sábado, 24 de março de 2012

O Poder de Seis, Pittacus Lore [Opinião]



Título Original: The Power of Six
Autoria: Pittacus Lore
Editora: Editorial Presença
Coleccção: Noites Claras, N.º 12
Nº. Páginas: 381
Tradução: Rita Figueiredo


Sinopse:

O Poder de Seis é a sequela de Sou o Número Quatro e a acção retoma o ponto em que tinha ficado no livro anterior. Do grupo dos nove Garde que conseguiram escapar à destruição do planeta Lorien pelos Mogadorianos, restam apenas seis. Eles escondem-se, misturam-se com os humanos e evitam o contacto uns com os outros... só que os olhos dos Mogadorianos estão por toda a parte e escapar-lhes revela-se uma missão quase impossível. Mas, apesar dos seus poderes estarem a desenvolver-se, será que os Garde continuam a acreditar na sua missão? E terá a Número Seis, a rapariga com poderes inimagináveis, a força suficiente para reunir todo o grupo dos Garde? Acção e suspense garantidos neste livro de Pittacus Lore, que foi um bestseller nos EUA. 


Opinião:

Dos nove iniciais, restam seis. Seis jovens espantosamente dotados e de uma importância extrema na contínua segurança do planeta Terra. Seis jovens que foram afastados pelo destino mas que se procuram reunir para uma luta que ditará, em finito, o futuro da humanidade... e de Lorien. Seis jovens que sofrem de desprotecção e que não sabem, de todo, se conseguirão, sequer, sobreviver até à chegada desse glorioso dia final...
O poder está à solta mas com ele, também está o mal. E na figura de criaturas horrendas e perigosas, que obtêm prazer a espalhar o medo, nada estará seguro ou será, alguma vez, certo.

O Poder de Seis trata-se da surpreendentemente frenética e vibrante continuação de uma narrativa que, já no ano passado, tinha captado o meu interesse – Sou o Número Quatro. Talvez conheçam este último título devido à recente adaptação cinematográfica do mesmo mas, uma coisa vos garanto, não há nada como ler os livros! Bem mais rigoroso e pormenorizado que a perspectiva oferecida pelo grande ecrã, O Poder de Seis é um enredo que, mesmo direccionado a um público mais juvenil, não deixa de agradar e entreter todos aqueles que encontram na fantasia e na ficção científica um refúgio contra a negatividade do dia a dia. Sendo uma história contada de forma fluida e bastante simples, na voz de dois intervenientes importantes para o desenrolar da trama, este sequela só vem confirmar a força da imaginação residente por trás do nome de Pittacus Lore – uma personagem ausente que, de quando em vez, figura por entre as páginas das duas obras.

Enquanto Sou o Número Quatro se centra, quase em exclusivo, na intervenção de John Smith na narrativa assim como naqueles que o acompanham na alucinante viagem que perfaz a sua existência, O Poder de Seis vem conferir destaque – e alargar horizontes – a outras personagens que, igualmente importantes e decisivas, em muito contribuem para o confronto final que a passos largos se aproxima. Assim, neste segundo livro sobre os extraterrestres mais apelativos do planeta Lorien, o leitor vê-se dividido não só entre a perspectiva de John que continua junto da número Seis e do seu melhor amigo humano Sam, mas também diluído na pele de uma nova personalidade, a número Sete, que, residente em Espanha num convento de freiras, faz os possíveis por encontrar uma solução para o problema que a sua estada prolongada naquele lugar acabou por originar. Desse modo e ao longo das várias páginas deste livro, o leitor vai ficando a conhecer os motivos e impulsos que levam o pequeno grupo de três a saltar, numa constante, de lugar em lugar ao mesmo tempo que se vai enternecendo com uma jovem rapariga que somente deseja seguir com o seu destino e tornar-se útil.

Em termos de enredo, O Poder de Seis oferece uma faceta bem mais activa e aliciante do que o livro anterior. Fica bastante claro, logo desde o início, que o perigo se encontra à espreita, à procura de uma oportunidade de ataque, e as incontáveis fugas por parte de John e companhia, as descobertas que vão fazendo sobre os artefactos lorianos e os hábitos dos Mogadorianos, assim como a aparente estagnação da número Sete – Marina –, fazem com que o leitor se sinta impulsionado de tal maneira a continuar a leitura que, inevitavelmente, lerá este livro de um só fôlego. Os dois POV’s, em particular, e toda a informação distinta mas, ainda assim, relacionada que expõem ao leitor faz com que este pequeno pormenor seja dos mais agradáveis de todo o livro. Adorei estar a par das peripécias de John e dos inúmeros problemas que se lhe atravessam no caminho, mas foi igualmente interessante ficar a conhecer, intimamente, mais um dos Garde – assim como todo um leque de intervenientes secundários que, sem dúvida, enalteceram a obra através da «novidade» que representam.

Noites Claras trata-se de uma colecção da Editorial Presença que simplesmente adoro, pois as obras que alberga possuem um certo toque especial e único em histórias que, aparentemente normais ou banais, atingem sempre um patamar diferente. O Poder de Seis, ou mesmo Sou o Número Quatro, não são excepção e é por isso que espero que as pessoas lhe dêem uma oportunidade. Mesmo sendo livros para jovens, não me restam dúvidas que de qualquer idade os pode ler...
Eu gostei e afirmo ter sido uma leitura fantástica para fugir à rotina, que não só me permitiu soltar umas quantas gargalhadas e sorrisos, como me deixou receosa para com as personagens que, em situações de grande aperto, se viram a mãos com um destino cruel. Estou super curiosa para saber o que vai acontecer a seguir... principalmente tendo em conta a forma como O Poder de Seis terminou.

Para mais informações, consulte aqui!

2 comentários:

Ana Santos disse...

Estou ansiosa por começar a ler este livro, visto ter adorado o anterior, mas infelizmente ainda não o tenho.
Gostei bastante da opinião!
Boas leituras:)

Pedacinho Literário disse...

Obrigada, Ana. Espero que possas desfrutar desta leitura muito em breve. :)

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