segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A Loja dos Suicídios, Jean Teulé





Título Original: Le magasin des suicides
Autoria: Jean Teulé
Editora: Guerra e Paz
Coleccção: Tempos Modernos
Nº. Páginas: 160
Tradução: Susana Serrao


Sinopse:

“É uma lojinha onde nunca entra um raio de Sol”. Imagine um negócio de família que envolve a venda de todos os ingredientes possíveis para a prática do suicídio, nas suas mais diversas formas. Corda, pistolas, facas, venenos e toda uma panóplia de produtos mortíferos. São cinco as personagens que compõem esta família atípica que gere a loja há várias gerações: os pais, profissionais, comerciantes; o filho primogénito, deprimido crónico mas extremamente criativo no seu domínio; a irmã, exemplo típico da adolescente inadaptada; e finalmente o irmão mais novo, verdadeiro grão de areia na engrenagem deste comercio lúgubre: é que ele se atreve a sorrir e a ser... optimista. Com uma ambiência digna de um filme de Tim Burton, A Loja dos Suicídios é uma comédia negra futurista que invoca o grande adversário da família Tuvache e do seu sinistro empreendimento: a alegria de viver.


 Opinião:

Antes de iniciar a leitura de O Homem Pintado, e após ler diversas críticas acerca deste pequeno e humorístico livro, decidi dar-lhe uma oportunidade e presentear-me com uma leitura leve antes de tamanho monstro literário. Devo dizer que, embora as imensas e altas expectativas com que iniciei esta história, não saí imensamente desiludida mas... o livro também não conseguiu alcançar o que eu esperava.

A ideia é magnifica e muito divertida. De uma família de cinco elementos, quatro encaram a morte com tamanha naturalidade que chegam a transformá-la em algo agradável enquanto que um quinto elemento, o filho mais novo, de perspectiva completamente contrária às crenças e negócio da família, vê a morte como algo supérfluo e como tal tenta sempre encontrar (e encontra mesmo) o lado bonito e optimista das coisas. Contudo, e apesar de ser um livro humorístico, senti que algumas das referências e situações eram um bocado forçadas. Mantive sempre um sorriso traquina nos lábios mas contava com algo diferente, mais arrojado, mais excêntrico. Outro aspecto negativo são as descrições, penso que em algumas partes o autor se perde por entre palavras, acabando por desenvolver algo que aparentemente não faz grande sentido. Também neste campo, senti que ao longo do livro o autor se foi retendo nas palavras, optando por um tipo de escrita mais dirigido a guiões que propriamente literário. Ainda assim, é um livro descontraído e óptimo para ler entre leituras. O final é algo inesperado, apesar de inicialmente, já na situação, se prever o pior, quando surge a frase final é sempre um choque. Eu, pelo menos, fiquei boquiaberta. 

sábado, 26 de dezembro de 2009

Prazer da Noite, Sherrilyn Kenyon






Título Original: Night Pleasures
Autoria: Sherrilyn Kenyon
Editora: Chá das Cinco
Nº. Páginas: 301
Tradução: Rita Guerra


Sinopse:

“Querida leitora,
Alguma vez quis saber como era ser imortal? Viajar pela noite caçando os vampiros que perseguem os humanos? Ter riqueza e força ilimitadas? Essa é a minha vida e é escura e perigosa. Sou herói de milhares, mas ninguém me conhece. E adoro todos os minutos. Pelo menos era o que eu pensava até que, certa noite, acordei algemado ao meu pior pesadelo: uma mulher conservadora, de camisa apertada de cima a baixo. Ou, no caso de Amanda, abotoada até ao queixo. É inteligente, sensual, espirituosa e não quer ter nada a ver com o paranormal, por outras palavras, comigo. A minha atracção por Amanda Devereaux vai contra tudo aquilo que represento. Já para não dizer que, da última vez que me apaixonei, isso me custou não só a minha vida humana como a minha alma. Ainda assim, sempre que olho para ela, dou por mim a desejar tentar de novo. A desejar acreditar que o amor e a lealdade existem. Ainda mais perturbador, dou por mim a perguntar se haverá alguma forma de uma mulher como Amanda amar um homem cujas cicatrizes da guerra são profundas, e cujo coração foi ferido por uma traição tão selvagem que não sei se voltará a bater de novo.

Kyrian da Trácia


Opinião:

Depois da publicação de “Amante de Sonho”, o primeiro volume desta fantástica série de Predadores da Noite, e de “Acheron” que, apesar de ser o décimo quinto volume foi ainda assim publicado pela Casa das Letras, surge no mercado “Prazer da Noite”, um livro apaixonante que vem retratar os receios e dissabores de Kyrian da Trácia, guerreiro e príncipe da Grécia Antiga.

Confesso ter gostado mais de “Amante de Sonho” que deste segundo volume, talvez por se tratar de uma réplica em termos de modo de escrita e situações encontradas ou, quem sabe, apenas por ser uma outra forma de retratar o universo vampírico que, actualmente, tem vindo cada vez mais a fazer peso nas livrarias e estantes caseiras. Não quero com isto dizer que achei o livro mau ou que não fez de todo o meu género, não, isso seria estar a mentir... De facto, “Prazer da Noite” trás consigo uma das personagens mais emblemáticas e provocadoramente cativantes da saga de Sherrilyn Kenyon. Kyrian Hunter é o homem perfeito, embora vampiro e sem alma, e o seu feitio difícil e indeciso transformam-no num elemento extraordinariamente especial e único neste livro. Simplesmente magnífico.
Em termos de narrativa, fiquei bastante satisfeita em descobrir um pouco mais acerca deste mundo elaborado pela autora e que tão facilmente encanta o leitor – vampiros, predadores, demónios, guerreiros e deuses... Sem dúvida uma obra a não perder para todo o amante de romance paranormal com diversas pitadas de sensualidade e erotismo. Uma leitura leve e extremamente agradável, totalmente viciante!
Um livro que recomendo pela sua simplicidade e fantasia.


P.S. – Embora algo tardio, desejo a todos a continuação de umas excelentes férias (para quem for o caso disso), espero que o Natal tenha sido delicioso e que o próximo ano vos encha de coisas boas!!! 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ghostgirl - A Rapariga Invisível, Tonya Hurley






Título Original: Ghostgirl
Autoria: Tonya Hurley
Editora: Contraponto
Nº. Páginas: 335
Tradução: Rosa Amorim


Sinopse:

Quando a popularidade é uma questão de vida ou de morte

“Eu era apenas mais uma pessoa no mundo, mas o meu sonho era ser o mundo de uma pessoa.”

Charlotte Usher sente-se praticamente invisível na escola, até que um dia fica mesmo. Pior ainda, descobre que está morta... e tudo por causa de um rapaz e de um urso de goma. No entanto, a morte não impede Charlotte de seguir com os seus planos. Bem pelo contrário! Torna-se mais criativa e capaz de fazer qualquer coisa para atingir os seus objectivos: ser popular e conquistar Damen, o rapaz por quem se apaixonou.


Opinião:

Após tanto tempo ausente lá consegui encontrar um buraquinho no meu horário para vir aqui. E que contente fiquei ao descobrir que, ainda para mais, tinha selinhos!! Obrigado a todos. x)

Hoje venho falar de Ghostgirl, o último livro que li. Confesso que fui logo atraída pela capa e pelo fantástico trabalho gráfico que incluíram neste livro. Maravilhoso! Quanto à história... Posso dizer que apesar de abordar um tema com uma premissa bastante comum “rapariga invisível apaixona-se por rapaz popular”, Tonya Hurley conseguiu trazer algo de inovador e humorístico a toda a narrativa, além de que o fim acaba por ser ligeiramente diferente do que aquilo que inicialmente se está à espera.
Gostei particularmente da personagem principal, Charlotte, uma rapariga normal que morre engasgada com uma goma (quão mais peculiar podia ser?) e que daí a adiante se vê confrontada com um universo totalmente novo e desconhecido, mundo esse que demora a aceitar por ainda se encontrar fortemente ligada à vida. Porém, o que mais me deliciou em todo o livro, ainda mais que o aspecto gráfico e a história em si, foram os pequenos textos presentes no início de cada capítulo. Achei fantástica a forma como a autora consegue resumir o essencial da história em meia dúzia de textos soltos e que, ao mesmo tempo, conseguem ser tão acertados e tão orientados para a vida comum dos seus leitores. Por diversas vezes me vi estupefacta a pensar o quão vital e inesperadamente semelhante aquelas palavras se interligavam à minha personalidade e às minhas experiências de vida. Simplesmente magnífico!

É um livro que recomendo, dirigido a todas as idades, principalmente porque nos faz pensar naquilo que é verdadeiramente importante e no factor tempo que a nossa estada aqui pode suportar. Deixo ainda dois dos textos que mais gostei.


Não podes ter tudo.
 O amor é demasiado poderoso para poder ser escondido por muito tempo. Nega-o e sofrerás as consequências. Reconhece-o e sofrerás as consequências. Revelá-lo pode ser embaraçante ou libertador. Cabe aos outros decidir qual dos dois será. 

Eu amo-te, mas não estou apaixonada por ti.
 Esta distinção é falsa. É, aliás, bastante enganosa, se pensarmos bem. O amor é o amor. O que realmente se quer dizer com “estar apaixonado”é obsessão, vício, paixão, mas não amor. Estar apaixonado é mais uma declaração das necessidades e dos desejos do que uma tentativa de satisfazer o outro. Em contrapartida, o amor verdadeiro é uma ponte entre duas pessoas. Charlotte precisara da maior parte da sua vida, e de toda a sua pós-vida, para chegar a esta conclusão.”

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tempo....


Olá a todos… Já vai tempo desde a última vez que aqui vim. Entretanto recebi novos selinhos e novos seguidores, um obrigado a todos.
Leituras… Completamente interrompidas. A Universidade tem-me tomado o tempo todo e agora com o Festival de Cinema do Estoril (uma vez que Cinema é a minha área de estudo) os horários têm andado trocados e os livros a acumular na mesa de cabeceira. Coloquei Acheron de parte, In Tenebris apenas li os primeiros dois ou três capítulos e Ghostgirl apoquenta-me a curiosidade. Espero, uma vez chegado o fim-de-semana, que tudo acalme e que novamente possa dedicar um pouco mais do meu tempo livre a este hobbie que eu tanto adoro!
Até lá, e tendo em conta a minha ausência, aproveito este post para também agradecer em especial a todos os blogues que me enviaram selinhos e para lhos retribuir (assim como a todos os seguidores do blog).

Espero encontrarmo-nos em breve com mais opiniões e comentários.

Beijinhos e Boas leituras!! 

domingo, 25 de outubro de 2009

O Beijo do Highlander, Karen Marie Moning




Título Original: Kiss of the Highlander
Autoria: Karen Marie Moning
Editora: Saída de Emergência
Nº. Páginas: 317
Tradução: Teresa Martins de Carvalho


Sinopse:

Exausta do trabalho e saturada do quotidiano, Gwen Cassidy decide marcar uma viagem à Europa. O destino escolhido são as verdes Highlands da Escócia. Mas a esperança de encontrar o homem dos seus sonhos desvanece quando percebe que a sua fantástica viagem é afinal uma excursão de idosos. Frustrada, decide deambular sozinha pelas colinas de Loch Ness. Distraída com as maravilhosas paisagens, acaba por escorregar e cair numa caverna há muito abandonada.
Nessa caverna, jaz Drustan MacKeltar, um lorde escocês adormecido por um feitiço há quinhentos anos. Apesar de completamente atordoado pelas novidades do mundo moderno, Drustan começa a desenvolver um sentimento controverso pela fascinante personalidade de Gwen. Irreverente e impulsiva, ela não é nada como as mulheres que se cruzaram na sua vida. Será ela uma mulher à altura de um lorde como Drustan?
Agora Gwen terá de ajudar Drustan a regressar ao século XVI e desmascarar aqueles que interferiram com o seu destino. E depois será ela quem terá de lidar com um novo mundo, onde ser-se mulher é algo muito diferente daquilo a que está habituada.

Um romance com um aroma de fantasia que vai arrebatar.


Opinião:

O que dizer sobre esta obra... Provavelmente por muitas pessoas na comunidade blogger já terem lido este livro, o que aqui escreverei pode não ser de todo uma novidade, contudo, não será por isso que deixarei de colocar a minha opinião.

Um bocado saturada de não conseguir avançar na leitura de Acheron, que continua em pausa, decidi pegar neste romance fantástico que já há algum tempo tinha na prateleira. Foi com boas expectativas que enredei neste primeiro volume, O Beijo do Highlander, e com muitas desilusões que de lá saí. Estava à espera de uma história mais comovente, de um amor impossível entre um membro da espécie humana moderna e um ser dotado de artes mágicas do século XVI... mas em vez disso, encontrei uma história comum, repleta de mensagens e relatos druidas que, a meu ver e no seu geral, não deixa de ser apenas mais um livro de literatura fantástica.
Drustan é fascinante, disso não haja qualquer dúvida, o tipo de homem que qualquer mulher ambiciona encontrar: é inteligente, poderoso, forte, alto e musculado, bonito e protector. Defende quem ama com garras e dentes e não tem medo de mostrar aquilo que é. Gwen aparece com o mesmo tipo de personalidade mas no lado feminino, envergando o papel de física rebelde que se viu obrigada a seguir os passos e objectivos dos pais e que nunca conheceu a verdadeira essência do amor. Os dois juntos formam uma dupla invejável, mas fora o componente amo-te / odeio-te perfeitamente visível ao longo da obra, mais nada me pareceu de facto interessante (para além, também, dos conhecimentos que acabei por adquirir acerca dos druidas).
A narrativa torna-se um pouco enfadonha e, por vezes, a própria natureza do diálogo faz florescer um sentimento algo revoltoso por referenciar sempre o mesmo tipo de nomes, confesso que o moça já me irritava profundamente. De resto, tem uma escrita simples como tenho vindo a constatar ser natural neste tipo de obras e em alguns momentos conseguiu mesmo arrancar uma forte gargalhada do meu peito. Quero ler o volume seguinte, O Highlander Negro, mas mais por não querer deixar uma história a meio e não tanto por curiosidade ou pela plena vontade de ler mais. Espero sinceramente que o segundo volume me surpreenda.

Gostaria de saber a vossa opinião. x)

sábado, 17 de outubro de 2009

O Nome do Vento, Patrick Rothfuss







Título Original: The Name of the Wind
Autoria: Patrick Rothfuss
Colecção: 1001 Mundos
Editora: Gailivro
Nº. Páginas: 966


Sinopse:

“Chamo-me Kvothe. Resgatei princesas dos túmulos de Reis adormecidos, incendiei Trebon. Passei a noite com Felurian e parti com a sanidade e com a vida. Fui expulso da Universidade na idade em que a maioria dos alunos é admitida. Percorri caminhos ao luar que outros receiam nomear durante o dia. Conversei com Deuses, amei mulheres e compus canções que fazem chorar os trovadores. É possível que me conheçam.”

Assim se inícia uma história sem igual na literatura fantástica, uma história de um herói contada pela sua própria voz. É uma história de mágoa, uma história de sobrevivência, a história de um homem em busca o sentido do seu universo e de como essa busca e a vontade indomável que a motivou, fizeram nascer uma lenda.



Opinião:
Sinceramente? Nem sei por onde começar.

Li imensas criticas antes de comprar o livro. Estava algo renitente em adquiri-lo porque apesar de ser uma obra que desde logo prometia pelo seu imenso conteúdo criativo e inovador, também se falava muito em Harry Potter e Senhor dos Anéis, e por isso mesmo parte de mim começou a ponderar a ideia de que esta obra seria apenas a compilação de dois mundos distintos numa só história. Claro está que me enganei... E rapidamente percebi o porquê da menção destes dois universos mágicos e épicos; Harry Potter pela forte semelhança académica e mágica (ainda que um tipo de magia diferente), dotada de personagens jovens e de alguma forma ainda inocentes, e Senhor dos Anéis pelo imenso componente épico de lendas e mitos medievais, com criaturas e demónios estranhos, e línguas e terras fascinantes. Tudo isto em conjunto com uma série de aspectos singulares e únicos, misturado com personagens complexas, enigmáticas e divertidas, situações irreverentes e inesperadas, relacionamentos suspeitos e guerras e lutas pessoais e sangrentas, teria de resultar numa obra fascinante e de se louvar. Um dos melhores, se não mesmo o melhor, livros de literatura fantástica (e geral também) que li até hoje.

É complicadíssimo colocar o livro de lado. Apesar de extenso, o que de certa forma é habitual encontrar dentro deste género, a escrita fluida e a narrativa simples contribuem para que a cada capítulo o leitor queira saber mais e mais! Kvothe é simplesmente o personagem principal ideal: herói, pedinte, estudante, atento aprendiz de arcanista, inteligente, um verdadeiro artista... E depois outros personagens secundários mas verdadeiramente fascinantes e intrigantes como Bast, o seu discípulo já em vida adulta, e Elodin, o Mestre Nomeador, sabedor do Nome das coisas.
Um livro que tem tudo para ser um sucesso (e isso comprova-se pelo número de vendas e invejadas criticas e opiniões que se podem encontrar espalhadas pelo mundo fora) e que deixa no leitor uma curiosidade aguçada em descobrir as restantes aventuras de Kvothe no volume seguinte. Confesso que fiquei entristecida quando voltei a última página... Estava à espera de mais. Queria mais! E, no entanto, agora tudo o que nos resta (e me resta) é aguardar pela conclusão do seguinte volume que, pelo que entendi, será a narração do segundo dia de histórias e aventuras vividas por Kvothe.

Não quero revelar muito da história, aliás, não quero revelar nada para além do que escrevi porque acredito que isso só iria fazer com que o leitor desta opinião embarcasse na história com ideias já predefinidas do que iria descobrir e, verdade seja dita, a melhor forma de entrar nesta aventura é mesmo de mente aberta e espírito sossegado e preparado para encontrar de tudo! Uma obra que recomendo vivamente, sem qualquer tipo de reservas!

Espero ler algumas das vossas opiniões quando terminarem o livro. x)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Melodia do Adeus, Nicholas Sparks

Como uma das novidades para o mês de Novembro, a Editorial Presença lança o novo romance de um dos mais comoventes e extraordinários escritores americanos da actualidade. A obra chama-se A Melodia do Adeus e promete ser já um enorme sucesso de vendas e corações. Com isso, a Editorial Presença oferece a oportunidade aos amantes do escritor a reserva antecipada desta obra com a oferta dos portes de envio nas compras feitas até dia 2 de Novembro.



Sinopse: 

Com apenas dezassete anos, Verónica Miller - ou «Ronnie», como é carinhosamente chamada - vê a sua vida virada do avesso quando o casamento dos pais chega ao fim e o pai se muda da cidade de Nova Iorque, onde vivem, para Wrightsville Beach, uma pequena cidade costeira na Carolina do Norte. Três anos não são suficientes para apaziguar o seu ressentimento, e quando passa um Verão na companhia do pai, Ronnie rejeita com rebeldia todas as suas tentativas de aproximação, ameaçando antecipar o seu regresso a Nova Iorque. Mas será na tranquilidade que envolve o correr dos dias em Wrightsville Beach que Ronnie irá descobrir a beleza do primeiro amor, quando conhece Will, e vai afrouxando, uma a uma, todas as suas defesas, deixando-se tomar por uma paixão irrefreável e de efeitos devastadores. Nicholas Sparks é, como sabemos, um mestre da moderna trama amorosa, e, em A Melodia do Adeus, usa de extrema sensibilidade para abordar a força e a vulnerabilidade que envolvem o primeiro encontro com o amor e o seu imenso poder para ferir… e curar.


Deixo aqui o link para a página onde poderão fazer a pré-venda do livro assim como ler um excerto do mesmo: Editorial Presença - A Melodia do Adeus

Mais miminhos!!

A sério que nem sei o que dizer (ou melhor, escrever). Tenho andado ausente devido a trabalhos universitários e muito pouco tempo livre... E por isso mesmo, chegar aqui e ver que mais pessoas tiveram a gentileza de me oferecer miminhos... Deixa-me sem reacção. x)

Um muito obrigado a todos os que seguem este meu Pedacinho. Espero mesmo continuar a ver-vos por cá.

Agora, os selinhos:



Este selinho foi-me dado pela Tinkerbell do blog My Imaginarium ; um muito obrigado por achares que vale a pena ficar de olho no meu blog. Sem dúvida que vale a pena ficar de olho no teu. x)




Um obrigado à Jojo do blog Os Devaneios da Jojo , é excelente saber que o meu blog exerce esse efeito nos leitores. x)





Finalmente, um ENORME obrigado à Catarina do blog Ao Ler o Livro pelos três selinhos que me ofereceu. Retribuo-te da mesma maneira. x)







Assim, é com o maior amor que atribuo estes selinhos a todos os seguidores do blog.

domingo, 4 de outubro de 2009

Selinhos!!

Vou aproveitar e juntar estes dois selinhos que me foram dados. Assim, as respostas e entregas são para os dois. x)

1. - Agradecer ao blog que o ofereceu: Um MUITO obrigado aos blogues Mil Livros, Um Sonho , Refúgio dos Livros  , Páginas Desfolhadas , BookManíacas pelo selinho Doce e ao blog Os Devaneios da Jojo pelo Selinho Nota 10! É óptimo receber tão bom feedback por parte de outros companheiros de leitura, ainda para mais sendo este meu Pedacinho tão recente. Um muito obrigado mesmo!! x)


2. - Indicar 8/9 blogues para receber o/s selinho/s: Para começar vou retribuir os selinhos a quem mos enviou e adicionar mais uns quantos blogues que sigo x)




3. - Enumerar 8/9 características minhas: Hmmm... Esta é complicada, deixa-me cá ver... Sincera, Amiga, Boa ouvinte, Apaixonada, Preguiçosa, Aventureira, Meiga, Devoradora de Livros e Perfeccionista.


4. - O meu doce preferido: não sou grande apreciadora de doces... mas não resisto a um saquinho de gomas ácidas!!!

domingo, 27 de setembro de 2009

Nocturnus - Memórias de um Vampiro, Rafael Loureiro








Título Original: Nocturnus – Memórias de um Vampiro, Tomo I
Autoria: Rafael Loureiro
Colecção: Via Láctea, nº. 77
Editora: Editorial Presença
Nº. Páginas: 198


Sinopse:

Memórias de um Vampiro é o primeiro volume de uma trilogia onde romance e aventura se combinam para nos abrirem as portas a um universo repleto de emoções intensas, valores supremos e conflitos arrebatados.
Movendo-se nas sombras, existe uma realidade para além daquela que conhecemos, uma sociedade paralela que descende de linhagens que se perdem nos primórdios dos tempos. Daimon DelMoona é um dos membros dessa sociedade. Nascido no século XVII, viu o seu mundo desmoronar-se quando a mulher que ia desposar morre. Do seu sofrimento é resgatado por uma vampira, que lhe concede o Novo Nascimento. E assim começa para Daimon uma odisseia que atravessa séculos para culminar numa batalha contra o tirano Alexander, um vampiro sedento de poder, responsável pela morte de muitos vampiros inocentes. Para travá-la, novas alianças terão de ser forjadas, e um amor com ressonâncias do passado terá de ultrapassar duros obstáculos. Mas conseguirá Daimon vencer esta cruzada e concretizar o seu amor sem fim?


Opinião:

Numa palavra: magnífico!

Gostei imenso desta obra. Rafael Loureiro conseguiu transportar-me para um mundo completamente diferente e antigo cheio de velhos costumes e diplomacias. Com uma linguagem cuidada e formal, Nocturnus promete ser um grande êxito dentro da literatura portuguesa fantástica, pegando num tema que actualmente se encontra “na moda” e construíndo uma história distinta e singular, definitivamente surpreendente.

Confesso que estava algo renitente em relação a este livro. Adoro a temática dos vampiros e por estar tão habituada a encontrar obras de “segunda categoria” dentro deste género, tive receio de que Nocturnus fosse somente mais uma de tantas tentativas de rejuvenescer algo que já faz parte da literatura mundial há bastantes anos. Ainda bem que decidi dar uma oportunidade à obra que, com todo o entusiasmo, afirmo: não desilude nem um bocadinho!
Um livro que tem tudo para ser um sucesso: acção, conflito, amor, sangue, morte... Tudo. Uma história que deixa de ser uma história logo ao fim das primeiras páginas, para se transformar numa memória nossa que nem participantes da narrativa. Fez-me, de certa forma, lembrar O Perfume de Patrick Suskind , em que em cada descrição nos é tão perceptível o odor e o cheiro que o personagem principal tão naturalmente identifica... Aqui, em vez do olfato, é como se vivêssemos na nossa pele cada situação, cada sentimento e cada contrariedade que o personagem principal, Daimon, relembra e nos conta.

Uma trilogia que espero muito sinceramente seguir. Uma valente e forte aposta da Presença, a quem eu tão bem agradeço por me ter suscitado interesse em ler o livro. Tiro completamente o chapéu ao autor deste livro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Orbias - As Guerreiras da Deusa, Fábio Ventura









Título Original: Orbias – As Guerreiras da Deusa
Autoria: Fábio Ventura
Editora: Casa das Letras
Nº. Páginas: 393


Sinopse:


Magia e mundos paralelos não existem...
Até ao dia em que somos transportados para Orbias


Noemi é fã se cinema e séries de acção e aventura. Mas nunca imaginou que ela própria faria o papel de uma dessas personagens que de um momento para o outro vêem a sua vida normal dar uma volta de 180 graus. De uma forma pouco ortodoxa, descobre que é um Anjo, uma Guerreira ancestral renascida e que, numa dimensão paralela à da Terra, existe um mundo mágico regido por uma Deusa: Orbias.
Mas Noemi não terá apenas de lidar com os seus novos poderes e responsabilidades. Terá também de se confrontar com perigos e emoções aos quais não estava habituada, especialmente um sentimento em relação a Sebastian, um orbiano sedutor... Conseguirá ela superar a sua fragilidade e conflitos interiores para salvar os dois mundos da destruição?
Orbias é uma aventura fantástica repleta de acção, sensualidade, personagens e cenários surreais, humor e magia. Uma obra essencial para quem gosta de uma história cheia de surpresas e fantasia moderna.


Opinião:

Ainda que com uma semana de atraso finalmente consegui terminar esta obra que, por vezes, tive dificuldade em seguir. Com tanto entusiasmo e publicidade em redor deste livro e do seu tão jovem autor, assim que Orbias saiu para o mercado fui fortemente atraída na sua compra. Por ser de um autor português e recheada de modernidade e sensualidade (como diz a sinopse), achei que seria uma boa aquisição e complemento para a minha estante. Sem dúvidas que tem acção, isso não falta, com personagens cativantes e algo problemáticas mas, infelizmente, e na minha mera opinião, julgo que a obra peca em muitos aspectos.

Em primeiro lugar, os personagens apesar de apelativos à descoberta, não penso que estejam suficientemente desenvolvidos. Narrada na primeira pessoa, maioritariamente por Noemi, o livro inspira bastantes conflitos internos mas deixa escapar muita informação construtiva da personagem em si e do mundo novo em que esta se vê inserida – Orbias. Em segundo lugar, a própria linguagem ligeiramente juvenil demais reflecte-se numa ruptura por vezes forçada da concentração. Contudo, nota-se um certo crescimento criativo ao longo do livro que não passa, por nada, despercebido. Em terceiro lugar, e tudo bem que se trata de uma saga com mais de um volume mas tendo também em conta o facto de que o livro pode ser aclamado como uma obra sem continuidade, muitas questões são deixadas em aberto e algumas deveras confusas. Tenho de admitir que muitas vezes dei comigo a voltar ligeiramente atrás devido ao extenso diálogo ou imensidão de palavras descritivas. É neste último ponto que, na minha opinião, a obra peca mais: em certas situações o autor especifica e descreve demasiado mas noutras, igualmente importantes, o conteúdo informativo acaba por não ser o suficiente.

Apesar disto tudo não deixa de ser uma obra que gostei imenso de ler. O final é extraordinário pelo simples facto de ser completamente inesperado e por deixar no ar uma curiosidade infinita em ler o segundo volume da saga (que, actualmente, se encontra em processo criativo). A história em si está muito bem pensada e alberga bastantes situações e “mitos” comuns e presentes da nossa sociedade. Sem dúvida uma obra a ler, principalmente para os amantes de literatura fantástica. Uma essência moderna que faltava à fantasia portuguesa. Recomendo, ainda que com algumas (muito poucas) reservas. É sempre bom ajudar e apoiar novos e jovens autores portugueses.

Agora é aguardar pelo próximo volume. x)

Parabéns Fábio pela tua magnífica imaginação. Espero que continues a deslumbrar-nos (aos teus leitores) com as fascinantes aventuras das tuas personagens.

Deixo ainda aqui o link directo para o blog oficial da saga: http://orbias-asguerreirasdadeusa.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Atrasos

Tem sido impossível encontrar tempo para ler, o que me é de total desagrado. Comecei a ler Sputnik, que ainda não consegui terminar, e entretanto comecei a ler também Orbias de Fábio Ventura. Pelo meio, o muito próximo inicio de aulas a colidir com a chegada dos caloiros e etc. tem se manifestado num longo atraso em vir aqui... Mas isso vai acabar! Estou quase a terminar Sputnik e conto terminar Orbias muito em breve também. Até ao final do fim-de-semana conto postar pelo menos a opinião acerca de um destes livros. x)

Boas leituras!!

sábado, 12 de setembro de 2009

Amor em Minúsculas, Francesc Miralles



Título Original: Amor en Minúscula
Autoria: Francesc Miralles
Editora: Contraponto
Nº. Páginas: 237
Tradução: Catarina Fonte


Sinopse: Samuel é um professor universitário que vive no mais perfeito isolamento. Desperdiça os seus dias em idas e vindas entre o seu apartamento, onde se refugia em horas de leitura e música, e as entediantes aulas na Universidade de Barcelona, que o fazem sentir-se ainda mais desligado do mundo. Um dia, um inesperado visitante interrompe a sua solidão...

Quando um gatinho aparentemente abandonado lhe entra pela casa adentro, tem início um elaborado enredo de coincidências escritas pelo destino.
A “bolinha de pêlo” leva-o a conhecer várias personagens insólitas – o seu vizinho, um coleccionador de sabedorias do mundo; um estranho pseudoprofeta num café, obcecado com uma viagem à Lua; uma veterinária com dotes de psicóloga –, e até a redescobrir um amor de infância perdido.
Enquanto Samuel vai abrindo as portas à vida, o leitor acompanha-o numa viagem pela história da arte, do cinema, da filosofia e da literatura, numa descoberta constante da beleza do quotidiano e do espanto que é a vida.

Um romance mágico e comovente, com ecos de Alice no País das Maravilhas e de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que nos recorda como basta uma minúscula dose de amor para dar cor e música à vida...


Opinião:

Antes de mais vou agradecer ao blog Vidas Desfolhadas (http://vidasdesfolhadas.blogspot.com/) que fez com que a ideia original e totalmente errada que tinha acerca deste livro retratar a história de um gato tivesse a oportunidade de se alterar. Assim, quando peguei no livro não tinha qualquer tipo de expectativas que, futuramente, me pudessem desiludir.

O livro trata a revolução que um simples e adorável gatinho chamado Mishima veio provocar na vida de um professor universitário que encara a solidão como a única forma de viver. Como obra do acaso, e com a chegada de Mishima, as controvérsias e questões acerca do modo de vida que Samuel leva faz com que ele saia do seu ovo e se deixe novamente ser aclamado pelo povo. Mais descontraído e, inclusive, preparado para amar, ele deixa-se guiar por um todo universo de situações e personagens inexplicavelmente estranhos que afluem no seu caminho que nem abelhas à procura de pólen.
Uma obra de forte cariz educacional e artístico, o leitor vê-se assim receptor não só de uma história agradável e divertida como também de um todo conjunto de informações curiosas acerca de escritores, músicos, realizadores e actores. Um livro fascinante pelo seu forte e abrangente conteúdo, com um final de se lhe render o coração e um desenrolar questionável, apesar de descontraído e de leitura rápida, na minha opinião, Amar em Minúsculas peca por deixar muitas questões em aberto. Gosto de recriar os meus próprios fins para personagens por si só já criadas por outras pessoas, mas numa obra como esta, seria de esperar um desenvolvimento mais claro e explicito. Nesse aspecto, julgo que o escritor deixou escapar muita informação que poderia vir a ser interessante, ainda que se tratasse de personagens algo secundárias.

Ainda assim, um livro que recomendo nem que seja pela mensagem que alberga; ao virar da última página (e muitas vezes pelo meio também) acabamos por ser despercebidamente confrontados com as questões do Destino e de até que ponto conseguimos controlar, ou não, o nosso futuro através das nossas acções. Com um teor também propício de reflexão, se tivesse que dar uma nota a este livro seria um 6.5/7 em 10. 

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Até que Ele nos Separe, Emily Griffin








Título Original: Something Borrowed
Autoria: Emily Griffin
Colecção: Champanhe e Morangos
Editora: Editorial Presença
Nº. Páginas: 344



Sinopse:

Rachel White sempre foi o protótipo da “menina certinha”, que fazia o que se esperava dela e se sacrificava em prol dos outros. Só que, na manhã após a festa do seu aniversário, Rachel acorda ao lado do noivo da sua melhor amiga. O mais correcto seria esquecer o que aconteceu e seguir em frente, mas, à medida que a data do casamento se aproxima, Rachel descobre que as coisas não são assim tão simples, e em breve terá de escolher entre abrir mão da felicidade ou da sua amizade mais antiga. Um romance que lança um olhar pleno de lucidez e de sensibilidade sobre as nuances que existem no amor, na amizade e na traição.

Opinião:

Comprei este livro na Feira do Livro do Continente só porque fui incrivelmente atraída pela capa. Li a sinopse e pensei: “ah... até sou capaz de gostar. Vamos lá ver como corre.” e em resultado posso dizer que não desgostei por completo.

Este é o primeiro romance da autora publicado em Portugal, é um livro muito leve e descontraído, de leitura fácil e fluída, óptimo para desanuviar após uma obra mais pesada e intensa. Tem uma história interessante, focando-se na personagem de Rachel, a tipíca “menina certinha” que, de um momento para o outro, na viragem para os trinta anos, comete o maior erro que alguma vez poderia ter cometido: acaba por dormir com o noivo da sua melhor e mais antiga amiga.

Posso dizer que tem um enredo complexo e algo profundo, afinal de contas, faz-nos pensar na direcção a que levamos a nossa própria vida e naquilo que realmente fazemos a pensar primeiro em nós e na nossa felicidade em detrimento da dos outros. Na pele de Rachel, vivemos as suas experiências como se fossem as nossas, e quando viramos a última página pensamos: “quantas vezes fui eu parva ao ponto de não ter sido mais corajosa, mais destemida, mais egoísta? Quantas vezes não deixei eu de ser feliz por pensar naquilo que os outros pensariam, diriam e fariam?”. Contudo, e isto é só a minha opinião, é um livro que se lê devagar. Algumas das situações são previsíveis, outras nem tanto, uma ou duas é que seriamente acabam por nos surpreender e muito rapidamente desconfiamos acerca do possível desfecho do romance. Por isso, é um livro que recomendo com algumas reservas. Gostei mas não foi daqueles que me tirou por completo o fôlego. É divertido? Sim, muito, mas para ser levado na descontracção. Se querem um bom livro para contrabalançar o impacto de um outro demasiado intenso, este é perfeito para esse efeito. Uma das mais valias desta obra é o ser tão fácil apaixonarmo-nos por Dex, o noivo da melhor amiga de Rachel, sentirmo-nos confusos em relação a Rachel e termos um tipo estranho de pena e cumplicidade por Darcy, a noiva (apesar de isso mudar no final).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Na Sombra da Noite, J. R. Ward








Título Original: Dark Lover
Autoria: J. R. Ward
Colecção: A Irmandade da Adaga Negra – Vol. I
Editora: Casa das Letras
Nº. Páginas: 426
Tradução: Fernando Villas-Boas


Sinopse:

Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre vampiros e seus caçadores. Ali existe um bando secreto de irmãos sem igual – seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. Mas nenhum deseja mais a morte dos seus inimigos do que Wrath, o chefe da Irmandade da Adaga Negra...
Único vampiro de puro-sangue que resta no mundo, Wrath tem contas a ajustas com os matadores que lhe levaram os pais, séculos atrás. Mas quando um dos seus mais estimados combatentes é assassinado – deixando orfã uma filha meio sangue desconhecedora da sua herança e do seu destino – Wrath tem de tratar do acolhimento da bela fêmea no mundo dos não-mortos...
Transtornada por uma inquietude no seu corpo que não conhecia, Beth Randall não tem defesas contra o homem perigosamente excitante que vem visitá-la durante a noite, com os olhos encobertos. As suas histórias da irmandade e sangue assustam-na. Mas o seu toque acende uma fonte crescente que ameaça consumir ambos...

Opinião:

Devo começar por dizer que comprei este livro com algumas reservas. Sou grande amante de literatura vampírica e todo e qualquer universo que os envolva. Acostumei-me a ler Anne Rice desde muito nova e actualmente vejo-me cada vez mais de pé atrás quando encontro uma obra nova que os tenha como tema de foco, tudo porque, se olharmos para as prateleiras das livrarias de hoje em dia, com todo o fenómeno Twilight, está complicado retirar o vampirismo das estantes e com tanto livro (nem todo bom) uma pessoa já não sabe em que “confiar”. Contudo, este não me desiludiu nem um bocadinho.

Wrath é uma personagem fascinante, morto por dentro devido ao assassinato prematuro dos pais e, de um momento para o outro, de futuro comprometido ao ter a seu encargo a filha meio sangue de um dos guerreiros por quem nutria respeito. Caracterizado como arrogante, revoltado e solitário, ao encontrar Beth, ele torna-se tudo menos isso. É maravilhosa a forma como J. R. Ward nos mostra a reviravolta que Beth provoca na vida e personalidade dele, e como tão facilmente está claro que eles nasceram um para o outro. Mas atenção, Na Sombra da Noite não é um romance e muito menos amorosamente romântico. Tem o seu lado querido e atencioso, descrito com muito sangue e acção à mistura, e é esse conjunto que o torna tão especial e único.

Uma obra com uma escrita muito simples e fluída, cativante desde a primeira página até à última, com personagens maravilhosamente construídos e caracterizados e situações de tirar o fôlego. Com um teor erótico fortemente presente, não aconselho esta leitura aos mais sensíveis nessa matéria, aos que não se importam digo apenas: por favor, não deixem escapar esta leitura das vossas estantes!
Estou ansiosa pelo segundo volume, Love Eternal. Já dei uma vista de olhos na versão original mas decidi acalmar e esperar pela tradução que não deve tardar a aparecer no primeiro trimeste do próximo ano. Até lá... Vou-me entretendo com outras leituras. :)

Nota: Este é o primeiro volume de uma série espantosa. J. R. Ward recorre a sete livros para descrever as cicatrizes, problemas e amores dos seis irmãos da Irmandade da Adaga Negra e o companheiro humano que eles recrutam logo nesta primeira obra. Com uma caracterização geral de todos os irmãos, ficamos logo a conhecer alguns dos seus vícios e problema mais sérios. Eu já tenho o meu “preferido”, e tu?

Deixo ainda um destaque para o impressionantemente atractivo design de capa e tradução. A revisão, no entanto, deixa muito a desejar. Encontrei bastantes erros durante todo o livro e às duas por três já estava a enlouquecer com tantas gafes, fora isso, um muito bom trabalho conseguido. Um livro que recomendo.

Salva-me, Guillaume Musso




Título Original: Sauve-moi
Autoria: Guillaume Musso
Editora: 11x17
Nº. Páginas: 384
Tradução: Sérgio Coelho


Sinopse:


Há um anjo nesta história. Mas negro ou salvador?
Sobrenatural ou apenas humano?
Um livro em que encontramos um pouco de tudo: amor, perda, morte, esperança.

Sam é um pediatra famoso e infeliz: a sua mulher suicidou-se há um ano e todas as manhãs vai falar com ela ao cemitério. Juliette é uma jovem francesa que, depois de ter falhado o seu sonho americano, está prestes a regressar a casa, em França. Cruzam-se quando o carro de Sam quase atropela Juliette, na Broadway, e foi amor à primeira vista. Vivem um fim-de-semana de paixão súbita e incontrolável. E, por uma razão ou por outra, não contam a verdade sobre as suas identidades. Na segunda-feira Juliette parte para Paris e Sam acompanha-a ao aeroporto, mas na hora da despedida falta-lhes a coragem para repor a verdade. Meia hora depois anunciam que o avião que partiu de Nova Iorque com destino a Paris se despenhou no mar. Desolado, Sam não imagina que a história de ambos está ainda longe de chegar ao fim.


Opinião:
Salva-me foi a primeira obra que li do autor, antes de me ser recomendada por uma tia apaixonada por romances, não fazia a menor ideia de quem Guillaume Musso era. Mesmo quando comecei a ler o livro pensei “não, este livro não é para mim”, mas enganei-me. Sou viciada em literatura fantástica e mudar para um romance/drama, após tentar ler outras obras do género sem sucesso, acreditei mesmo que esta edição de bolso se ia ficar pela metade, porém, tenho de admitir que adorei o livro.

É uma história comovente com uma escrita muito acessível, agradável e simples. As personagens estão muito bem construídas e desenvolvidas, com excelentes descrições de locais e situações, e maravilhosos diálogos. Não apenas no caso de Sam e Juliette, mas também nos casos de Grace Costello (uma alma vinda do céu) e Mark Rutelli (um agente da polícia que não encontra qualquer esperança na vida actual que leva), que acabam por exercer um grande ponto de ruptura e desenvolvimento inesperado na história.
Um romance com algumas pitadas de suspense, o que é sempre maravilhoso. Por diversas vezes senti o coração apertar-se e a mente questionar-se se seria possível a história destes dois personagens, Sam e Juliette, terminar assim... E de todas elas fui positivamente surpreendida. Claramente, uma obra a ler.

Tenho outro livro do autor, E Depois..., espero muito em breve ler.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O mais difícil é começar...

Não podia ser mais verdade, dar início a um blog é sempre o mais complicado. Uma vez passadas as primeiras horas, os primeiros dias, as primeiras semanas e meses, tudo suaviza; contudo, começar..........
Pois bem, não sabendo exactamente o que dizer, vou somente divagar um bocadinho acerca do que este pedacinho literário significa para mim. Estou cada vez mais ciente de que este será o meu refúgio, o meu porto de abrigo de cada vez que precisar de um tecto e de uma recordação amiga... Afinal de contas, cada palavra que aqui escrever nunca deixará de ser uma parte de mim, reflexo do humor e do estado de espírito em que me encontrar no momento. Não quero fazer deste blog um sítio de devaneios escritos e longos e extensos posts de palavras desassociadas, muito pelo contrário! Com este pedacinho quero expôr as minhas opiniões acerca dos livros que li, leio e irei ler, dos filmes que me marcarem, das citações que algo me disserem e das surpresas que possa vir a ter para vocês, meus futuros companheiros nesta aventura. J
Espero sinceramente encontrar pedacinhos de alma com quem partilhar as minhas leituras e as minhas divagações literárias, pessoas com um mesmo gosto (ou até um diferente – a discussão bem encaminhada é sempre positiva); e, em acréscimo, deixem-me que vos diga já em avanço... São mais que bem vindos ao meu pedacinho literário.   
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