Mantendo-se fiel ao núcleo caracterizante da temática que aborda, Turgeon surpreende pela qualidade e beleza do seu texto narrativo, pela carga emotiva sentida ao longo de cada página e, sem esquecer, pelo novo fôlego criativo atribuído a uma história que todos nós, em algum ponto da nossa infância, escutámos ao deitar.

Avivada por um leque de personagens supremamente bem construído e, sem dúvida alguma, singular, esta é uma trama que apela às emoções do leitor quando este se vê confrontado com a impossibilidade de dois amores perfeitos.
Se, por um lado, Lenia oferece o que de mais magnífico o seu corpo contém em troca de um par de pernas e de uma oportunidade sem igual, por outro Margrethe age em prol de uma comunidade sem ninguém que lute por si, sem a presença de um único salvador. Contudo, a grande saliência manifesta-se na teia de conhecimento e amizade intuitivas que agarra estas duas excelentes figuras, mantendo-as unidas na dor, na alegria e na vida, em detrimento de mais uma qualquer batalha, física e emocional, onde nenhuma delas alguma vez conseguiria escapar impune.

O reino de Lenia é, decididamente, do mais belo que pode existir. A forma como a autora descreve toda a presença marítima, desde as várias espécies animais que partilham o seu espaço com tão encantadoras sereias, à própria natureza circundante e palaciana é, deveras, magnetizante. Mas também as passagens em terra firme, sob um sol escaldante ou junto às muralhas do mais extraordinário dos castelos são, à sua maneira, sublimes. A par com diálogos esclarecedores e atitudes maduras, adultas, este é um enredo com todos os ingredientes certos para triunfar, mesmo quando a presença do fantástico se cinge às peculiaridades envolventes da personagem de Lenia, e às provações por esta decididas.

Um livro onde o amor e a amizade detém o papel principal, e onde é importante aprender que, mesmo quando o destino que sempre sonhámos e pelo qual lutámos nos pareça fugir por entre os dedos, a experiência, o pequeno tempo partilhado, são memórias, recordações triunfantes que nos marcarão para sempre. Para quê desistir, para quê pensar, quando a vida é tão curta e tão cheia de mistérios?
Mais uma incrível aposta por parte da Planeta Manuscrito, numa obra que não só apela ao olhar através de uma capa extraordinariamente magnífica, como, e em igual medida, alicia a ler, com uma autora que, certamente, ainda irá dar muito que falar. Gostei.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Novidade Planeta - "Gwenhwyfar", Mercedes Lackey


A mítica Avalon.
Os cavaleiros da Távola Redonda.
O Rei Artur e a sua bela e enigmática mulher. 

Título: Gwenhwyfar - O Espírito Branco
Autoria: Mercedes Lackey
N.º Páginas: 392

Lançamento: Já disponível
PVP.: 20,95€

Sinopse: Quando a guerreira Braith anuncia que a jovem princesa Gwen foi marcada por Epona, a deusa dos cavalos, o pai de Gwen permite-lhe enveredar pelo caminho de uma mulher guerreira. Mas tudo muda quando Artur precisa dos cavalos do pai; este querendo ascender a uma posição social mais elevada oferece a mão da jovem Gwen e, como dote, os cavalos de que o rei necessita. Casada por imposição e ensombrada pelas histórias das outras Gwens, solitária acaba por se apaixonar por Lancelot, o mais próximo companheiro de Artur, e desafiar Mordred, filho ilegítimo de Artur nascido por artes mágicas. 

A crescer numa Inglaterra onde os costumes antigos estavam a ser suplantados pela influência do Cristo Branco, Gwenhwyfar move-se num mundo onde os deuses antigos ainda caminham entre os devotos pagãos, onde visões nublosas advertem contra perigos futuros e onde existem dois caminhos para uma mulher, o caminho da Bênção ou o caminho mais raro do Guerreiro.

Sobre a autora:
Mercedes Lackey escreve a tempo inteiro e já publicou inúmeros romances e contos, incluindo a série de êxito Heralds of Valdemar. É também cantora lírica profissional e reabilitadora de aves selvagens com licença. Vive em Oklahoma com o marido e colaborador, o artista Larry Dixon, e o seu bando de papagaios. 
Vencedora do Pegasus Awards e do Sturgeon Awards
A consagrada Juliet Marillier é uma grande fã sua. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O diabo também chora, Sherrilyn Kenyon [Opinião]




Título Original: Devil May Cry
Autoria: Sherrilyn Kenyon
Editora: Chá das Cinco
Nº. Páginas: 299
Tradução: Ester Cortegano


Sinopse:

Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão... até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos - ou demónios mais graúdos - com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objectivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter... se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá mantê-lo... ou dá-lo a comer aos que o querem morto? 


Opinião:

Seja atlante, grego ou sumério, um deus é sempre sinónimo de respeito e poder, de bravura e um certo egoísmo. Mas quando esse mesmo deus se vê destituído dos dons que acompanham o seu estatuto imortal, o seu intelecto sobrenatural, nada o impedirá de procurar vingança, de desejar a morte aos que se interpuseram no seu caminho. Poucos são os corajosos que enfrentam um ex-deus furioso, marcado por um passado de terror, mas ainda menos são os que se permitem apaixonar perdidamente por um.

O diabo também chora retrata toda uma série de acontecimentos, pormenores e características de um grupo de personagens e panteões que, com o avançar da saga, veio responder a algumas perguntas deixadas para trás. Sin pode ser o protagonista deste romance, o homem que se forçará a abrir o coração quando a traição é um sentimento ainda tão recente, ainda tão doloroso no seu peito, mas com Katra como companheira, é inevitável não abordar uma das criaturas mais misteriosas e curiosas de todo o universo fantástico – Acheron.
Sherrilyn Kenyon é uma escritora exímia, de inconfundível talento. O modo como consegue manter o seu leitor expectante, numa agonia aprazível pela chegada do próximo volume da saga, da próxima história predatória, é intensamente maravilhosa no sentido em que o interesse e o empenho em se querer saber mais está sempre lá.

O protagonismo a duas vozes está presente, é sentido ao longo de toda a narrativa. Sin e Katra formam um casal indubitavelmente carismático e inesperado, onde a troca de comentários irónicos e trocistas são a base estável para um relacionamento comum mais profundo, assim como uma componente altamente desfrutável para deleite próprio do leitor. Mas também as aparições secundárias são de grande importância e magnetismo. Cada elemento tem o seu papel na demanda pela salvação humana e, aqui, não só Acheron alcança feitos extraordinários como Ártemis, Zakar e até os «maus da fita» são capazes de embalar o leitor numa aventura sem igual.
O que mais impressiona, no entanto, o que mais cativa ao percorrer estas páginas, não são propriamente os obstáculos malévolos que as personagens têm de defrontar, mas sim as batalhas pessoais às quais não mais podem fugir. Alguns segredos são revelados, alguns comportamentos são compreendidos e um ou outro amor é deixado a pairar no ar... juntamente com uma réstia de esperança, de que, no futuro, tudo se revolta pelo melhor e mais justo.

Do volume anterior para este, muito do cenário paradisíaco se viu submerso nas águas idílicas de uma Grécia irresistível, mas ainda que algumas personalidades errantes se tenham mantido à tona, a transformação foi tão grande e total que, do paraíso paisagístico, o leitor foi transportado para o éden do pecado, do vício. E é essa metamorfose de locais, essa facilidade com que Kenyon move os seus peões e, consequentemente, os seus leitores, um dos elementos de maior interesse de todo o enredo pois, dessa forma, fica perceptível, pelo lugar onde se encontram, parte da personalidade que perfaz cada uma das personagens a ser retratada. O que, por sua vez, resulta numa ligação mais fácil e compacta tecida entre interveniente e espectador.

No que a mim diz respeito, confesso ter uma adoração extrema por esta saga. E admira-me, profusamente, a capacidade da autora em conseguir agarrar o leitor à sua história «sem fim», mantendo o enredo sempre fresco, sempre apetecível. A sua escrita é quase cinematográfica, focando-se na essência que envolve o relacionamento entre as personagens, e nas descrições de detalhes imprescindíveis à trama e, por isso, sente-se uma fluidez e naturalidade incríveis aquando da leitura.

Esta é uma saga que aconselho a qualquer aficionado por fantasia urbana com um certo toque de sensualidade. Uma aposta indispensável e verdadeiramente apaixonante por parte da Chá das Cinco, uma chancela bem feminina da reconhecível Saída de Emergência. Gostei muito.  

Novidade Saída de Emergência - "Anjo Sombrio", Cynthia Hand


Um romance sobrenatural... divino!

Título: Anjo Sombrio
Autoria: Cynthia Hand
N.º Páginas: 288

Lançamento: Já disponível
PVP.: 17,91€

Sinopse: Durante meses, Clara Gardner treinou para enfrentar o incêndio das suas visões, mas nada a preparou para a escolha que teria de fazer nesse dia. E no rescaldo do incêndio, descobriu que ao contrário do que pensava, nada é o que parece quando se tem sangue de anjo. Agora, está dividida entre o amor que sente por Tucker e as dúvidas que Christian lhe desperta, pelos papéis que ambos parecem estar destinados a assumir num mundo que tem tanto de belo como de perigoso. Clara debate-se ainda com uma revelação chocante: alguém que ama vai morrer dentro de meses. Perante um futuro incerto, a única certeza que Clara possui é a de que o incêndio foi apenas o início. Depois de Celestial, Cynthia Hand retrata a alegria do primeiro amor, a angústia da perda e a desorientação por que passamos ao descobrir quem somos. 

Sobre a autora:
Cynthia Hand divide o seu tempo entre o sul da Califórnia, onde vive com o marido e o filho, e o sudeste de Idaho, perto das Montanhas Teton. Dá aulas de escrita criativa na Universidade de Pepperdine. 

Da mesma série:


domingo, 26 de agosto de 2012

Novidade Chá das Cinco - "Bruxa Endiabrada", Kim Harrison


Em Hollows os vampiros são apenas o início...

Título: Bruxa Endiabrada
Autoria: Kim Harrison
N.º Páginas: 496

Lançamento: Já disponível
PVP.: 17,76€

Sinopse: Apesar de namorar com um vampiro e viver com outro, Rachel Morgan conseguiu sempre manter-se um passo à frente dos problemas... até agora. Um tenebroso assassino em série fez das ruas de Cincinnatti o seu terreno de caça e ninguém está a salvo, seja humano, Inderlander ou morto-vivo. Talvez a única maneira de parar esse assassino seja uma misteriosa relíquia que se encontra nas mãos de Rachel Morgan, destemida caçadora de recompensas e bruxa temerária. Mas revelar tal artefacto poderá dar início a uma batalha apocalíptica entre as diversas raças sobrenaturais de Hollows. A decisão pode salvar vidas... ou matar muitas mais! Mais uma vez, Rachel não pode falhar pois o preço a pagar é algo de mais. 

Sobre a autora:
Kim Harrison nasceu no Midwest, EUA, e ganhou fama com a sua série de fantasia urbana Rachel Morgan, sobre as aventuras de uma bruxa detective. Após o sucesso do seu primeiro livro, Uma Bruxa em Apuros, Kim Harrison passou a dedicar-se a tempo inteiro à escrita. É membro do Romance Writers of America e Science Fiction and Fantasy Writers of America. Vive actualmente na Carolina do Sul. 

Da mesma série:

   
                                        Opinião                   Opinião

   
                                 Opinião

sábado, 25 de agosto de 2012

Novidade Planeta - "Raptada", Lauren DeStefano


E se soubessemos em que dia morremos?

Título: Raptada
Autoria: Lauren DeStefano
N.º Páginas: 256

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,65€

Sinopse: Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa. Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta. 

Imagine-se numa sociedade onde, graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas: os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte.
As raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça...

Sobre a autora:
Lauren DeStefano licenciou-se em Letras e especializou-se em Escrita Criativa no Albertus Magnus College, em Connecticut. Raptada  é o seu primeiro livro. 
Lauren alcançou os primeiros lugares no top do New York Times, confirmando-se como um novo talento na ficção distópica, tendo o segundo livro desta série entrado directamente para o primeiro lugar. Vive em Connecticut. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Resultado do Passatempo «Especial Michael Grant»


Chegou, finalmente, o momento de revelar quem irá receber em casa um exemplar de Desaparecidos, Fome e Mentiras. Neste que foi o primeiro EspecialMichael Grant – posso revelar que, mesmo havendo a possibilidade de a resposta em questão não ser, inteiramente, real, a verdade é que tem um humor muito profundo e característico e, como tal, eu não lhe consegui resistir.
Assim sendo, o Pedacinho, após análise de todas as participações recebidas, e com o inconfundível apoio da Planeta Manuscrito, anuncia que a pessoa vencedora é:

João Paulo (...) Mira

Deixo-vos ainda com a resposta escolhida:

«Desde há algum tempo que tenho duas mulheres, sou casado com uma e vivo em união de facto com outra, nenhuma delas sabe da existência da outra e cada uma vive numa casa diferente em cidades diferentes mas não muito longe entre si. Vou-me dividindo entre as duas e utilizo o meu emprego, sou director numa empresa de investimentos, como desculpa para estar com uma em vez da outra dizendo que fui em viagem de negócios por uns dias. Já inventei que fui para Roma, Paris, Abu Dhabi e até Madagáscar. Tenho no escritório uma caixa cheia de jóias para ir oferecendo às duas nas ocasiões especiais para não correr o risco de oferecer uma jóia igual às duas e até tenho um apelido íntimo diferente para as duas, para que quando falarem de mim com as amigas não haver perigo de alguém descobrir que sou a mesma pessoa, enfim tenho tudo controlado ao milímetro. Recentemente uma amiga de uma das minhas mulheres descobriu o esquema só que como achou uma certa graça não contou nada a ninguém e acabamos por nos envolver, ou seja passei a ter 2 mulheres e uma amante. Passou a ser um pouco mais difícil manter 3 mulheres ao mesmo tempo mas tenho conseguido resolver todos os problemas, uma vez por exemplo apeteceu-me ir ao encontro da minha amante só que, se com uma das mulheres não havia problema pois "supostamente" estava em Nova Iorque, com a outra era mais difícil pois estava em casa, então tive a ideia de dizer que ia a uma reunião de emergência no escritório com um grupo de japoneses e saí mal sabendo que ela ficou desconfiada e seguiu-me de carro. Felizmente reparei a tempo e ainda do interior do meu carro peguei no telemóvel, pedi a um conhecido meu dono de uma agência de figurantes para enviar para o meu escritório uma data de tipos de ascendência asiática vestidos de fato e gravata, pedi ao meu assistente para tratar do resto e fui em direcção da empresa. quando a minha mulher entrou de rompante na sala e viu a suposta reunião a acontecer mesmo, a cara que ela fez foi hilariante e durante uma semana fez-me as vontadinhas todas como pedido de desculpas por ter desconfiado de mim.
É esta a minha mais escandalosa e inimaginável mentira para a qual ainda vou precisar de muita inteligência e muito jogo de cintura para manter, desejem-me sorte ;).»

Boas leituras!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mentiras, Michael Grant [Opinião]




Título Original: Lies
Autoria: Michael Grant
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 336
Tradução: Victor Antunes


Sinopse:

Sete meses passaram desde que todos os adultos desapareceram da ZRJ (abreviatura de Zona Reactiva Juvenil).
Tudo agora vai acontecer numa só noite.
Uma rapariga que tinha morrido circula agora entre os vivos. Zil e o Bando dos Humanos incendeiam Perdido Beach; entre o fumo e as chamas, Sam entrevê a silhueta da pessoa que mais teme: Drake.
Mas Drake morreu. Sam e Caine venceram-no, assim como à Sombra. Pelo menos assim pensavam.
Enquanto Perdido Beach arde, a batalha também está acesa: Astrid contra o conselho municipal; o Bando dos Humanos contra os mutantes; e Sam contra Drake, regressado do reino dos mortos e desejoso de acabar com aquilo que ele e Sam deixaram por concluir.
Entretanto, e à semelhança do próprio fogo, há boatos que alastram, espalhados pela Profetisa, Orsay, e pela sua companheira, Nerezza. Afirmam que a morte é um meio de fugir da ZRJ.
As condições são piores do que nunca, e os jovens estão desesperados por sair.
Mas estarão suficientemente desesperados para acreditarem que a morte os poderá libertar?


Opinião:

A possibilidade de sobrevivência pode ser uma incerteza constante, mas enquanto a vontade persistir, qualquer problema, qualquer situação inesperada e aparentemente impossível de solucionar será tratada com toda a força, toda a garra essencial à subsistência numa terra que de alegria, de segurança e de amor, pouco tem a oferecer.
O medo é uma sensação certa, recorrente, palpável no ar, mas a união e o desejo de se ser melhor, de se ser mais, de se ajudar e de lutar, será o ponto chave que poderá, ou não, mudar o rumo altamente destrutivo e violento que se aproxima, vindo de um futuro muito, muito próximo.

Mentiras trata-se de um romance do fantástico e da ficção científica que aloja em si a agressiva, a extraordinária capacidade de não só impressionar o seu leitor como, e acima de tudo, surpreender a cada página lida onde um enredo, repleto de potencial, atinge calamidades tais que o fôlego é cortado e a pele fica completamente arrepiada.
Michael Grant pode não ser um escritor de grandes descrições, mas a verdade é que até as pequenas notas, frases soltas aqui e ali, são suficientemente precisas, correctas e exigentes ao ponto de, também elas, se tornarem afectáveis. Quanto aos diálogos, e às emoções, não há como esconder, não há como fugir. Sentindo tudo à mais leve brisa, à flor da pele, o autor consegue o feito de conjugar todas as componentes narrativas de forma exímia e bastante perturbável, o que contribui para o seu enorme sucesso.

Numa obra feita de pequenas grandes personagens, estas permanecem como um dos pontos focais, mais importantes e comoventes, não só deste livro em particular como de toda a série. Cada vez mais torna-se impossível, altamente improvável, eleger somente um ou dois intervenientes como aqueles que sofreram, enfrentaram ou lutaram as maiores e mais compactáveis, complexas batalhas, pois a verdade é que todos eles, no seu conjunto, são especiais, são únicos, são... valorizados. Até aquela presença quase insignificante, quase invisível pode ser o catalisador preciso numa ou noutra dada situação, e é esta reverência, esta atenção dada às personagens, por parte de Grant, que permite ao leitor emocionar-se e arrepiar-se com tudo o que de desumano, de desastroso e desesperante se passa na ZRJ, e no que a rodeia.

O cenário continua inconstante, instável, sofredor. As perseguições mantém-se, o Bando dos Humanos teima na sua demanda de erradicar todos os anormais, todos aqueles que detém, em si, o poder de algo brilhante e incompreensível, os mortos erguem-se das suas sepulturas e vagueiam arduamente pelos sinuosos caminhos da vingança, e até aquelas amizades profundas, extremamente carecidas, exigidas, reclamáveis, sofrem alterações, danos que poderão ser fatais.
Não restam dúvidas de que Grant criou, com esta série, uma história onde os rodeios, os floreados, são prontamente colocados de parte. A escrita é rigorosa, destorcida, provocadora. O leitor não tem outra solução que não a de seguir as inúmeras acções presentes ao longo da trama, insuportavelmente sequioso por uma resposta, por uma réstia de esperança, uma pequena, mesmo ínfima, luz ao fundo do túnel. E é esta impotência, esta fraqueza, esta impossibilidade de nós, enquanto meros espectadores, alterarmos o rumo da história, que torna a leitura viciante.

Uma grande aposta por parte da Planeta Manuscrito, numa série que não só tem todos os ingredientes certos para se transformar num inabalável sucesso, como também possui em si o dom de agradar a um vasto e diversificado leque de leitores. É que o facto de retratar a vivência e os problemas de um grupo de crianças e adolescentes, não é motivo nem razão para que um público mais adulto coloque os livros de lado... aliás, estas são personagens maduras, que se viram obrigadas a crescer quando deveriam de estar a passar os melhores anos das suas vidas. Gostei.

Novidade Planeta - "Paixão", Lauren Kate


Uma história de amor entre anjos e humanos, vibrante e apaixonada, que rapidamente conquista o coração dos leitores.

.
Título: Paixão
Autoria: Lauren Kate
N.º Páginas: 264

Lançamento: Já disponível
PVP.: 17,76€

Sinopse: Luce era capaz de morrer por Daniel. E morreu, vezes sem conta. Luce e Daniel encontraram-se e separaram-se penosamente ao longo dos tempos: ela morte e ele só, com o coração despedaçado. Mas talvez não tenha de ser assim...
Luce tem a certeza de que qualquer coisa - ou alguém - numa vida passada pode ajudá-la e começa a jornada mais importante desta sua vida... recuar eternidades para testemunhar em pessoa os seus romances com Daniel e, por fim, desvendar o mistério que não a deixa ser feliz. 
Cam e as legiões de anjos e Proscritos, desesperados, tentam apanhar Luce, mas não tanto quanto Daniel, que a procura ao longo do passado em comum, aterrorizado com o que pode acontecer se ela reescrever a História porque o seu amor ao longo dos séculos pode desaparecer em chamas... para sempre. 

Com os direitos de adaptação para cinema já comprados pela Disney, e com estreia prevista para 2013, a tetralogia iniciada com Anjo Caído promete colocar figuras angelicais nos corações dos leitores.
Porque o amor nunca morre...

Sobre a autora:
Nascida e criada em Dallas, Lauren Kate estudou em Atlanta, mas foi em Nova Iorque que se iniciou na escrita. Depois da publicação de The Betrayal of Natalie Hargrove, descobriu o êxito com Anjo Caído. Lauren Kate é professora e tem um mestrado em Escrita Criativa pela Universidade da Califórnia-Davis. Reside com o marido em Los Angeles. 

Em Outubro, os fãs desta tetralogia poderão já ver editado o quarto e último volume - Êxtase.

Da mesma série:

   
                                  Opinião

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Passatempo "Felizes para Sempre", Patricia Scanlan


Em colaboração com a incomparável Quinta Essência, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar de uma das mais aguardadas continuações do género romântico feminino, Felizes para Sempre, da autoria de Patricia Scanlan. 

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico prémio, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios.
Por favor, tenha em atenção das regras do passatempo!

As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui!


Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 29 de agosto (quarta-feira).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletas serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio, de exemplares enviados por si e/ou pela editora em questão.



Boa sorte a todos!

2009 Pedacinho Literário. All Rights Reserved.